segunda-feira, 30 de abril de 2007

Jane Birkin / Serge Gainsbourg, Je t’aime, moi non plus

Depois da agitação de sexta-feira, o fim de semana foi calmo... eu diria calminho. Ri muito e lamentei não ter ido para o calor algarvio, que embora não tanto, esteve melhor do que na "costa do estoril", que é como quem diz la "Côte du estoril".

Esta grande diferença entre costa e côte recorda-me a diferença entre as letras em português e em inglês. Se cantarmos "Ups, I did it again " soa melhor do que "Epá, eu fiz outra vez". Isto vem a propósito de uma nova versão, agora em inglês, de Jane Birkin e Serge Gainsgourg em Je t'aime.
Se tentassemos em português ficaria de uma pirosada extrema, a definição acabada de pavor: eu amo-te, eu amo-te (Je t'aime je t'aime) Eu já não (Moi non plus) Oh meu amor! (Oh mon amour...) Eu vou e venho... (Je vais je vais et je viens). Em inglês soa bem, ganha a onda chill out de sábado à tarde em bar da praia... não pensamos em inglês, não no sentido daspalavras mas na melódica combinação que nasce delas. Soa bem. Soa pior quando num fórum qualquer ouvimos Star up, benchmarking, up side down, pela voz daqueles de cuja utilização correcta desconfiamos. Para já ainda há quem consiga enganar.
De qualquer forma é este desconforto com a nossa sonoridade que dá gás a quem quer usar o inglês para soar melhor, é a nossa avresão pela simplicidade em português do "xupa xupa no dedo" e d'"eles olham pra direita e pisca pisca" da Rute ou de uma Marlene mas da tolerância por "No natal passado, dei-te o meu coração, e no dia seguinte, deitaste-o fora... este ano ... vou da-lo a outra pessoa" do Geroge (e não Jorge), que faz de nós ligeiramente patéticos e algo ridiculous.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Dia da Liberdade

Ontem comemorou-se me Portugal o dia da liberdade (nacional), o 25 de Abril.
Eu sou de outra geração, a geração pós 25 de abril, também já chamada de geração rasca. Esta geração, que os nossos pais, tios que lutaram pela liberdade numa altura em que se sentiam que ela faltava está também cativa de ter nascido pós 25 de Abril. É a geração que na realidade não lutou para conseguir a liberdade de expressão, pela democracia, pelo sufrágio universal, pela igualdade de direitos, nomeadamente no acesso à educação, saúde, e mesmo acesso às instituições - políticas por exemplo. Mas o facto de termos nascido e 70 e tais ou 80 (entas) impede-nos de ter esse mesmo ónus, ou seja, somos menos, temos de provar mais para mostrar que valemos tanto quanto aqueles que lutaram.
O que hoje sinto é que o poder político está entregue a muitos analfabetos que ergueram bandeiras sem saber, ao certo o significado delas. Que estiveram nas RGA, nos MRPP. Que - quiçá por preguiça - se recusaram a fazer parte da mocidade portuguesa. Que colaram cartazes e isso foi decisivo para lugares partidários e políticos que, por via da liberdade, se mantiveram eternizados no tempo. Os nossos libertadores hoje estão agarrados àquilo que foi uma conquista importante no passado e no futuro daquele tempo, mas aquilo a que apregoaram em voz alta, hoje perdeu-se nos corredores das câmaras municipais, nas juntas de freguesia, nos passos perdidos, nas galerias do parlamento.
Hoje ter acesso à política, entrar num partido é possível com um empurrão das pessoas certas. Ser nomeado para um qualquer lugar depende quase exclusivamente da umbrella partidária ou económica - veja-se o caso Morais. Não basta ser bom, e isso é o défice democrático que eles não conseguiram, ou melhor... nos impuseram...

terça-feira, 24 de abril de 2007

MY PLACE

Não podia deixar aqui de por um dos sites de eleição para organizar viagens, fazer surpresas, conhecer lugares imperdíveis com um gosto refinadissimo de fazer inveja...
my place

Finalistas

Passados 6 anos e tantas coisas, encontrei (absolutamente por acaso) uma página na Internet com a minha turma da UCP (Universidade Católica Portuguesa).
Trata-se de uma votação para prémios atribuídos aos finalistas da nossa turma, que aqui reproduzo. Hoje alguns chegaram a ser aquilo que lhes atribuíram na altura, outros não.
Não sabendo ao certo qual venci, sei, pelo menos, as nomeações que me atribuíram.
Aqui estou eu, na altura conhecida como MARIA FILIPA MATOS.
And the nominees are:
O mais Falador: Maria Filipa Matos, Rita Valente, Rui Soares, Susana Lé, Vanessa Marques, Vânia Maia, Rita Jordão
O mais Engraçado: Vânia Maia, Joana Cruz, Cristina Rafael, Maria Filipa Matos, Rita Valente
O mais Comunicador: Maria Filipa Matos, Vânia Maia, Marta Lopes, Bernardo Ramirez, Joana Cruz, Cristina Rafael
Com mais probabilidades de ser a nova Teresa Guilherme: Maria Filipa Matos, Cristina Rafael, Marta Lopes.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Gobbels e Globos

Gobbels foi o Ministro da Propaganda de Hitler. Uma cabeça brilhante que se apoderou da técnica comunista de controlar a comunicação adequando a uma realidade politicamente absolutamente oposta. Diz-se que a força de Hitler em muito se deveu a ele. Ouvi falar de Goebbels a semana passada bien à porpos daquilo que depois se confirmou nas páginas do Expresso. O absoluto controle da comunicação, que diga-se quanto mais elevadas são as instituições menor o espaço privado e maior tranparência é exigida, numa óptica de quando eu quero, com quem eu quero, a quem eu quero e como eu quero. A postura que assistimos é, no mínimo, invulgar depois da afirmação democrática do 25 de abril e que em pouco se coaduna com os principios dos meninos que na altura erguiam cravos.

Para distrair das não-respostas dos exemplares, assistimos aos Globos e pomo-nos a pensar quem dali terá curso superior. Superior em quê? pensamos... Bom, independentemente da formação académica, nem todos precisamos de cursos universitários para desempenharmos funções com brio, rigor, destreza e em beleza. Mas dá sempre jeito o Sr. Dr, ou o Sr. Engenheiro no Portugal dos pequeninos.

O Senhor Primeiro-Ministro podia ser apenas Senhor Primeiro-Ministro e ser um excelente Primeiro-Ministro, mas antecipando-se a qualquer crítica à falta de legitimidade para o cargo, na altura de Ministro, como se fosse condição para o bom desempenho de funções o canudo, lá tratou de arranja-lo.

Pior do que não o ter é a dúvida da real validade do mesmo. Está tudo tão confuso que mesmo que o Senhor tenha estudado muito, durante muito tempo, assistido a aulas de cadeiras técnicas, curiosamente na sua maioria dadas pelo mesmo professor, a dúvida permanece. Pior ainda saber-se que o site onde as habilitações académica do PRIMEIRO-MINISTRO deveriam constar tem vindo a ser alterado consoante vão saindo as informações na comunicação social. Neste momento diz-se licenciado em Engenharia Civil omitindo os pormenores. Diz-se pós-graduado em Engenharia Sanitária, mas também já veio a público que não existe tal pós-graduação. Afinal onde estão os colegas de turma do PM? Que venham agora dizer que estiveram lá, nos exames sentados ao lado dele. Bom, no entretanto temos as distrações costumeiras que ajudam a passar, ou pelo menos minimizar a polémica.


Gostei dos Globos de outro e o cabeleireiro do Oeiras Parque também, porque no domingo à tarde estava à pinha para conseguir dar vazão a tantas meninas que lá se dirigiram para se fazer sobressair na gala mais mediática da televisão.

Descobri um penteado novo, inspirado na Giselle e consegui disfarçar as indisfarçavéis pontas espigadas, estragadas, queimadas que ainda me vão obrigar a cortar o cabelo "à rapazinho"...


Este ano globei, para o ano não sei, mas fiquei com pena de terem deixado cair os prémios de televisão. Em causa própria...mas acho que a classe deveria reivindicar. Não vi o Herman ao vivo para meu desgosto que escondo no rosto, mas estive ali, encostadinha à Lili que invejou o meu prato - absurdamente cheio de doçaria - na ceia que à gala se seguia. Fica para a memória a foto.