sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Fetiche


Cabem as mais diferentes porcarias sempre com uma boa desculpa… é fetiche. Sodomia, maso-sadismo, halterofilismo, o corpo besuntado com comida, banhos de chantili entre pêlos ou púbis rapadas, lutas de lama, frascos com pós que aumentam os músculos, algemas, cuecas pequeninas, wc’s de aviões, de discotecas, bancos do carro, tabeliers, relva, dispensas, quartos de irmãos, cama dos pais, rendas, folhinhos, cremes, tintas, sedas, tigresas, cera, objectos cortantes, silicones, botox, wonder-maravilhas para rabos e maminhas, tatuagens… enfim, um sem número de artefactos implícitos nos comuns conceitos de malícia e perversidade.
“É um fetiche que tenho!” ouvimos. Podemos, então, sujeitar-nos ou não aos caprichos, imposições ou meras sugestões dependendo da vontade, do agrado ou da submissão.
Geralmente vem dos homens.
Os homens sugerem aquilo que as mulheres desejam.
As mulheres que sugerem são porcas, são desavergonhadas.
Os homens que sugerem são criativos e dinâmicos. É impressionante a diferença que têm o sexo de quem sugere.
Ao homem muito mais é permitido do que à mulher. Há uns tempos escrevi isto, ou pelo menos disse: num primeiro encontro o homem que não insiste é tão mau como a mulher que se deixa ir. O homem que num primeiro encontro não tenta ir até ao limite é fraco, é panhonha e provavelmente nem sequer é másculo… a mulher que se deixa ir é fácil, descartável e em última instância não serve para namorar. Então porque se exige um comportamento que sugere algo que, na realidade não se deve concretizar se se pretende uma relação futura? É um perfeito contra-senso. Mais. A maioria das pessoas, homens ou mulheres procuram essa relação futura. Querem dar de caras com a tal cara-metade que estará algures perdida na multidão de gente com que se cruzam ao longo da vida.
Não faz sentido e é uma irracionalidade que alimentamos com os preconceitos societais impostos pela mentalidade portuguesa mesquinha. A frase “na horizontal somos todos iguais” é aparentemente de uma enorme brutalidade, mas reduz a uma simplicidade uma verdade inesgotável. Independentemente dos preconceitos, fetiches todos temos….e como diz o “outro” – um qualquer e qualquer um – andamos todos ao mesmo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Euromilhões

enquanto o dia é mais ou menos igual ao de ontem , e muito provavelmente parecido com o de amanhã, acho que vou ver os tais investimentos. Mas confesso, preferia ser dondoca. Aliás, adorava ser dondoca. Adorava ter pasta, money, argent, pastel, cacau, massa, estar cheia dele, saltar-me dos bolsos, ser podre... Adorava. Digo já aqui, para o caso de ganhar um Euromilhões que não jogo, o que faria se fosse milionária:
- Comprava uma volta ao mundo...
- Um prédio com 8 andares, e arrendava todos.
- Uma casa, tipo quinta, palácio, palacete (até me tremem as mãos só de escrever!) em plena Lisboa.
- Criava uma empresa de transportes nacionais (para substituir a velha Resende e a famosa Eva, que me entala as pernas em cada viagem que não consigo evitar fazer).
- Oferecia ao país uma extensão do metro até ao aeroporto.
- Jogava na bolsa, no casino e no bingo até ao máximo imposto por mim, e pelo meu advogado, queria o não-sei-quê martins candidato a Presidente da República, de 50 mil euros.
- Tirava um curso de arte dramática só pelo prazer.
- Inscrevia-me novamente - e com vergonha na cara - no ginásio dos senhores Holmes e Place com link internacional.
- Oferecia um pé de meia, a meia e até o sapato às manas.
- Criava um centro Cultural na Vila dos Arcos de valdevez.
- Comprava um T3 ao B e... um carro novo - eu meu nome, está claro!
- Um flat em São Paulo.
- Um 18m2 em Paris.
- O máximo de terrenos que conseguisse...
- Um canal de televisão...
- Um rim novo
- Uma fábrica de sapatos
- Um kit de maquilhagem profissional
- Uma massajista tailandesa
- Um cabeleireiro
- Perucas de todas a cores, feitios, formas ....
- Uma televisão de écran XPTO
- Uma Play Station
- Uma Barbie (nunca tive...)
- Um partido político
- Vários políticos
Se ganhasse o Euromilhões, que não jogo, acho que teria de ser internada. É a velha mania das grandezas....

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

pilas

O Simão é um bébé que eu conheço. Chamo-lhe os mais diferentes nomes: “pirulas”, “pilas”, “beps”, “poki”, “pokipoki”, “merilino”, “bolas”, “bolinhas”, “lirulas”, “liruliru”, “calhoto”, “ximoca”, “ximi, “xims”, “mãozinho”, bebé e muitos outros que prefiro nem sequer escrever.
Este efeito que os bebés provocam em nós, adultos faz-nos parecer ainda mais infantis do que eles próprios. Às vezes chamo ao Simão “lirulas” ou “pilas” e ele ri-se. Sorri mesmo, com uma expressão que também me faz sorrir. Provavelmente pensará, chamares-me pilas???
Pilas??? E solta uma gargalhada. Também eu soltaria uma se me chamassem pipis. E até poderiam chamar com mais propriedade porque afinal todas as Filipas são “pipas”, “pipis” e outros nomes parecidos. Mas Simão não tem nada a ver com pilas, muito menos com “lirulas”. Voltando às pilas, se fosse “pilinhas” ainda se percebia, agora “pilas”, não faz sentido nenhum – ainda só tem seis meses. Já “lirulas” parece adjectivo para maluquinho. “poki” é mais de desenho animado, “calhoto” vem de porcalhoto, mas ai também teria de ser condescendente. Se está porcalhoto é porque não lhe mudaram a fralda. Nada disso. Mas soa bem. Chamar a um bebé “pirulas” com aquela vozinha adulta a fazer-se de infantil sabe bem.
Sabe bem ver um “beps” a rir, sabe bem pegar nele dar-lhe abracinhos, e vê-lo cair de sono. Agarrar aquelas mãozinhas gordalhufas e fazer “festinhas de gato” e pensar que ele gosta mais de nós do que do outro que está ao nosso lado.
Patetas ou não, não resistimos a fazer gracinhas para ele nos devolver outras, a agacharmo-nos e imitarmos patos ou grunhirmos ou ladrarmos ou miarmos como se quiséssemos que ele também imitasse esse sons ou pelo menos os reconhecesse. O mais estranho é raramente sermos adultos ao pé dos bebés, porque no fundo é isso que queremos que ele cresça não a grunhir, nem a miar, nem a ladrar, nem a responder a uma chamada de “poki”, “lirulas”, “calhoto”, “bolinhas” ou “pilas” (e aqui já depende de como ele se desenvolver!), mas que fale e que saiba que é o Simão. Tenho de deixar de ser pateta.

Uma amiga

Temos imensos amigos e ás vezes nem nos lembramos como gostamos deles. Para mim, amigo é aquele que consigo dizer mal mas não permitam que o façam. É essa a condição sine qua non para considerar meu amigo.

Está aqui uma amiga sentada ao meu lado, meia inóspita, provavelmente a pensar na sua vida e eu na dela. Está a ver-me escrever, sem ler e a fumar um cigarro com as unhas pintadas de castanho escuro.

Somos totalmente diferentes. Ela é loira, olho azul mar, estreita, pequenina, muito senhora. Eu sou morena, ombros largos osso proeminente, não envolto em carninha. Ela gosta das festas, do social, das conversas de ocasião.
Adora coleccionar cromos que a bajulam a cada momento. Eu também adorava, noutro tempo. Os cromos são como os sapatos que transbordam do roupeiro do quarto, aliás do closet - ela tem um closet.
Vive numa casa com cortinas indianas transparentes e tapetes da Casa do Campo. Come fatias finas de fiambre do lombo, sem gordura e sem pão e tabletes de chocolate partidas em quatro quadrados gigantes. Bebe champagne na mesa de tampo de vidro da sala e fuma um cigarrito sem travar, realçando as unhas das mãos arranjadas.
É vaidosa. O espelho da casa de banho é enorme, e em baixo tem uma pedra que sustenta perfumes, cremes para todas as partes do corpo, maquilhagem para qualquer ocasião e bijuteria cara de qualidade evidente.
Tem uma balança transparente, e uma máquina anti-celulite. No hall espalham-se quadros, retratos estilizados por uma amiga pintora que realçam os seus mais finos traços.
No frigorífico tem colada a dieta Kellog’s Special K e na varanda um barbecue que nunca estreou. Não há roupa que não se use naquela casa. Não usa, dá. Não se renova e quando a espiral da moda voltar ao mesmo lugar, não recupera e nem sequer tem saudades. Não se lembra. Compra-se outra. Tem um portátil profissional e uma aparelhagem transparente e luminosa (encrustada???) na parede.
O sofá é enorme e ao lado uma mesa que guarda garrafas de wiskey despejadas à semana e colas light. Há bombons por todo o lado. Toda a casa é um bombom. Ela é um bombom. Sinto-me bem ali.
Ralha-me muito, é arrogante. Não gosta das pessoas que eu gosto. Às vezes é antipática. Tem humores. Mal agradecida. Impõe-se. Já me envergonhou quando se envergonhou a si própria. Nem sempre mostra como é. Não deixa que lhe toquemos no fundo. Tem um bom fundo. É como a sua própria casa. Não é a minha cara, não poderia ser. Mas gosto muito de lá ir, sinto-me bem lá.

Saltos

Estava a pensar em temas sobre os quais poderia escrever.

Lembrei-me dos saltos dos sapatos, esses misteriosos andaimes, que podem transformar uma menina em mulher ou uma mulher em menina.
Os saltos são maquilhagem em cara deslavada. São cinto em jeans simples. São cortinados em janelas grandes. Quem anda de saltos está lá em cima, que anda sem eles, está cá em baixo.
De saltos somos altivas, falamos com propriedade, com autoridade, com pretensão. Convencidas e nunca vencidas. De rasos somos hippies, revolucionárias, estamos confortáveis, e vemos tudo com outra lucidez. Sentimos a pedras, não tropeçamos nelas. Andamos com segurança, sem medo de cair, de escorregar.
Com saltos bamboleamos, realçamos as nossas curvas, abanamos o rabo e temos dores nos pés.
Salto é de direita, raso é de esquerda. O salto é Gambrinus, é japonês chique. O raso é peixe grelhado à beira mar ou Bica do Sapato. Salto é Comporta - na variante de “cunha” – como raso é Sagres ou Gerês.
Sem saltos, esticamos as pernas, sentamo-nos num passeio, corremos sem parecer ridículas e temos dores nas costas. Os saltos obrigam-nos a beber pelo copo. Com rasos bebemos pelo gargalo. Saltos são descapotável, rasos são carocha, ou bicicleta. Saltos estão para natação, como rasos para bodyboard.
Saltos são bons para calças compridas, rasos são melhores para calções. O ideal é ter sapatos de todos os formatos e para todas as estações. Ultimamente ouvi falar do meio salto… é uma solução.

Do amor não percebo nada. Mas sei algumas coisas - presumo que o básico. Acordar de manhã a pensar numa pessoa que faz o meu coração acelerar e o estômago contorcer-se com dores que cortam o apetite. Dar-me uma vontade gigante e súbita de ir à casa de banho antes mesmo de sair de casa já atrasada para o tal encontro marcado. Pensar na véspera no que vou vestir, se a depilação está feita, se a perna não arranha e se debaixo do braço não houve qualquer esquecimento.
Faz-me andar com um blush na carteira que uso imediatamente antes de sair do carro, ou no vestiário de uma loja qualquer. Obriga-me a pensar se as meias não estão coçadas – para não dizer rotas – e ver se o soutien e as cuecas não fazem lembrar a minha avó. Faz-me andar com um carregador de bateria para telemóvel no carro e memorizar dois números de telefone e procurar rede ao fim de uma hora sem ela. Impõe-me na memória acontecimentos do dia para ter histórias ara contar. Abre-me sorrisos estúpidos em filas de trânsito no regresso a casa. Dá-me tristezas e alegrias, saudades e vergonhas, abre e corta-me o apetite. Faz-me pensar se o fio dental é porcalhão ou sexy, se o verniz vermelho é ousado ou arrogante, se o gloss é espontâneo ou com efeito premeditado.
Vistas a coisas desta maneira, o amor acaba por ter um efeito estranhíssimo. Faz de mim mulher. Só isso?

livros

Escolher livros sempre foi para mim um problema. Entro numa livraria e perco-me com os títulos que me apetece ter e aqueles que me apetece ler. Geralmente os que me apetece ter são mais romanceados, são clássicos onde me retive horas enquanto estudante. Os que me apetece ler são livros técnicos de sociologia política, autobiografias, história de Portugal, história contemporânea, ensaios e discursos para o país e para o mundo. É estranho este apetite que acaba por me confundir. Geralmente compro uns que quero ler e outros que quero ter e acabo por acumula-los na mesa de cabeceira à espera do dia em que tenha tempo para abrir um deles. Como homem com amante, acabo por ceder à sedução do New Courrier, ou de uma revista de um semanário qualquer e fico-me por ali. Não tenho tempo para leituras que antes sorvia no comboio, nem guardo tempo para leituras que troco para filmes. È mais fácil, e permite-me estar mais confortável.
Ás vezes, às duas da manhã, dá-me uma vontade súbita de ler. Fiz isso há dias, e agarrei num dos que são para ler – ensaios de Vaclav Havel. Três parágrafos depois estava a dormir profundamente. Tenho de escrever um...

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Sampa

Reduzimos o Brasil ao Samba e ficamos com a frustração de só o ouvido isso no restaurante mais turístico de São Paulo. Sampa é tal qual a letra da Rita Lee, meninas produzidas empoleiradas em saltos, cabelos esticados à chapa quente, debaixo de amalgamas de hidratantes. Casas pequeninas transformadas em restaurantes de luxo que cobram como as lanchonetes janotas de Lisboa. Sampa não tem nada a ver com samba, como Lisboa já não tem nada a ver com fado embora tenha essa fama. Obriguei paulistas a levarem-me ao samba, mas queriam era sons electrónicos em discotecas undreground com decorações freak.
Não tem nada a ver com praia porque nem sequer é Baía, não tem portos, nem mar e o único rio que por lá passa, o tiête é um lodo que arrasta excrementos de favelas maiores que Portugal todo junto e atravancado por prédios gigantes de grades de segurança que sobem ao terceiro andar.
Todas fingem orgasmos, todas preferem rapidinhas, todas são submissas e despreconceituosas. Todas agradam os homens e agradecem – e cedem a um pequeno agrado. Fácil. Todos olham para o lado, são malandros e malandrecos. Mas menos que no resto do Brasil. São vaidosos e siliconados nos locais que menos imaginamos e exibem músculos tão reais quanto os cabelos lisos. Consomem e consomem-se. Aos domingos à noite mais ainda. Na 25 de Março muito. E não se queixam, só dos políticos porque não acreditam nem se fazem acreditar. Cada um por si e deus por todos. Abro os braços mas não os fecho por ninguém. Logo á noite há balada, não querem vir?

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

fim de ciclo

esta semana, um conjunto de pessoas alargado viveu a sensação de fim de ciclo. Esta sensação decorre dos fins de mandato sugfragados em 2001. para mim foram mais de quatro anos. Quatro anos de campanha, Câmara, governo, câmara e agora outras lides. Fizemos imenso. Eu trabalhei como uma louca e à vista estão no meu cucuruto plantados inúmeros cabelos brancos, grossos e firmes. Umas ligeiras rugas nos olhos e vincos na testa. Servem estas para marcar um tempo que chegou ao fim.
É fácil dizer que foi uma brincadeira, que se podia fazer muito mais, que foi uma gestão casuística, que não houve consensos que não se conseguiram cumprir metas e objectivos - que naturalmente se reduzem a um Parque Mayer, a uma Feira Popular e a um túnel que esteve parado. Excluíndo o Parque Mayer cuja solução foi recorrentemente inviabilizada por uma maioria de esquerda na assembleia Municipal, o restante foi obra cumprida. Mais. Fez-se muito mais e os bairros históricos têm muitos mais jovens. A cidade tornou-se mais apetecível face às periferias. Quando fui trabalhar para a campanha falava-se de Telheiras, Alta de Lisboa, Casal de Mouros etc. Agora fala-se na Sé, na Baixa, no Bairro Alto, em Alcântara, na Bica, em Santa Catarina, no Castelo.
Por agora não vou dizer mais....

quarta-feira, 31 de agosto de 2005


A Casa do Castelo fechou no fim de semana passado. Para grande pena de uma série de gente que agora terá de procurar um novo spot de verão. Durante não-sei-quantos anos esteve aberta na silly season – I’d rather say hot season - com musica comercial deixando ao rubro até de manhã ( e ás vezes à tarde ) gente de todas as proveniências e idades. Para mim é menos um problema. Invariavelmente, todos os verões acontece-me uma coisa estranhíssima – uma hesitação entre o ir e o não ir a uma festa que sei que vai acontecer na Casa do castelo. Este ano fui a uma. Foi exactamente no sábado passado. Em plenas avencas recebi um telefonema desafiador e resolvi ceder. No programa o que mais me aliciou foi a possibilidade de ir jantar a um restaurante em plena 125 cujo menu se destacava pelos baixos preços de um leitão, uma picanha, uma sangria e outros gourmets ( que ensaio para incluir no menu do meu restaurante em Paris – cf. Artigo anterior). Adorei, confesso. Demorámos hora e meia a chegar e o jantar foi de cair para a banda…. Depois o resto. Casa do Castelo, um amigo que nos encaminhou e encurtou substancialmente a fila, cartões de 30 euros que nem as tostas encheram porque sem darmos conta acabamos por entrar na zona “bar aberto” e ali ficar até ser dia.
Disseram-me que houve fogo de artifício, aviões, palmas, lágrimas, óculos de plástico oferecidos por um patrocínio qualquer, gente gira, gente feia, cabeleireiras fashion e outras da banlieu, unhas de gel, tops da zara e Bubble. Eu não vi nada disso. Achei que a discoteca estava gira, gigante, impessoal, e igual. Não vi nada de novo senão casais da moda que há muito não encontrava ao vivo. Fui à tal festa de Verão e foi suficiente.
Para o próximo ano não há mais. Paciência. Acho que não vou sentir muita falta, aliás nenhuma. Para o ano vou, de certeza encontrar os mesmos de sempre num outro lugar qualquer porque as alternativas encontram-se, nunca se esgotam. Agora ao tal restaurante vou voltar de certeza. Esse não vai fechar e deixou-me saudades… e água na boca.

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Negócio

Tenho outra ideia, mas preciso de opiniões: uma loja exclusivamente de roupa e adereços para casamentos. Vestidos, écharpes, véus, tafetás, chapéus, modelos por medida. Um acostureira brasileira que fique atrás de uma cortina mas que de boa que mãos que seja transforme um trapinho num modelito armani para semi-gordas como eu. Que acabe com o comum dilema feminino de recorrer à pindérica Tintoreto que acerta mais em mães, à invariável e cara Loja Amarela, à irritante Maison, ou às incógnitas que só algumas conhecem em ruas estreitas com coisas giras, mas bem acima do que deveria custar uma roupa que serve só para impressionar num dia. Uma espécie de Osklen para festas, a preços... competitivos (gosto desta forma tão equívoca de falar em acessível).... uma coisa à frente e não execessivamente cara. Uma Mar hum de casamentos, baptizados e festas mais gala... mas que não nos leve a arriscar o kit zara disfarçado com acessorize, facilmente decifrável por tias, pseudo tias e aspirantes a tias ou que passam dias na praia a decorar marcas italianas e cortes que cabem em elle Macphersons mas nunca na tradicional estatura portuguesa ainda que lipo-aspirada, delineada a botox e silicone alterada por saltos de 17 ??? cm

terça-feira, 16 de agosto de 2005

Estamos ricas

Custa-me imenso voltar de férias, sobretudo porque não estou habituada a férias. Há 4 anos, mais ou menos não tenho férias normais, não tenho dias certos nem planos previamente estudados com mapas e guias freak da internet onde se pode saber o restaurante freak/chique a dar - mas secreto - de um qualquer spot alternativo. Custa-me e está-me a custar este primeiro dia que julgava suceder-se a filas intermináveis de carros na A2 e, quiçá na Nacional que me obrigariam ao pára arranca que me habituei dos tempos de 3 meses de ditas férias em família. Nem trânsito, nem filas, nem nada... Foi como se tivesse estado um fim-de-semana no algarve com calor de verão e enchente de Páscoa, o que é bom mas algo deprimente. A saison está a acabar e é um tirinho até ao regresso às aulas do continente, carrefour, feira nova e dos outros todos. Não me apetece nada voltar ao inverno em Lisboa, com o casaquinho a pingar e buracos na segunda circular à volta dos meninos, à volta da fogueira... eu não vou andar à volta dos meninos. Acabou... Acabou.... prefiro aquecer as mãos num aquecedor, ou montar um restaurante em Paris de comida tradicional portuguesa... um spot freak chique que apareça nos guias que ainda não compro. Dou-me seis meses para uma licença sem vencimento e telemóvel pago por uma conta qualquer desde que não seja a minha que já rasa o fundo ao tacho... por falar em tacho... agora é que é vê-los a fumegar.... como no meu restaurante em Paris que vai deitar um cheirinho que atravessa sebastopol (não sei se se escreve assim) e termina no Sacré Coeur... Mana! Estamos ricas!!!!!!!!

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Aquece o Coração...

A minha avó, das minhas irmãs e dos meus primos para além de nos ensinar a comprar compulsivamente qual grito do ipiranga contra a frugalidade imposta pelo meu avô ao longo de décadas que não presenciei - pré e pós IIª guerra Mundial, ensinou-nos outras coisas. Uma delas marca a nossa família. Faz de nós seres diferentes, particulares. Refiro-me à premeabilidade à publicidade. Se a TV diz que é bom é porque é, ou pelo menos na maoiria dos casos. Mais, a senhora do outro lado deveria ser um exemplo a seguir. Daí que aos oitenta e tal seja totalmente permissiva face a comportamentos inaceitáveis no «seu tempo» que eu acho que é mais o meu do que o dela e adore o que a minha geração adore - passear. Com o penteado a Isabel IIª, Laura Barreiro, sempre de mise composta e plix q.b. - que para quem não conhece fique a saber que se trata de um frasquinho pequeno de gotas transparentes que seguram os caracóis durante tempos indeterminados - ouve falar em passeio, viagem, avião, autocarro, comboio, estrangeiro, guia, mapa, restaurante, mala, rodinhas, bilhete, passaporte e prepara-se com uma atencedência que a idade assim exige para a partida. Uma mala de comprimidos, bombas da asma, pomadas e mezinhas para dores, pés inchados, atrites, renites, gastrites, estomactites e todas as outras ites que o seu vocabulário pouco técnico mas actualizado pelos suplementos da Mulher Moderna, grupo Impala assim lhe fornecerem é sempre a primeira a ficar pronta. Segue-se da roupa, com peças para as diversas estações não vá o "diabo tecê-las", outra para sapatos porque apesar de percorrer quilómetros a fio em passeio os pés incham-lhe muito e precisa dos chinelos para a noite, ténis para andar por casa, sapatos para usar com as calças, os mocassins para ir aos museus... enfim sempre precavida, Laura Barreiro senta-se duas horas no canto do sofá à espera que a vão buscar a casa para a passeata seja ela onde for. Deve ter sido desse gosto que nós, netos herdámos uma vontade iminente de sair, viajar... mas não era às viagens que me referia quando comecei a escrever este post. Referia-me a uma particularidade que considero muito própria, a brasa. A Brasa pde ser Mokambo, ou Tofina, Nescafé ou outra marca branca qualquer. Trata-se de uma mistura soluvél com cheiro a café e sabor a qualquer coisa que não café. Foi ela que, tal como no anúncio, insistia com os netos repetindo o slogan: bebe uma Brasinha que aquece o coração. Daí que de manhã, depois do almoço e muitas vezes depois do jantar, sobretudo quando estamos em família, se assista, à mesa, a uma distribuição de chávenas de café, açúcar, desse pó misterioso e um agitar de colheres que fervorosamente transformam os ingredientes desta secreta bebida numa pasta que misturada com água quente se transforma num espumoso... quase-café. Cada vez que bebo lembro-me da avó Laura e aqueço o coração.

sábado, 16 de julho de 2005

As coisas que não se dizem

Aquelas que nós fazemos e temos vergonha que descubram que as fizemos, embora no fundo até nos apeteça partilha-las. É tramado... posso dar um exemplo: deixei de fumar à uma semana... o resto não digo...

Mas há mais...

Por exemplo, ter de estudar para um exame, ou pelo menos organizar as cábulas que passaram da mão de uma qualquer organizada aluna para o sótão da minha irmã e vieram a mim sublinhadas, anotadas, dobradas... e eu nem paciência para as lêr tenho....

terça-feira, 28 de junho de 2005

Ignorância

Há tempos escrevi aqui que não percebo nada de música. Não percebo, mas adoro. Talvez até perceba mas só mesmo por intuição. Sou mais ou menos como a Bábá. Se me explicarem, percebo tudo e disfarço muito bem. Basta sussurrarem-me ao ouvido. Por exemplo, quando não faço a mais pequena ideia do que aconteceu numa determinada data, e me explicam falam nos intervenientes de um dado facto como se tivesse sido “nosso” colega no liceu Pedro Nunes – esquecendo que a minha diferença de idades para o meu interlocutor é de não menos de 20 anos – disfarço com um sorriso e um aceno suave com a cabeça e abro bem os olhos como se estivesse a perceber exactamente do que me estão a falar. Mentira. Mentirona. Mentirissima. Não sei, e às vezes até fico sem saber, sobretudo quando o interlocutor não me dá pistas... depois vem o problema da memória. Tento, é certo, investigar no ponto de navegação virtual mais próximo, mas esqueço-me de palavras chave importantissimas para chegar ao meu fim... e, lá está, reservo-me na minha ignorância à espera de não ser apanhada. Esta é uma das razões que fiquei chateada de ter deixado escapar a Feira do Livro. Maldita ignorância. Ou idade...

quinta-feira, 28 de abril de 2005

Brincar às casinhas

É uma paranóia como outra qualquer, mas sempre adorei brincar às casinhas. outros preferiam brincar aos médicos com as as amiguinhas e as pilinhas e os estetoscópios. Eu preferia brincar às casinhas.
Tinhamos um armário de prateleiras que um qualquer carpinteiro alcobacense inspirando num futuro o Sr. Ikea, onde cada rectângulo era como uma divisão da casa. Quartos mobilados com caminhas de madeira, almofadas feitas à mão, bonequinhos miniatura importados de Ayamonte e mesinhas de madeira com serviços de plástico e loiça. Tudo em inho, porque era "pequenininho".
Eu era dona de uma batedeira, mas a Rita teve direito a um frigorífico - diga-se "topo de gama" - com luz e tudo - e de uma máquina de lavar a roupa. A Joana tinha uma boneca com um disco incorporado nas costas e um outro subesselente - escreve-se assim???. A mesma boneca, chamada Mocosete (marca espanhola lida por criancinhas de 3, 4 e 6 anos) tinha uma particularidade, fazia chichi quando se apertava uma perna. Foi didáctica. Já na altura detestávamos mudar a "roupa da cama" desnecessariamente, e limpar nódoas amareladas provocadas por sumo.
Deve ter sido de então que ganhamos "o bichinho" - e como detesto a expressão "o bichinho"!?!!! meu caro Zé Carlos Ari dos Santos que faz cá tanta falta- esta coisa maluca, não dji fazê chichi, mas de inventar casinhas para mobilar e pôr cortinados e reabilitar e reconstruir e imaginar e redecorar e enfim, tentar com o mínimo custo proporcionar o maior conforto estético.
Este fim-de-semana foi em Sagres. Bem, quase Sagres. Os calos na palma da mão são a prova. Mãe, pai e filha. Tudo de rabo para o ar a tentar transformar 20m2 de um palheirito numa cottage freak, chique e hip (hippie). Não conseguimos. A auto-didácia do homem das obras cortou-nos as vazas (e continuo sem perceber os que são as vazas), com um azulejo a cobrir a quase totalidade de um vão de escadas que se pretendia rústico. Enfim, foi o que se conseguiu. Faltam as cortinas da casa de banho, de um poliban de 60cm/60cm e que permite um banho de lado. Falta a mesa da cozinha que cederei ao Sr.IKEA, que se tenha em saúde e se conserve, e um pequeno armário para pratos e copos. Faltam as escadas que já estão encomendadas e o varaõzito para ajudar a subir. A televisão, imprescindível. E clientela. Se possível que não seja só apertar uma perna e comece a fazer chichi. E que não suje a "roupinha de cama". E não pregue aleatoriamente pregos nas paredes por forma a espetarem-se num bracinho que distraído por lá roce.
Clientela e nós, os do costume.

sexta-feira, 22 de abril de 2005

Nas terras pequenas os jovens ou se dedicam ao desporto, ou têm uma banda ou afundam-se nas drogas. Esta frase ficou marcada na minha memória depois de a ler numa entrevista à Sónia (para os amigos dela Soninha presumo, ou Sony, ou mesmo SONE, de capri - não da terra Capri, mas do tão famoso quanto saudoso e agradável ao tacto CapriSone) dos The Gift - leia-se "Daguife". Também eu sou um bocadinho de Alcobaça, terra da fusão do Rio Alcoa com o Baça, podia ser de Alcofa e do Bessa, mas assim seria alcofessa e não. Não é. É Alcobaça. Essa terra onde aos 5 anos se anadava na natação, no ténis, na patinagem artística (na altura a 4 rodas e muitas esferas), no piano e preparavamo-nos para os cursos de línguas que num futuro próximo abririam no único e primeiro centro comercial, agora presumo que velhote e semi abandonado, destronado por um qualquer Shopping com Zaras e Mangos.
Mas na nossa inocência, lisboa era muito melhor, porque não tinha apenas um Cinema com matinés repletas de criançada ao Sábado e ao Domingo de manhã. Em Lisboa explodiam amoreiras a cada canto. Por falar em amoreiras, em alcobaça andava-se de bicicleta nas ruas e um dos maiores entretenimentos infantis era o culto dos bichos da seda. A incessante busca de amoreiras para alimentar essas minhocas cedo tranformadas em borboletas malcheirosas e porcalhonas praticamente asfixiadas em caixas de sapatos apanhadas à porta da única sapataria de alcobaça ou importadas de Lisboa - de um fugaz fim de semana em visita aos avós e em compras intensivas numa manhã de sábado, à Bambi em Campo de Ourique.
Das bandas não posso falar. Abandonámos a terra cedo de mais. Das drogas, bom, não consigo encontrar qualquer diferença com o que se passa e passou na minha adolescência dividida entre o centro de Lisboa e a banlieu de elite. A única diferença talvez seja a variedade das drogas e a falta de opção evidente, ou como diria um amigo meu (e de muitas outras pessoas) Evidenti!!!!!!!
Abraços largos e cheirosos

20 euros

e um saco cheio. Habitat retail, no Sintra Business (não Retail Park como parece ser). É ridículo ser um outlet num business park e no retail park não haver outlet de coisa nenhuma. Mas é mesmo assim. O mais importante: duas molduras esfaceladas nos cantos, um caixote do lixo inox amolgado à SUPERFÍCIE, três suportes de velas a euro cada, metal riscado, um prato cor-de-laranja gigante e um comedouro para animais, de duas taças. Estou bastante satisfeita porque só o volume das compras justifica os 37 euros gastos(10 de gasolina + 20 das compras + 2.30 das portagens + o restante para um café e um cake...). Sou tão permeável ao mau gasto... mas antes que mau gosto.
Nota: Hoje, o Governo anunciou que vais colaborar na campanha para as autárquicas, fazendo assim transparecer a proximidade dos governantes com tutelas chave com as orientações políticas locais. Parece-me óbvia a promiscuidade. Pergunto: Se fosse à poucos meses atrás não estaria a sic notícias em inquéritos ininterruptos sobre a questão? A TSF com os costumeiros odiosos a desancar o governo dos abutres? Não gritariam os opinion makers mais trapalhadas para quem, pelo menos tentava dar um rumo a um país presidencialmente açaimado? No for the questions! (não sei se se escreve assim, mas perdoem-me, este PC não tem corrector ortográfico).
Abracinhos.

sexta-feira, 15 de abril de 2005

Baby love

Há já algum tempo que ando descuidada. Não falo dos pêlos das pernas que invadiriam a suprefície corporal, não de uma cabeleira farta, de madeixas cada vez mais "abertas" - que, para os não entendidos significa de um tom muito mais claro que a raíz - ou com... enfim... aquela "gotinha", quando se ri com mais força...
Ando descuidada por não prestar atenção àqueles que fizeram de mim aquilo que sou hoje e a quem muito agardeço por continuarem assim, a serem quem são, não deixando de ser eles próprios, ou seja vocês, pacientes companheiros de páginas de e links e textos abaixo do que a mediocridade humana e a clarividência ou intelectualidade permite. Assim sendo e sem querer magoar ninguém, porque...lá está, tenho destas coisas - lá no fundo, sou sensível e à suprefície às vezes também - quero só acrescentar que voltei para ficar. Entretanto, para quem quiser aconselho um som. Não sou fã da família Jackson - embora tenhamos visíveis traços comuns, refiro-me ao nariz de linhas finas por exemplo e à tez, "nívea", diria Cesário Verde - mas Diana Ross, a musa dos Jackson's, nas Supremes, sabia como fazer uma boa chantagem emocional/sexual/sensual com MY BABY LOVE... inspirem-se babes deste Portugal dos "pecanitos" e "pecaditos". http://www.edict.com.hk/vlc/music/karaoke/babyloveFrm.htm
Abraços enormes e apretados - apretados mesmo!

segunda-feira, 4 de abril de 2005

Não compro Cd's

Tenho este estigma... não compro cd's. Não sei bem porquê, e até gasto muita pasta em porcarias, sobretudo naquelas que não ficam para a memória, mas não compro Cd's... talvez por não ter uma aparelhagem XPTO nem um quarto que me suscite horas de relaxamento. Também não sou do género "relaxada"... sobretudo no mau sentido que a palavra tenha implícito. Estou aqui a escrever e a ouvir o "Diário de Bridget Jones 2" e a adorar algumas músicas, mas o problema é de sempre, não consigo saber quem as canta, só as letras e os ritmos...e associa-los a pessoas, locais, factos, acontecimentos, épocas... a tudo. Dei a volta ao meu quarto para evitar olhar para os apontamentos da minha irmã. Não sei o que é CRM e não me apetece saber... encontro todos os pretextos para não estudar, volta o dilema de costume, mas desta vez não tenho desculpa...

terça-feira, 29 de março de 2005

FAMA... sem proveito???

Oraites! A pedido dos e-leitores – e confesso que a expressão e-leitores fassinou-me, leia-se mesmo fassinou-me – vou tentar manter o ritmo e a genialidade! Brinco... sobre o ritmo, tá claro! Bom, e por falar em ritmo, o ritmo está fraco. Fora a festa da ModaLisboa no Lux em que dois (???) vodkas Red Bull me fizeram duvidar se o meu coração batia mais rápido que o o trote de um cavalo selvagem, uma fotozita aqui e ali que consegui passar despercebida – Rei posto, rei morto, mas este rescussita.. e rápido – a pessoa tem andado na forma do costume. Sauf... l’argent. A triste sensação de gastar das reservas é esmagadora e angustiante, porque nunca sabemos se poderemos voltar a engrossa-las. Sobretudo quando o gasto toma avultadas proporções ao prazer que nos dá. Um cafézito aqui, uma bicazita acolá, um pastelinho acoli e tal e coisa e já vamos nos 10 euricos... sem render nada. Pior à espera da resposta do impossível que já pareceu tão possível e que nem sequer tenho a certeza se é, de facto, o desejável. Desejável sei eu o que é... mas não digo.
Nota: Fui à Fama e...enfim, mais uma vez vi coisas com estes dois que a terra há-de comer. Entre um saltinho aqui e outro ali, Senhores! Valha-nos a lucidez. O costume, de extensões, com dois maricas e um figurante dos Morangos com Açúcar, novela que não sei se ainda passa , auto-intitulado “actor e famoso”... talvez na rua dele, a oferecer shots que... por conseguinte... o barman tem a gentileza de lhe oferecer... Tudo isto para colocar na prateleira de um móvel de fórmica no quarto no apartamento da Amadora Sul, ou de Casal de Mouros (???), um troféuzinho com cabelos falsos de cola na raíz, agrupados em “mechas”, que só lhe enchem o ego a ele próprio. A melhor que já dei, dirá!
Os amigos do “tele-lixo” que nem varridos da caixinha deixam de se achar importantes. Sócrates prometeu co-incineradoras. O “co” não é praqui chamado, mas incineram-nos, por favor.
Eu também sou famosa, entre a malta cá de casa! Muito! E na minha rua!
O auge da noite foi mesmo ouvir, da boca de um desses “actor e famoso” – é que não consigo lembrar-me mesmo do nome, tem graça! - a título de “elogio sem jeito”, dizer-me, sobre a dita de extensões e peles arrepiadas à cicatriz, escondidas sobre expessa cinta de fibra dura: “Oh beleza, larga a XXXX que nem daqui a 20 anos vais ser tão boa como ela...”. Tomei como um elogio. Deixa-me ficar pelos 26 “sugaditaaaaa”!

quinta-feira, 24 de março de 2005

Há moelas...

tinha escrito um texto giro e ao publicar desapareceu. estou um bocado chateada, por isso não vou escrever mais nada. Lá está... o sistema. A culpa é do sistema... dâçççç..... é sempre a mesma .....kjhfshwylaefhebf

terça-feira, 22 de março de 2005

Para que fique escrito...

Nem todos os Gatos são Parvos.... E nem todos os Parvos são Gatos...

quarta-feira, 16 de março de 2005

Virgem... Maria

O Nelson pira-se a qualquer altura! A Maria, é sempre Virgem! O preto, nunca está quieto. E assim andamos. Cada um com a sua “bengalita” para poder dar mais enfâse ao que diz.
Depois de uma grave interjeição segue-se o “Pira-te Ó Nelson!” ou de uma exclamação mais avivada, “Oh virgem Maria!” ou, ainda mais recorrente em linguagem corrente, virada para a negação “Tá quieto Ó Preto!”. E como se não bastasse, há ainda o careca, que coitado, como já uma vez disse é presença frequentíssima em conversas de café para não falar de outros desgraçados que aperecem de quando em quando, às vezes só de passagem ou os mais resistentes instalam-se no léxico mais comum. O Boda, por exemplo. Não vou explicar. Poupem-me! Muitos de nós pertencemos a um dos segmentos: Marias (virgens ou não), pretos (à parte qualquer conotação racista), carecas, nelsons, bodas e os outros todos. Bom, com esta me retiro para um banho... espiritual, que é dos que eu prefiro. (Podia ser bacalhau - também o há espiritual - mas desta vez não é). Akel abracer!

segunda-feira, 14 de março de 2005

Dívidas...

Já me avisaram que textos como o anterior servem só para perder "clickes" e como eu prezo muito a audiência, não vou agora deixar-me ficar atrás do "abrupto" ou do "gato fedorento". Isso era o que eles quriam... que eu deixasse de produzir!
Bom, anyway hoje já estou mais descansada, que a miúda já está bem, já ligou à mãe, já comprou litradas de "máscaras capilares" a real e meio e pastinha para os dentes... não vá sair de casa com o bafozito da noite... que quer queiramos, quer não, é sempre dispensável... pelo menos susbtituível pelo aroma de hortelã ou menta.
Bom, mas voltando ao interessante, e isto mais para registo NÃO CUSTOU NADA!
Não custou nada mesmo. E começo a considerar esta, uma interessante forma de encarar a vida. Viver dos rendimentos. E quando falo em rendimentos estou a referir-me a rendimentos de outrora, claro. Sair de casa, de calças largas e ténis gordos, com a "barba" por fazer, e ir beber um café com os empregados ainda remelosos à praia. Ouvir Marisa aos montes, para garantir a espertina com um lento cigarro a bafos curtos e goles pequenos de café-cheio (um não vive sem o outro, daí o hífen)! Voltar a casa e tomar um duche sobre o corpo habituado à temperatura do dia. Vestir-me informalmente bem. Pensar no que é a prioridade, sem sequer ter ligado a TSF e resolver ataca-la a fundo. Hoje foi o BI caducado a 5 de Janeiro deste ano. Pagar a Pós-graduação em dívida desde Dezembro. Amanhã será a Segurança Social... depois o Iva, na quinta prepara o IRS e assim sucessivamente até estar completamente saldada e poder considerar-me ...uma mulher feliz. Estou quase. Eu também voltei, não foi só o PSL... à normalidade.

sábado, 12 de março de 2005

Mana...

Nao imaginas a falta que me fazes... o pior é que passo dias sem te ver, mas quando não estás é que realmente percebo que isto aqui, sem ti, não é nada... ou melhor, é poucachinho. Parece conversa de chacha, e é! Mas para mim, és muito mais do que uma irmã gémea. Fico preocupada que estejas triste, que te sintas sozinha, que precises de dar toques do telemóvel e não tenhas a quem o fazer, que precises de opiniões, seja para escolher se comes meia tosta e meio pastel ou se comes só meio pastel, ou então..."pode ser só um café"- ai o refego! Fico trsite porque, de repente, igual a ontem, só que sem ti, sinto-me muito sozinha...
Muitas saudades e muitos beijinhos cheios de nós na garganta!!!!! Até já!

sexta-feira, 11 de março de 2005

Songs of Freedom (by Pedro Xavier- la famiglia) Posted by Hello

quinta-feira, 10 de março de 2005

É ELA! Ela é que é a Joana, a minha musa, a minha deusa, aquela que, enfim, se não fosse ela, eu não seria eu, nem ela ela. Muito menos se ela fosse ele, porque assim eu não era nada (pai Álvaro e mãe Céu tinham-se ficado pelo casalinho, Óbvio. Ou como insiste em dizer o Gonzo dos ex-Excesso, Lógico! (criando uma ilusão de lógica naquilo que é simplesmente a norma, mas não necessariamente lógico por não obedecer a lógica nenhuma e repetindo a mesma palavrinha até à exaustão; tocando com a ponta bicuda da linguinha no lábio superior!!! M.Jakie, deixa-te disso, por favor... É chão que... nunca foi fértil! À vista! Basta repararmos nas calças, justas, de napa preta, faça chuva ou sol, inverno ou verão, não dá para poder ser fértil.... Mas ele ainda se faz... diz que vai prá Quinta dos Ranhosos... e eu para o brasil, se Deus for justo). voltando a ela, a minha cara metade, a minha gémea com um ano de diferença, a minha consciência e o meu alívio de consciência, o meu pretexto para a fuga! Vão ser duros, estes dias, mas "troço pra dar certo", tá??? Lindona!!!!!!!!  Posted by Hello

TÃO CONTENTI!!!!!!!!!!

Estou fascinada, leia-se, fassinada, por poder ilustrar este modesto blog com fotografias ou outras imagens. Demorou, mas consegui. Para já estas são as possíveis, porque são as únicas que o portátil tem, mas dentro em muito breve vou fazer escandalosas revelações.
Bom, escandalosas, escandalosas não... escandalosazinhas... ou quase escandalinhas... ou não interessa. Hei-de encontrar coisas, eh, à maneirex...tás a veri???!

São estas pequenas coisas da vida que... enfim.. preenchem a pessoa... que é pessoa!!!!! è como diz o outro... Há coisas...e há coisas... quer dizer... há coisas...e enfim... há coisas... não vamos baralhar o sistema, né??!?
"Tou tão contenti!!!! Ai tereiza!!!" (in BB1, Elsa para Teresa Guilherme)

à espera de jantar... Posted by Hello

while I was ... Posted by Hello

lades na mesa... Posted by Hello

quarta-feira, 9 de março de 2005

Conselhos

1. Não acreditar em tudo o que se lê!
2. Os'pertinhos lixam-se sempre!
3. Quem vê caras... enfim... cala-te boquinha!!!!

au revoir...si iu sun...

Aparelhos

Só para dizer que está quase. Falta mais ou menos um mês para poder comer "grelinhos" à vontade, para poder saborear cada dentada de bacalhau, para mastigar suavemente um bife de vaca sem que, no fim, tenha de discretamente sacar de um palito e limpar toda a esfera metálica que envolve a minha dentadura... aliás o que resta dela. Há dois anos que alterno entre pedacinhos de papel, palitos, restos de maço de tabaco e até cabelos. É triste, eu assumo, mas é verdade!
As dores foram muitas, as etapas também. Contei todo processo a pessoas que não conheci de lado nenhum. Tive a oportunidade de colocar uma armação exterior, à prova de beijo, uma interior, à prova de céu da boca, duas próteses plásticas, chegei a usar super cola três. Domino os termos: Brackets, orto-mandibulares, incisão histologica, implantologia. Sei os milímetros exactos, necessários para se poder colocar um implante no segundo incisivo, porque tive de encontrar espaço para o conseguir enfiar. E nunca tive os dentes tortos. Dois caninos de leite que duraram até ao limite, dois caninos definitivos e falta de segundos incisivos. Não me perguntem porquê. Ver-me-ia na inevitabilidade da resposta: sou deficiente. Então antes... Sim, SIM. Tenho os dentes tortos, mas estão quase direitos! Só falta um mês...espero!

Toda "lixadinha"

Sim, tô toda "lixadinha" (com os dedinhos curvados a fazer aspas). Lixadinha à séria! Uma despedida é geralmente sinónimo de tristeza, emagrecimento, definhamento, olheiras, lágrimas, mágoa... eu diria até algum rancor e frustração. Na verdade, esses sentimentos assaltaram-me um dia. Agora é o deboche. O pior é que é o deboche inconsequente.
Tenho 26 anos, uma conta bancária reduzidissíma, as dívidas a cairem na caixa do correio - ele é à segurança social, ele é ao IRS, ele é ao IVa, ele é... (cf. abaixo. Está noutro texto.) e jantares que se multiplicam, tempo livre de sobra para actualizar os meus textos no blog e programar o que não vou fazer - por exemplo, actualizar o BI que está caduco desde Janeiro), e pior que isso gastar o fundo da carteira, já leve em jantares, almoços, lanchinhos etc. Não aguento. As calças não me servem. Tenho medo de me pesar, mas sei, vejo, sinto, reparo até como me olham - tipo "olha aquela "badocha" ou "esta pôs-se uma bardajona!!» - com os refegos a multiplicarem-se sobre o fecho, apertado das minhas calças. Tudo porque estamos em época de despedidas. Mas isto não pára. depois das despedidas haverá, de certeza, o período de comemorações. porque este vai para aqui, porque aquela vai para alí, porque o outro fez anos, porque aquele é parlamentar, porque hoje está sol... porque...e nem sequer precisa de haver um porque. Como sou de bom garfo e não resisto a um prato que me ponham à frente, o metabolismo, que se habitou a assimilar pouco, deixa de resistir. Não há METABOLISMO que aguente... nem cú. O meu está monstruoso. E ainda por cima dei um toque com o meu carro, onde até já tenho dificuldade em conseguir acomodar-me. Estou lixada à séria...

terça-feira, 8 de março de 2005

Dias, não são Dias!?!

Dia das Mulheres, dia dos avós, dia da criança, dia do animal, dia do não fumador, dia do pai, dia da mãe, dia da luta contra a Sida, dia do cancro da mama, dia da árvore, dia da água, dia dos mares, dia dos oceanos, dia da protecção de menores, dia da protecção de maiores, dia da luta, dia de luto, dia do dedo mindinho, dia do macaco do nariz, dia do mal educado, dia do pêlo encravado, dia do cabelo espigado, dia das unhas castanhas, dia das franjas, dia da política, dia da cozinha, dia do IRS, dia dos recordes do Guiness, dia da t-shirt molhada, dia da camisa engomada, dia da terra, dia da noite, dia do dia, dia da água que pinga da torneira, dia dos cabelos na banheira, dia dos homens do lixo, dia do bicho, dia da bicha, dia do jogo, dia de anos, dia do santo A, B,C,D, dia de todos os Santos, dia de natal, dia de coiso e tal, dia da Luz, dia do Sol, dia do mel, dia dos Melos, dos Silvas, tantos, tantos dias… temos 365 dias por ano. Dias a que dar nome. Não há um que seja dia do Homem, nem dia do menino (salvo do Jesus), nem do gajo…
Bom, dias não são dias (falo por mim)!!!

segunda-feira, 7 de março de 2005

IKEA

A panca é sobretudo por electrodomésticos.
Adoro passear-me por corredores de Hipermercados e ficar horas deliciada a babar-me sobre torradeiras, aspiradores, mini-bares (ainda hei-de ter um só para mim), ventoinhas, escovas dos dentes eléctricas, tostadeiras, secadores, máquinas de café, fritadeiras, combinados, mini robots de cozinha, enfim…tudo o que possa ser movido a pilhas ou a baterias.
O prazer é igualmente grande na secção de bricolage, mas apenas na área do “aparelho”. Passo a explicar: lixadeiras eléctricas, ui…Afagadores de chão, ah! Berbequins, mini-berbequins, mega-berbequins, acessórios de berbequins…ahhhhh!
Maior gosto me dá comparar preços. A Worten é para mim, como o Parque do Alvito para as crianças de Alcântara, ou o Portugal dos Pequeninos para as de Coimbra, ou a presidência do PSD para o Marques Mendes… uma delícia! Um gosto! Um desejo! Uma vontade! Uma paixão!
E as instruções? Nada melhor do que chegar a casa depois de três horas a olhar observar cuidadosamente tais electrodomésticos, que considero estar francamente a precisar e levar um, o mais barato, relação “preço qualidade” e passar a dominar uma nova área de mercado, e poder ficar horas, já em casa, na minha na casa de banho, a conhecer todas as potencialidades do novo aparelho. RAM, Pixels, RAG, etc…
O IKEA também é bom, mas não chega a “orgásmico”. As instruções são curtas, não diverge muito de preços, e requer muito empenho na montagem. O electrodoméstico é imediato. O móvel IKEA dá um prazer demasiadamente prolongado, por isso, como em tudo ?!?, tudo... quer dizer..., transforma-se em sacrifício.
Ando meia abatida, porque todos preferem o IKEA… Já não há quem queira acompanhar-me numa tarde de Secção Electrodomésticos, a puxar-me a camisola e a alertar-me para a secção de livros ou de higiene e eu, cega… com o meu coraçãozinho a palpitar hesitando entre a Torradeira e o “Alguidar massajante de pés Ufesa”. A Joana, por exemplo, que tanto precisa de um desumificador, ou de um secador de unhas, prefere gastar 30 euros numa cómoda “MALM”. Não percebo.

sexta-feira, 4 de março de 2005

Ganda Nóia

Ganda nóia, ganda nóia, ganda nóia. Lembram-se do contra informação? Listas telefónicas, microfone rebaixado e um grito profundíssimo, bem afinado: Ganda Nóia. Apetece-me dizer muitas vezes: Ganda NÓOOOOOOOIAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!

quinta-feira, 3 de março de 2005

de dar vómitos a um porco!

Os comentários de "certo e determinado" comentador! Ninguém tem memória política e os sebastiânicos são inevitáveis e cada vez mais preementes. Pai Natal, de barbas brancas, assume-se pela diferença de nunca gostar pelo simples facto de não gostar. Calou e agora arroga-se no direito de dizer ... enfim... coisas. Eu bem ouvi, e vi e se dissesse tudo o que sei... enfim... cala-te boca.
Mas, politiquices à parte, porque não interessa nada quem via ser o novo líder do PSD, eleitoou não por directas, aclamado ou não pelos caciques e seguido pelos crédulos, se o Santana vai para a Câmara de Lisboa e se Portas funda um novo jornal, se o Telmo - dâç... Telmo = BB1 (ja é pai!!! in Maria, 12 Dezembro 2004). Se os assessores do Sócrates o amordaçam ou deixam afundar-se sozinho, se a seca - que seca!!! - mata a sede aos Presidentes de Câmara do Alentejo e Algarve. Se o grupo parlamentar é liderado por Fulano, Beltrano e Cicrano... perdão, Fulano de Tal... e tal e coisa (como diria a Rita Lee. Há um site na net (vulgo de internet) onde se pode ouvir os velhos clássicos da Rita (LEE) recorrentes no bom velho Stones, incluindo o "Lança Perfume"). Se os professores são colocados - queria eu os meus implantes e, num futuro próximo, explicarei quais - se os jornalistas podem circular pelos Passos Perdidos, se a "menna dança???".
Mas a memória é trabalhada. E há coisas que não se esquecem. Agora não me lembro de mais nada para dizer. Um abraço enorme, apertado e enfim... para não dizer nada, mais vale... cala-te boca!

Tá na Hora! Tá na Hora!

... e a única expressão que me lembro é : Do Governo se ir embora!
Tantas vezes ouvi daqui da janela professores, UGTS, CGTPS, Intersindicais e outras que tais que quando a Joana me ligou a dizer que tá na hora de se ir embora, lembrei-me logo... do Governo! Estou doente. Será que o poder me subiu à cabeça????

quarta-feira, 2 de março de 2005

Crédito mal parado...

Esta noite dormi mal. Não só pelo défice de horas, no caso, minutos, como pelas preocupações. Tem sido assim nos últimos 23 anos, desde que começei a ter consciência do boletim de vacinas. Tudo começou quando pela primeira precisei do tal documento e não encontrei. Dai foi um passo para perder, entre os meus papéis e carteiras recicladas da minha mãe o primeiro BI, fazer um novo e dali a 3 meses reencontrar o antigo. Seguiu-se o cartão da escola, o cartão para estacionar a mota – que me obrigava a voltar a casa e chegar atrasada às aulas – o cartão do centro de saúde que acordava durante a noite, em sobressalto, para o procurar. A carta do IVA, o IRS fora do prazo, as dívidas à Segurança Social, as taxas de esgotos – cuja notificação desconheço o paradeiro –, o passaporte, o novo BI caducado, até ao cúmulo de fazer uma escritura e não ter o dinheiro disponível na conta porque... enfim fiz a transferência tarde demais.
Assalta-me uma dor de estômago pensar nas facturas do IRS de 2004, que devo ter perdido e com elas um retorno de 200 contos, ou as credenciais ultrapassadas para exames obrigatórios que não vou fazer e me levaram um dia de espera no centro de saúde para conseguir. A conta poupança habitação que devia ser mexida, mas que adio insistentemente, a transferência de telemóvel a debitar em conta alheia, a justificação médica para cancelar a inscrição do Colmes Place que me obrigou a pagar um ano de aulas e frequentado 5 horas delas, a bainha das calças que comprei nos saldos da Mango há dois anos atrás e continuam com a etiqueta pendurada, no saco original, as meias solas nas botas que acumulo no armário, inutilizadas dois meses depois de compradas, o código do rádio do carro que é só pedir na Renault, mas que não me apetece, cartão da universidade que só me exige uma fotografia e me oferece descontos nus cinemas em dias normais e museus no estrangeiro e que ainda assim, não vou entregar, os multibancos inválidos, colados a baterias de telemóveis, cujo código esqueci, tal como deles algures perdidos entre recibos de portagens atafulhados na minha mala... minha mala, vulgo espelho da minha alma, do meu quarto, da minha vida... uma enorme desarrumação, onde sei perfeitamente o que preciso de tratar, mas...não sou metódica! Que chatice!!!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Doida por por...

Pôr o pé na água, salgar a carapinha de raízes pretas, sentir-me a ir ao fundo e voltar acima de boca aberta para respirar. Sentir o neoprene colado ao corpo, e o frio misturado com o sol de Inverno e as caímbras nos pés gelados e um galão quentinho no fim. Ter o telefone no silêncio, sem medo que toque, ir ao cinema, marcar jantares, ver, falar, conhecer, trabalhar, estar, rir, dicutir, embirrar, tudo... mesmo o que não se diz, mas pensa-se, com gente da minha idade. Desligar a televisão ás 20h, apagar a TSF das memórias do carro, tirar os saltos altos, pôr os blasers no armário, ir a Vila do Bispo - urgente! - almoçar no MacDonalds, programar férias, organizar viagens, pensar no que vou fazer no dia a seguir, ler... ler... ler... arrumar o quarto, arranjar novos inquilinos, pagar as contas, ir ao centro de saúde, fazer o maldito seguro, pôr o carro na revisão, lavá-lo, sair e dormir, dormir, dormir no dia a seguir...tirar o aparelho, assumir o negro do cabelo, tratar das borbulhas, por creme depois do banho, ir à Feira de Carcavelos, carregar o 96, dançar Kizomba, tanta coisa que está à espera de mim...só falto eu... só faltam... dias...

Guerreiro... menino...

Estou tramada. Em todos os sentidos, mas o pior é acordar. Todas as manhãs a mesma coisa, morena. Menino. Ecoa na minha cabeça e não sei o que fazer, guerreiro. O raio da música está lá, remanso. Não é o Psyco Killer, não é um Rolling Stones bem nostálgico ou uma balada pimba do momento. É triste. É outra coisa que até coro só de escrever, mas não tenho coragem de vos e me desapontar e não revelar. Feliz... Raio dos brasileiros. E agora o que é que faço. Será a barra do tempo? Tenho tomado asprinas, posto cd's vários no PC, ligo o rádio do carro a toda a hora para ver se isto passa, mas não há meio, no fundo do peito... Nem meio, nem principio, nem fim. Preciso de um descanso. Tenho medo que nunca mais esqueça. Se me castram os sonhos... Lembro-me de uma reportagem da TVI que mostrava pessoas que estão sempre a ouvir um ruído de fundo. Sem honra... morre-se, mata-se... Será que me está acontecer o mesmo? O que é que hei-de fazer? Aspirinas? Discotecas? Quinta vou ao Europa, Sexta ao Caso Bicudo, Sábado ao Garage. Ou talvez não. Preciso de um remanso? O silêncio. Palavras amenas... Fiz o mesmo, ou quase na semana passada, mas o acordar é sempre mesmo...preciso de carinho? sou forte? sou frágil... no fundo do peito... assim...«não dá pra ser feliz», não dá pra seeeer.... feliz....
para quem quiser partilhar.... está no link

Safas-te?? Ou é só...

Arrumar as coisas. É o que neste momento me resta. Arrumar as coisas e pensar no futuro! Agora falam em travessia do deserto, em aguentar o mais difícil, em... enfim... Na verdade o que eles querem é que não desapareça, porque conhecem a força, a garra e a capacidade. Só não foram lá… andaram a "dormir na formatura"...
Novo CICLOComeço um novo ciclo - não, não pensei que estava grávida ! - mas depois de quatro anos está na altura de mudar. Ainda não pensei bem em tudo, mas a perspectiva do estrangeiro, seja o Burkina Fasso (e não sei se é assim que se escreve) ou NY é aliciante. Estou por tudo, ou quase tudo. É a minha travessia do deserto. Está quase a começar. Desenganem-se aqueles que pensam que isto é só facilidades. Não é. É tipo gado, todos sabem quem somos e não nos aceitam. Não mesmo. E também não me apetece estar a “aguar o lobo”, perto da boca. Era demais, sendo certo que, no fundo, no fundo sinto que estou tramada.... Mas enfim. A marca está lá, agora é o vê se te safas… Faz-me lembrar as festas de fim de período no liceu de Oeiras, era o «vê se te avias» ou o «safas-te?». Mais tarde fizeram um grafitti que dizia: «Safas-te? Ou é só beijinhos?»
Voltando ao tema: sorte não ter subido demais. A queda seria dolorosa.... Estou safa… beijinhos!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Rouca

Sim, tenho nódulos nas cordas vocais. Não se trata de suma voz sexy, são mesmo nódulos. Acompanham-me há muitos anos, desde que me lembro de falar.
É o que eu e a Celeste Russa temos em comum, voz rouca. Eventualmente teremos outras coisas, mas não consigo lembrar-me de quais…Talvez porque puxei de mais pelas cordas e enfim… cala-te boca. É melhor não dizer mais nada. Se eu dissesse tudo o que sei… coisas…

palmas, palminhas

Já está! Lá acabamos e um grande abraço a todos os que lá estiveram e aos outros que não estiveram também, porque não sou egoísta! Nesta história, para mim inédita, da volta do líder há coisas para recordar. Muitas coisas. Não sei se vou conseguir pô-las todas aqui, mas par já há uma que não resisto. O momento do comício em que se ataca o líder da oposição – uma confusão. Uns assobiam, uivam, gritam e chutam “petit noms” tipo: malandro, malvado, pulha. O que francamente me irrita são as palmas à mistura, desta vez para o discursante. Cria-se uma situação dúbia entre o assobio e a palma, entre a euforia e a raiva. E o próprio líder fica baralhado. Deviam haver regras, ou então tipo “Tal Canal” onde uma coelhinha, com um cartaz nas mãos, forradas a luvas brancas até ao cotovelo apelava ao público: Risos! Palmas! ou Assobios! Qualquer indicação, para não ficar na dúvida.
By the way, lembrava-me agora que naqueles programas que me pagavam, enquanto adolescente, para bater palmas, havia sempre um brasileiro, bem pago para puxar pelo público. Valia a pena, nos comícios!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Sobre 24 horas

24 horas sobre 24 horas. Não há chichis, nem cócós, nem pais, nem irmãs, nem livros, nem computador, nem amigos, nem saídas, nem textos, nem viagens, nem férias, nem jornais, nem compras, nem médicos, nem nada. 24 horas sobre 24 horas e mais nada. Nao há gajos, nem companhias, nem companheiros, nem nada. É sempre igual, 24 horas sobre 24 horas. Que o país saiba, que todos saibam, que fixem, que vejam... 24 horas, sobre 24 horas, para ELE. Devota, entregou-se ao senhor!
Faz sentido, neste dia, santo dia que se saiba.
Na verdade não é fácil estar e não estar. Agora olha… levas com a primeira página de um “jornal de referência” – independentemente da referência de for – e “qui vai diste”… Palhaçada sem limites!
A culpa é vossa, poêm-se a jeito… . Mentira! Fugimos a olhos vistos e enterramo-nos nas cadeiras, na expectativa de só nos verem os olhinhos… sim sim! Valeu de imenso! Bom, agora muito a sério: Um dia para mais tarde NÃO recordar. Se tivesse dinheiro tinha comprado a edição toda, mas como não tenho limito-me a não disfarçar descontentamento que me cola o estômago às costas. Estarão os senhores Joaquins desta vida a dizer: Ai sim??? E eu a olhar para o chão. Pateta e Alegre. Sim, sempre alegre!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

Uma na ... ferradura

Como já é tarde não me posso esticar nas palavras. Tanta coisa para dizer desde a última vez!!! Tanta gente nova, tanta velha…. Tanto país, tanto kilómetro, tanta bandeira, tanto grito, tanta verdade… está tipo cão…a ficar raivoso. Gosto de o ver assim. O nosso não. Está a ficar calmo e até já o vejo a sorrir, a franzir as rugas que insiste em não assumir, que despontam à volta dos olhos. Como costumamos dizer: Em grande forma.
Estou com uma dúvida: o velho lobo quer voltar e por isso dá agora uma na ferradura? E o cravo? Primeiro vem o cravo, senhores!!!!!!
(mas confesso que nunca percebi bem o porquê de "cravo" e "ferradura". Porque não: dar uma na mão outra no pé, ou uma na sala e outra na cozinha, ou uma na foiça e outra no cajado???
Alguém me explica???? POR FAVOR

sexta-feira, 28 de janeiro de 2005

Blues....

Este vai ser seca. É intimista, pressinto.
A ouvir Lionel Ritchie embalada pelo blog do joanete, aberto mesmo aqui ao lado (www.juanitta23.blogspot.com) tenho já saudades. E mais ainda porque a mana Rita está, neste momento a dormir algures em Paris.
Não voltou. Aliás voltou, mas não vai ficar. É esta coisa de clã que nos une e só nós percebemos. Se estivesse cá, podia passar uma semana sem nos vermos, mas... não está. Está lá. Ela, o Sam e o “bolinhas”. E a Joana já cheira a partida. E eu? Onde é que eu fico? Hoje fomos ao ACP tratar da Carta Internacional - almocito nas AMO (era assim que chamavamos, ZAMO. Vamos à ZAMO, comer hamburgers para o Abracadabra e gelados no Fritz? Aos 11 anitos(???) , aluna da D. João de Castro e perdidamente apaixonada por um qualquer João, que hoje é vocalista de uma banda chamada Fonzie. Alguém conhece?)
Ao falar disto afundo-me em nostalgia.
Não pelo desgraçado Fonzie – que há pouco tempo encontrei em plena festa da Diesel, Alto de Santo Amaro, onde os meus avós conservam um pé direito de 3 metros e 9 assoalhadas. Tinha madeixas loiras, decoloradas e um boné -“basebal cap” com furinhos atrás, piercings e um inconfundível e acentuado“sopa de massa”. Falei-lhe e fiquei a saber o que aconteceu à "trupe maravilha" cujos nomes, alguns, pelo menos, ainda guardo minha memória: Bijeu, Ana-catarina-número-um, Ana-catarina-número-dois, o Maló, o Paulo, o Formigão (taradão), a Mila e tantos outros...
Nostalgia por Elas, MANAS. Por mim.
Acho que esta itinerância: ter nascido em Lisboa e sido importada de imediato para Alcobaça - onde os pais já tinham assentado arraiais - voltar a Lisboa, Alto de Santo Amaro, ficar lá mais uns anitos, seguir para Oeiras dá-me a certeza que não vou ficar por aqui. Deixamos para trás as "eunices Maria dos santos vieira, casa-se com o rui à segunda feira, as carlas, as lúcias, as anabelas, as filipas arintos, as joanas marques, as anas raquel, as margaridas, os gémeos joão e luis, os luises, os mauros, as milas... e afastarmo-nos delas, aproximamo-nos nós.
A Rita esteve em Paris, a Joana em Itália... falto eu.
Entre tanto, (separado, leia-se mesmo Entre Tanto) acho que estive a trabalhar. Algures num sítio diferente. Numa realidade diferente - longe da normalidade da vida. E ao sentir essa normalidade a aproximar-se acredito que não vou gostar. Não me apetece voltar a a no-where-place, called home. Andei a viajar tanto, andei tanto tempo fora que me apatece continuar. Não mais do mesmo. Não sou ingrata. Mas queria continuar, para outros lados.
É obrigatória esta itinerância, entenda-se ela como se entender. Em tudo na vida sou itinerante, mas não esqueço. Guardo os slides. Todos e no Natal revemos , Alcobaça, Oeiras, Lisboa, Cabanas... estão todos na memória, os Fonzie todos desta vida mais gordos, mais estranhos...
Mas tenho mesmo que ir.. já é tarde.
Nota1: Estou doida com o Lionel e a culpa é da Mafs!!!!!
Nota2: Mesmo que me esquecesse, o Hi5 estava cá para me lembrar, e o Garage, aos sábados.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2005

Incomoda.... mas não cheira!

É lixado. Um gajo tem bued’ideias e chega aqui e pimba… nada, é que não sai nada. E esforça-se, contorce-se, aperta-se e … não é que não sai mesmo. Faço força, concentro-me, agarro no telemóvel, fumo um cigarro e até me atrevo a cheirar café. Nada. Nickles. Népia. Ninente. Nadinha…. Espero um bocado e relaxo. Tento pensar noutra coisa. Sinto que vem ai… está quase… eu sei, eu sinto… e estas coisas… enfim… sentem-se, não é?
Falso alarme… não passou de ar. De uma rabanada. (Adoro dizer “rabanada” faz lembrar “bardajona” . Rabanada e Bardajona : “A bardajona já fez as rabanadas.” “Uma rabanada que levantou a saia àquela bardajona.” – aliás há quem diga que foi desta fusão que nasceu o R&B. Oraites!)
Voltando ao assunto. Tento. Sinto a descer. Algo vai acontecer. Sinto. Pressinto. Tenho de mim, para mim, cá uma ideia…. Nada. Afinal é melhor voltar mais tarde….
Também não tinha papel.
(a sorte é que isto não suja).
Incomoda, mas não cheira!

sábado, 22 de janeiro de 2005

Carapinha... todas têm!

Com a cabeça entre as orelhas, lá vou eu andando (diria o Sérgio Gordinho) que todas as manhãs encontro no café ao lado do meu trabalho.
Horrível, ter feito certas e determinadas... enfim... coisas que não me apetecia nada, mas correram bem. Não custou tanto quanto pensava e até confesso, habituando-me passaria a faze-las...como diz o "outro" - que ninguém sabe ao certo quem é - "com um perna às costas" e só com uma, porque com as duas custar-me-ia bastante a andar - i.é. perderia todo o poder de locomoção. Enfim, passando-me...à frente. Não fui. Estou cá. Triste. o "material" seguiu pelo seu próprio pé, vulgo - pólo verde do Joanete. Hoje vou aparecer nos telejornais e desconfio que amanhã também. Que frustração. Mas olha, diz o povo, que é sábio - há quem goste!!! Eu detesto, fôra eu "la vrai vedette"!!!
E por falar em vedette, quero que fique claro, vou ao cabeleireiro, faço madeixas e mais, muito mais. Nasci morena e estou loira. E faço brushings como quem compra pastilhas - elásticas, tá claro - e ponho blush TODAS AS MANHÃS. ESTA CÔR, NÃO É NATURAL... a única coisa de natural que tem é de ser feita à base de produtos naturais - BODY SHOP!
Enfim, saída do gabinete, a um sábado, às 20h00, depois da abertura dos telejornais, fujo com medo do que aí vem.... logo à noite lá estarei, nos sítios do costume....
Não vai ser desta que me livro.
Jokinhas, lindos desta vida... airaida!
PS: RF não te preocupes. Carapinha TODAS TÊM.
Em Àfrica têm mais....


quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

Pink, Lotion!

O lai ó larai, ó lari ló léla, ó lai, ó larai, ó lari ló léla. Aproxima-se um fim-de-semana em grande. Desenganem-se aqueles que pensam que me vão encontrar nos sítios do costume. Respirem de alívio os que não terão o desprazer de me rever e assobiar “pró lado” ao dar de caras com certas e determinadas pessoas que agora não vou nomear, designadamente eu própria. Este fim de semana o destino é outro. O barbeiro, não de Pablo Neruda, esse era carteiro, está à nossa espera. Não sei bem como, mas o Clio vai ter de transportar um fouton (sofá cama moderno), o colchão, esfregonas (três, se tivermos em consideração os nossos cabelos ainda com a marca africana), detergentes, roupa velha, tintas, pincéis, bondex, cadeiras, edredões, almofadas (umas 10 ara fazer a vontade ao Joanete), espelhos, piassabas, prateleiras, espelhos, cortinas, estores, free postcards (eram desnecessários, mas tenho esta panca!), panelas, frigideiras, forra gavetas, aspirador, vassoura e pá, caixote dos lixo, sacos (para o aspirador), suportes para toalhas, cabides, chinelos, tapetes, carpetes, tampo de sanita… sei lá, tanta coisa que não faço mesmo ideia se terei espaço para conduzir! Mas isso não interessa nada, porque o caminho é “sempre a eito” . È a segunda vez que montamos casa para não morar lá. Eu e a minha companheira da vida. Tenho a certeza que vamos discutir, embirrar, gritar e no fim ficar orgulhosas da nossa obra, e piscar o olho, como quem diz: «Vês?!? Estamos ricas!» E lá está, vem-me à memória uma frase batida - não que seja o primeiro dia do resto das nossas vidas, mas antes: Estou tão contênti! Ai Treiza, quer mandar beijinhos!!!!!!!
Já agora, para não me esquecer. Uma das frases que marcou o meu 2004, foi, num acto de alguma solenidade alguém dizer: “Acho que isso é excesso de confiança a mais”.

terça-feira, 18 de janeiro de 2005

Clube de vídeo

Algo frustrante, confesso. Receber uma mensagem no telemóvel que diz: “O pior que me podes fazer é surpreender-me!”.
O que é que isto quer dizer? Não tenho a certeza que é bom, mas a conselheira de conveniência, varia à proporção de quem está ao meu lado, no preciso momento em que algo acontece desta vez disse-me: Claro que é bom. Significa lá lá lá lá lá lá e mais lá lá lá lá e lá lá lá. Não é mais fácil dizer, isto é assim, assim e assado, e só não é ao contrário porque senão era de outra forma? Falta clareza, transparência, estabilidade, e nomeadamente, aliás, precisamente serenidade. Adoro “des mots dificiles”. Dá um ar sério e consistente ou não, depende sendo certo que… lá lá lá, lá lá lá, lá lá lá e mainão seiquê!

É verdade, para os interessados, não encontrei razões para o fazer, mas fiz e até não foi péssimo. Por minha alma me confesso.... cabulei, um bocadinho... serei prostituta?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

Estou revoltadíssima

Irrita-me ter de fazer coisas que em consciência sei que não devo fazer. Não pelo trabalho que me possam dar, mas por saber que as suas consequências podem ser interpretadas de uma forma falaciosa. Não gosto e dá-me vontade de as recusar peremptoriamente. Não interessa. Ser empregado muitas vezes é não pensar e seguir ordens, sem sequer as discutir. Não gosto de ser assim, pelo menos sempre. Mas se quiserem que seja, posso ser embora fique com uma ligeira sensação de prostituição.
Péssimo.
Também estou revoltada por outra razão e esta mais chata. Tenho um exame da Pós Graduação que nada me apetece fazer. Nada. Repito nada. Por várias razões:
1º Não estudei o suficiente.
2º Mesmo que tivesse estudado esta cadeira é só de decorar.
3º A alternativa a decorar é cabular.
4º Não consigo cabular. Coro até aos intestinos e deixo-os em ebulição em guinadas permanentes.
5º Apetece-me estar na praia e depois ir aos Saldos.
6º Apetece-me falar a telefone e ler jornais.
7º Apetece-me fazer tudo, até ir ao dentista, menos ir fazer o exame.
8º A minha irmã Rita faz hoje 30 anos.
9º Ainda faltam 8 meses para eu fazer 27.
10 º Estou cheia de fome.
Mas haveria muitas mais razões para não fazer o raio do exame. Só não encontro razões, nem “uminha” para o fazer. O que é que faço?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Ataque de riso

Ontem enquanto vasculhava antigos álbuns de fotografias, tive um daqueles súbitos ataques de riso, usuais entre mim e o joanete. Para quem não sabe, joanete não é algo que carrego no pé. È algo que carrego na alma. Não vou explicar. Está muito acima.
E porque recordar é viver, vivi momentos de intensa gargalhada, sobretudo ao encontrar fotografias do Brasil onde nós, a Matos, vulgo “matos-a-todos” estivemos uma tarde sentadas na esplanada de um resort a beber caipirinhas com dois chapéus horríveis ao lado de um qualquer Silvester Stalone. O Sly (para os amigos, que nos recusamos a ser) queria levar uma foto com miúdas para casa, queria companhia e “juventude” e sobretudo não queria estar ali, sozinho com um empregado permanente, de carapinha a servi-lo. Queria Miami e foi parar a Jericoacoara. Tiro ao lado. Nós queríamos estar descansadinhas e falar em inglês para variar o sotaque. Tiramos uma foto patética, com chapéus de renda enfiados até aos olhos que o Sly fez questão em nos oferecer e fnda a caipirinha demos a debandada. Não sei o que ele terá dito aos amigos, mas desminto tudo.
Mas rimos ainda mais ao ver uma sequência de fotografias que tiramos, no Japão, mais propriamente em Kyoto. Fascinadas com a nova máquina, alargamos a objectiva a toca a disparar ininterruptamente. Resultado 9 álbuns, um deles só dedicado a um cemitério. Na altura parecia muito interessante. Um cemitério japonês. O resto, que vimos no Japão, não interessa nada. E de qualquer forma, está guardado na memória.
No fim, consegui mudar a foto do Hi5. Sou triste e tenho vergonha de mim mesma.

Quem és tu, ze gato ou gata?

falas, falas falas e depois, enfim, nada, esquece. já agora fica onde? e quem vai? e é descontraído ou sério? e é para levar amigas, ou elas já lá estão? e... tantas perguntas!!! uma deixa, por favor... antes sangre da cabeça de tanto bater com ela numa parede de reboco grosso e deixa-la escorregar até ao rodapé...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

Rachar de frio

Foi em grande mas como todos os fins-de-ano passou e levou-nos para triste realidade de sabermos que neste novo, estaremos cada vez mais próximos de um marco de idade que nos aproxima da década seguinte. Tanta coisa para não dizer que estou quase nos trinta. È verdade, quase trinta e com corpinho de 16 – pode ser que pegue!
Sagres, como já sabem foi o destino e os fatos e pés de pato que não tiveram o privilégio de viajar com pranchas só serviram para ocupar espaço na bagagem do carro. Sem grandes expectativas acabamos por nos divertir imenso, mesmo nas poucas horas de sono, partilhadas num exíguo quarto atrás do Dromedário, na vivenda Edite Nobre, onde duas caminhas de solteira deram lugar a seis – na mesma condição.
Não dei o mergulho do dia 1 e senti o corpo rachado a meio na primeira noite do novo ano. Respirava-se com dificuldade. O frio congelou-me o nariz que só voltou à cor natural quando aconchegado entre os muitos edredões de nylon que o Senhor Nobre gentilmente os cedeu. Para não variar, fizemos muitos novos recentes e antigos e futuros ex-amigos. Nas fotografias fica a memória, mas não mostrem tudo. Quem esteve, viu. Quem não esteve… estivesse.

Continua a ser... quem foste!

Para quem sabe que lhe estou a escrever uma resposta, aqui vai.
Estes textos são longos, é certo, mas nascem de profundos momentos criativos. Baseados, quase todos, em situações e personagens reais. Isto é, cada caricatura, cada palavra, cada momento, cada situação radica de algo que observei, vivi, absorvi e guardei na memória. Outros não, mas ainda assim, nascem também da minha imaginação. Peço desculpa pela extensão, mas também confesso que a maioria deles tem o seu ponto alto no fim, e para se chegar ao ponto alto - vulgo G – para quem tiver paciência, terá mesmo que ler o texto todo.
Beijos e abraços e façam-me um grande favor…
Sejam felizes, continuem a ser vós próprios, não deixem de ser quem são, e não deixem que a CASA vos suba à cabeça… lindões!
PS: não tinha graça nenhuma se passassem a ser outros, ou aqueles que um dia já tivesem sido, ou animais; Se não me fizessem esse favor, sim, porque é a mim que fazem e não a cada um; E se ficassem com uma casa pendurada na cabeça!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Hi, 5!

Hi girls! Esta expressão faz-me lembrar um Verão em que, já com as maminhas de senhora, costumava correr de um lado ao outro, voltava-me para as minhas amigas na areia, e acenava com um sorriso - ainda não metálico - dizendo "HI GIRLS!! A típica americana.
Esse tempo acabou há muito tempo, e só me voltei a lembrar desta expressão quando insistentemente recebi um convite para fazer parte do mundo HI. O mundo Hi é a maior rede de contactos que eu já vi. Se há já algum tempo defendo uma teoria - que não sei quem me contou - que todas as pessoas se conhecem e sexto grau, ou seja, o amigo, do amigo, do amigo, do amigo, do amigo, do amigo, é também meu amigo ou conhecido, agora tenho a prova que isso é mesmo verdade. Entrando inocentemente no mundo Hi, vi aquelas pessoas que já nem me lembrava que existiam e lamentei ter uma fotografia tão feia, ou melhor, tão profissional.
O meu paizinho diria: "Estás como és." Mas eu bem sei que tenho os meus dias melhores, os meus bronzes mais apurados, os meus olhos mais verdes, e o meu cabelo mais penteado. Ou não. Esse e que é o drama. E na foto que lá tinha, estava um bicho trabalhador.
Enfim, tudo isto para dizer que não há quem não queria parecer bem. Dominam fotografias de verão, ainda que esteja Inverno, de sol, ainda que esteja de chuva, de umbigos à mostra e óculos de sol dependendo da cor dos olhos de quem os usa. Ou então, as fotografias engraçadinhas, as costumeiras graçolas, do tipo: uma sanita, ou uma legenda "Display not avaliable. This person is too sexy to be on a picture".
Também se percebe logo os que se inscrevem declaradamente para o engate. Escrevem o seu perfil em inglês - não apareça uma "bifa" boazuda que os ponha banzos. (Gostaram? Os 3 B´s, mais dois de BuBies), e têm já, nos amigos, umas senhoras que a cara é substituída a uma cintura invejável, na generalidade chamadas: Lizzi, Sly ou Nina.
Mas só de falar nisso fico incomodada. Porque me apercebo que andei a bisbilhotar amigos de amigos, e conhecidos de conhecidos, ou desconhecidos que, até nem me importava conhecer. É inevitável. O facto é que já lá estou e faço parte da grande aldeia global. E chamei amigos e conhecidos. E falei de mim – em português. E agora? Agora é mudar de foto, URGENTEMENTE.
JOKAS LINDÕES (private joke)
Nota: o HI5 fica em

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Eu sabia!!!!!!

Eu sabia que ela não ia aguentar.
Assim que lhe mandei um textinho deste meu humilde blog, respondeu e comentou. É linda. Por dentro, lá está! Apresento-vos a nossa mais antiga, aliás, uma histórica atracção deste nosso espectáculo - de Circo, diria eu - a também, famosa por esse Portugal fora, a grande, rainha do Sarabá: Maria Barreiro. Famosa manicura, experiente em unhas, ela sabe, ela dança, ela canta, ela é só ela, e continua a ser ela própria, a Grande ZETE!
Let's look at a trailer:
Gaja:
Queria-te comentar no blog mas a porcaria desse blog n me deixa enviar a minha mns
passo p aqui a minha opiniao À cerca do texto do dia 31.12.2004:
Gostei sim senhora só quero fazer um ou dois reparos... para começar "(...)Estamos a falar do finzinho de 2005 ( gostaram fofinhos?)" que conversa é esta??? andas a querer enganar a malta n é??? inda agora começamos... olha olha olha que tu apanhas!!! passando à secção seguinte: a caminho de 2005 "(...) viagem onde vou ter quatro companheiras de estrada e três desta vida para embirrar" - adorei!!! bolas ouvir isto no inicio de + um ano, é obra!!!
Agradeço a ti aos demais que partilharam comigo uma noite fria (isto até podia ser um mote p/ uma canção - experimenta!), com vinho, com a famosa sangria que só UMA (não vou acusar ninguém!) queria beber e que sabia a remédio, com champanhe, caipirinhas e outros que perdi a conta. Valha-nos o cheiro a nafetalina, não sei bem até quando (já enjoa!) para lembrar o nosso quartito da casa "Edith Nobre" que tal como a carrinha apresentou lotação + q esgotada. Oh flipinha: cala-te que estou a dormir!!! na manha seguinte: podem estar caladinhas???!!!
bom, bom, foi muito bonito e mais não conto porque não sou obrigada. Agora já se fazem os preparativos para a festa de comemoração "de la noche vieja" ah e por falar neles: veem aí os espanhois. Aquele abraço e muita saudinha. Fica bem, TÁ?!!!
NOTA: Tem razão quanto à gralha. Não é 2005, mas 2004. A menina é esperta que nem um alho. Só não percebi uma coisa: o "abarço" e a "muita saudadinha" é para mim, para "neles" ou para os espanhóis? Jokas lindona!

bjs