quinta-feira, 31 de maio de 2007

Não digas a ninguém

Porque não posso aceitar essa etiqueta de ignorância, a partir de agora (e independentemente do que o futuro me reservar) vou fazer um registo dos meus actos culturais, tenham eles a forma que tiverem. Ora vamos lá:
Ontem fui ver um magnífico filme francês - Não digas a ninguém - realizado por Guillaume Canet e com François Cluzet, Marie-Josée Croze, André Dussollier entre outros. Prende-nos ao écran e tem uma maravilhosa banda sonora que ritma todo o percurso da trama.
Cluzet, o Dustin Hoffman europeu, brilha com uma interpretação extraordinária, galardoada com o césar de melhor actor.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

o bloqueio

Na semana passada resolvo criar um blog com o meu curriculo e o meu prefil. Tem um nome que me é muito familiar - Maria Filipa Matos. Domingo compro um fio de prata para pôr ao peito uma medalha da Nossa Senhora de Fátima. Segunda feira, mal chego ao emprego, recebo um telefonema convidando-me para um encontro (eventualmente) profissional.
Destino? Fé?
Sem qualquer expectativa até porque o escasso tempo até ao dito encontro, não me permite grande preparação e porque não estou habituada a testes desta natureza, aviso que saio mais cedo e perfumo o pescoço. Não tenho nada preparado, mas posso sempre defender a minha honra (caso seja atacada). Mas todos temos calcanhares de aquiles (ou daqueles) e eu não sou excepção. Depois de uma primeira parte onde nado, sinto-me, já na segunda a afogar. è que não sai nada... nem os cd's do carro, nem os concertos, nem os Gabriel Garcia Marques, as Allendes, um vicío - silencioso há uns anos - Frank Ronan, Dan Brown, Kafka (e a Metamorfose ou o Processo), nem Dostoievsky, nem a Ignorância de Kundera, Vargas Losa , Jorge Amado... tantos ingleses, tntos outros. Não me lembrei, nem me iria lembrar (ou até fosse) mas entreguei armas, tolhida, minha auto-imposta ignorância, porque não é fácil. Não é fácil porem-nos à prova naquilo que fazemos por prazer e porque é exactamente isso, um prazer. Por isso não contabilizamos, não medimos, mas está lá. Para que me serviu? Para perceber que não basta saber, ler, ouvir e ver. Os tickets dos concertos, os personagens dos livros, os autores, os autógrafos, os concertos no hot club, no maxime, na aula magna, no D.Maria e no pavilhão atlântico são mais do que "cotos de papel". I've been there e este exercício pode fazer a diferença. Não basta numa conversa sacar a ignorância, ou uma vaidade burguesa "damasiana", ou uma qualquer frase que encha a alma de actor favorito qualquer. Serve, pelo menos, para evitar o bloqueio.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

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