segunda-feira, 25 de setembro de 2006

seringas e prisões

Antes de mais quero dizer que sou profundamente contra as trocas de seringas nas prisões. Sou profundamente contra que entre droga naquelas que deveriam ser as instituições mais seguras do país. sou profundamente contra mecanismos potenciados pelo governo através de actos legislativos que procurem soluções para "doenças" criadas pela sua negligência. Se as prisões fossem seguras, se os guardas fossem quer em número, quer em competência, suficientes não entraria droga para dentro das suas portas, pelo que esta questão não se colocaria.
Penso que se deve aceitar que as prisões não oferecem segurança.- embora o devesse fazer, mas nunca encontrar soluçõezitas para o problema gerado pela falta de segurança.
A questão de fundo que se deve abordar é a insegurança nesses estabelecimentos. Como inverte-la. Se se conseguir isso, não teremos polícias com medo de trocar seringas, com medo de ameaças de eventuais contaminados, ou com poderios e feudos estabilizados que a sociedade política e civil contínua a permitir. Antes a sociedade política, porque a sociedade civil gostará certamente de saber que dentro das grades só se pode o que é permitido, já que cá fora também é assim.

curta ausência

de novo nas lides, a fazer as vezes. Estas palavras são correntes e aplicam-se de uma forma diferente, dependendo de quem, como e onde as usa.
Nas lides, para mim é, somente, a minha rotina. Voltei às lides depois de curtissimas férias que souberam a pouco. Depois conto o que é tirar férias em Setembro, mas fica para novo post. Dou só "um cheirinho" : entre um algarve de reformados, bifas de largas proporções e seus maridos tatuados em grande parte do corpo, locais desdentados e meninas de permanente forrada a gel, e ainda alguns casais recém-papás, preferimos fugir para o Sul de Espanha, de viviendas...
Portantos, nas lides, faço as vezes. Fazer as vezes é fazer papel de. É ser qualquer coisa naquele momento. Numa discoteca, largar o namorado e ir para o pé das amigas, leva-nos a dada altura a dizer: Épá, tenho de ir fazer as vezes. Ir com o pai ao supermercado é também fazer as vezes... enfim, quem conhece o termo sabe bem o que é fazer as vezes. E cá estou eu, no fundo a fazer as vezes. Tenho muito para contar, mas amanhã, em encontrando tempo, direi tudo o que me abrasa a alma. Vou usar uma palavra que gosto: acicatar. E outra que me delicia quando usada como qualificativo: és uma pessoa ácida. E outra expressão, para terminar que aprecio bastante: és uma pessoa bonita... por dentro!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

meninas da mamã

Nós somos os meninos da mamã. A nossa geração – que agora sinto que já posso dizer dos 30! - É a geração dos meninos da mamã.
Noutro tempo, tempo da minha mamã e do papá, saia-se de casa cedo. Mais cedo se saia no tempo do avô. Lembro-me de gozar com a minha mãe que o primeiro beijo com língua que deu ter sido ao meu pai, o que faz com que, pela normalidade da relação que suponho que tenha, nunca mais experimentou boca nenhuma. Pois bem, saiu de casa aos 23 e emancipou-se financeiramente a dar explicações a crianças quando ela ainda era, nos meus padrões, uma criança. Tinha 18 anos. Eu tenho 28, mais 10. Não sai de casa e francamente não me apetece. tornei-me temporariamente independente financeiramente aos 22. Minto. Continuo a viver cá em casa. Não me casei. Quando não estão, se chegam tarde, se não jantam, telefono preocupada. Quero com isto dizer com as várias bocas que beijei, camas onde dormi, viagens que fiz, dinheiro que ganhei, jantares fora, noites até de manhã, doenças, carros espatifados e outros não, mota, bicicleta, cartões de crédito, telemóveis, resorts, casas e casinhas, empregos, namorados, namorados, namorados e amigos e amigas, muitos conhecidos, agendas cheias, pouco tempo e muito colesterol, continuo a ser uma menina da mamã.Aviso se não durmo, dizem-me que tenho cartas da Finanças, telefonam-me para saber se janto, preocupam-se se estou triste e neles, pai e mãe, confio mais do que em qualquer outra pessoa. São a minha rede, como os pais deles eram quando tinham 18 anos. Não sei se é por serem os meus, mas vejo por todo o lado. Antigamente, um tipo de 30 anos, era um homem de 30 anos. Agora, um homem de 30 anos é um puto como eu. Assim concluo que, das duas uma, ou eu estou totalmente desfasada da realidade, ou a realidade é tão diferente que eu, com a idade começo a não ver bem....

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

mais um

já deve estar ai a sair se não é que já saiu, mas queria partilhar: que tal uma revista mensal onde se fosse buscar o melhor dos blogs? Com imagens e textos, divididos em secções: tipo divertidos, femininos, sugestões, política etc... rankings etc? Se eu pudesse acho que seria um bom negócio... Enquanto penso neste e nos outros todos, vou andando entretida...

terça-feira, 29 de agosto de 2006

UMAS CHATAS

Esta fina exigência de querer sempre mais porque somos mulheres é coisa de civilização - pouco civilizada - machista.
Zangamo-nos porque não nos pegam nos sacos. Irritamo-nos se não nos presenteiam depois de uma ida ao estrangeiro. Dizemos que não a um vendedor de flores, que interrompe o nosso jantar a dois, com um fundo de vontade que ele saque da carteira e resolva oferecer-nos uma rosa. Dizemos "não faz mal" se ele não nos comprou o presente no dia de anos porque está cheio de trabalho, com a mágoa de ter tido tempo antes para o fazer. Procuramos a chave na carteira, entre escovas do cabelo, batons e sombras partidas que se cravam nas unhas, com uma pequena expectativa que ele abra a porta esperando que nós entremos primeiro. Insistimos para pagar a conta, mas no fundo queremos a prova da generosidade que pode estar num visa ou numa antecipação sorrateira.
Na verdade, concluo que somos umas dissimuladas, egocêntricas e gastadoras. Somos mimadas e parciais. Se nestes casos falham atiramos-lhes à cara, mas não nos coibimos de cobrar quando eles exigem a diferença por serem homens. Queremos beber cerveja e irritamo-nos por não terem paciência para ver 10 lojas em Centros Comerciais. Por não quererem beber café com uma amiga chata com problmas existênciais. Por gostarem de futebol mais do que de saldos. Por chatearem porque o nosso carro devia ir à revisão, ser limpo e andar sempre "no casco". Concluo, finalmente que nós somos mesmo aquilo que tantas vezes nos chamam: UMAS CHATAS!

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

depois da depressão...


um fim de tarde não em Itapoã, mas no caso, na Arrifana...

Reflexões

Há muitos anos que imagino alguns episódios da minha vida como episódios de séries femininas, de Beverly Hills, capítulos de Uma Aventura, dos Cinco, dos Sete, da Anita, ou mesmo da Flora (bonita... flooora).
Qualquer coisa que me aconteça, podia, num guião bem escrito, ser um epísodio de uma qualquer série. Pena tenho eu de não saber escrever guiões. Soubera eu e estava feliz, a provocar uma aventura aqui e a li para depois tranformar numa série onde me identificasse com uma qualquer actriz com mais 20 centrímetros do que eu, um palmo de mamas e cabelos bem tratados e minuciosamente esticados. Entretanto, vou contando pequenas aventuras neste meu blog e discorrendo sobre ideias de negócios para me divertir e ter a certza - comprovada - que me lembrei deles antes de existirem... pelo menos para mim.
O último episódio aconteceu na última sexta-feira, dia 25. Antes de seguir rumo ao Algarve encontro-me com um recente, mas importante amigo, que durante vários dias vai estar nas Américas. Partia no dia seguinte e por isso, fui com a minha irmã dar-lhe aquele abraço de despedida, boa sorte, boa viagem, não te constipes, agasalha-te, porta-te bem, etc etc etc. Entre uma coisa e outra chegou um vizinho, que pelos vistos é quiromântico- não se escreve assim, mas a coisa fica mais romântizada.
No finzinho desta incursão o meu amigo resolve pedir-lhe para confirmar aquilo que o destino teria traçado na minha mão. Estiquei a dita, a medo, e fiquei a ouvir a história mais infeliz de uma vida curta que se pode ter. Passo a sintetizar:
- Lixaste a tua vida aos 27. Nunca mais te endireitas. Interiorizaste muitas coisas e andaste próximo de grandes depressões. (fiz 28 há uma semana);
- Profissionlamente nunca te vais safar. Só puxada por alguém... és muito despistada.
"E filhos, e marido... dinheiro..???" perguntava eu na ânsia de encontrar algum resquício positivo nesta vidinha...
- Vejo que vais sofrer muito de ossos, problemas no corpo.
- Tiveste um grande amor que foi para o estrangeiro .
" E filhos?" Voltava eu...
- Para isso mandas uma f... sem preservativo.
" e algum dinheiro?"
- Só se fores para o estrangeiro. Agora, lixaste a tua vida aos 27 anos. Tens aqui um corte que lixa tudo.
Saí dali deprimidissima a pensar que me tramei, que a minha vida acabou porque no anos que passou fiz qualquer coisa que vai condicionar o meu futuro totalmente deixando-me na sepa torta. Fui até ao Algarve com a lagrimita no olho, obcecada com a ideia que nunca vou ser nada nem ninguém a não ser puxada por uma alma caridosa que me dê orientação. Tramei a minha vida - com responsabilidade de o er feito - sem ter dado por nada. Estive à beira de depressões sem o saber e esse foi o meu último ano de sorte.
As palavras daquela criatura deixaram-me em pânico e confesso que não me sairam da cabeça. Nunca acreditei nestas coisas e prefiro assim, mas se alguma coisa ele me fez pensar foi que tenho de mudar este destino sob pena de estar predestinada a coisa nenhuma...e onde ão enconntrarei possibilidade de superar a medicoridade do meu passado. Estou f.. tramada! Pulsos, ou Ponte??? Responde rápido!

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

7

Fiz 28 anos na segunda-feira, dia 21. Ando a pensar numa série de factores que me fazem começar a acreditar nas teorias alfa-numéricas de sorte e de azar: cada ciclo da nossa vida tem 7 anos. 7+7+7+7= 28. Deram-me, pela leitura das linhas da minha mão uma prazo de vida que ronda os 42: 7 x 6. Aos 21 tive o meu primeiro desgosto de amor. Aos 7 fui internada em Santa Maria. Aos 14 voltei lá por causa do meu rim. Regressei ao trabalho no dia 7 e comecei as férias no dia 28. Neste momento são 14h e 21 minutos. Se Plutão não for planeta e Vénus também não, passam a haver 7 planetas. Eu tenho 7 palmos de testa. Uma semana tem 7 dias. o ordenado cai no dia 28 e no dia 7 cai-me a conta do cartão de crédito. Aos 14 anos a minha vida teve mudanças substanciais. O meu pai participou num programa de TV chamado 70x7. Da minha casa à estação de Oeiras ida e volta são 7 km. A casa de Vila do Bispo tem o úumero 7 na porta. As eleições para Lisboa foram ganhas no dia 16 de Dezembro de 2004. Ora 16 = 1+6 = 7. Não serão coincidências a mais? Não é um bocado estranho? Esta frase tem 21 caracteres: não e um bocado estranho? Eu nasci no dia 21 do mês 08, do ano 78. Portanto: 21 é igual a 3 X7. Mês 8 - 7 dá 1. 78 + 1 = 79 = noves fora = 7.

ex.carros

Os carros e eu. Adoro dizer, com o meu acento sopa de massa que me acompanha desde a infância: “eu e os carros” muito rapidamente e dito tudo junto. Soa-me a “eu e o’scarros” e dá-me vontade de rir. Este é o típico trocadilho que me conhecem quem me conhece e que às vezes é divertido e outras vezes cansativo, mas não consigo despegar-me da piadita fácil em jogos de palavras.

Eu e os carros temos um problema. Em concreto, temos vários problemas. Vou relatar aqui, da forma mais sucinta que conseguir, o que me aconteceu num curto espaço de tempo - embora não saiba se se pode dizer espaço de tempo porque o tempo não ocupa espaço… nem o conhecimento...

Eixo Norte-Sul, sentido A8, Centro Midas:
Peço para me dizerem porque é que o meu carro não pega à primeira. Avisam-me que se deve tratar de falta de revisão. Com a conta a descoberto saco do Visa e pago a “promoção” mudança de óleo, filtro de ar, etc etc etc. Lavo o carro no sistema tipo “Elefantinho” e quando vou a pegar o meu Clio continua a tossir. Volto e combino fazer uma viagem ao sistema eléctrico. Dois dias depois regresso para essa profunda análise e dizem-me: tem erros, mas já os limpámos. O carro está óptimo.
Mas continua a tossir: 120 euros.

Vila do Bispo, dia 2 de Agosto:
Acende-se uma luz no tablier. À uma da manha vou com copos de água, pedidos em plena “Água Salgada”, onde o que mais circulam são vodkas e imperiais, encher o depósito de água do meu carro. Um Sr., chamado Pilas, amigo do meu amigo Fanan - a quem desde já faço uma homenagem à sua solicitude – avisa-me: “cheira-me que a junta da cabeça já era.”
No dia seguinte vou à Garagem de Vila do Bispo e fico a saber: sim, já era. 620 euros de arranjo.
PS: Já agora, trate-me lá dos riscos laterais….

Lisboa, 8 de Agosto:
Pego no carro da minha irmã, a porta do lado do condutor não abre. A chave roda sobre si mesma sem destrancar a viatura. A minha mãe revela: o carro da rua irmã fazia barulhos estranhos, tivemos de o levar aos mosqueteiros. Não tinha gota de óleo. A porta ficou assim… O arranjo custou: 150 euros.

Lisboa 10 de Agosto:
A Joana chega do Algarve com o meu Clio. Está novo. Sujo, mas novo. À tarde vai comparar o segundo vestido de noiva da nossa irmã que casa no dia 15. À saída do El Corte Inglês, levam uma batidela na traseira do Twingo, também azul. Chamam-me de emergência, depois de assumido o culpado para ir busca-las. Com o rabo desfigurado, o Twingo foi hoje conhecer o resultado da peritagem na Renault. Pelo menos ali, o arranjo é superior ao valor comercial… aproximadamente 3000 euros

Lisboa 18 de Agosto:
Indo eu na segunda circular a caminho do trabalho, o meu Clio deslaça, i.é, deixa de trabalhar. Encaminho-o para a berma e chamo a assistência. Foi a correia da distribuição que partiu. “Com um arranjo de 600 euros deviam ter-lhe trocado a correia. Não se percebe. Se fosse a si mandava-o para a mesma garagem para ser, por lá arranjado. Aqui, no mínimo vai aos 1000 e muitos euros….” conversa do Sr. da Assistência em viagens. Resultado, tarde toda a procurar reboques, a queixar-me à Garagem de Vila do Bispo, a perceber que um reboque leva 50 ctms ao Km, mais despesas de saída, mais portagens e o regresso a Lisboa. Total previsto: 400 euros. Negoceio com a assistência em viagens aproveitar o fluxo contrário de carros que regressam do Algarve com juntas queimadas e correias partidas e levar o meu para baixo. De tanto insistir lá consigo que me levem o meu por 150 euros - pagos, confirmados e faxeados.

Lisboa, 21 de Agosto: o eu dia de anos
Os recém casados seguiram na véspera para Lua de mel. Ficamos com o encargo de por na peritagem o pequeno Twingo, mandar o meu para o Algarve e, com tempo, arranjar a porta que nos obriga a uma entrada à três duques. Como faço anos resolvo almoçar na avó. Vou na carrinha Astra do casalinho que ma deixa em troca da promessa de arranjar o restante. Chego ao Alto de Santo Amaro, onde me aguardava delicioso almoço e bolo de anos, e acende-se uma luz no tablier: bateria. A direcção prende. À saída, dirijo-me a uma garagem foleira para uma recarga de bateria… qual quê! É o alternador. Não há óleo de direcção e o alternador está queimado. Vá até casa e ponha-o a arranjar, avisam-me. Consigo que o electricista da minha rua o arranje. 400 euros por um alternador novo, facturado e duas horas de mão de obra, mal cobradas.

Lisboa, 22 de Agosto: pós dia de anos

Fico com o carro da Joana, o da-entrada-à-três-duques. Resolvo sanar a tristeza com um jantar fora. No regresso a casa o carro pára. Deixo-o descair, na Rua das Trinas, para a porta da Embaixada Francesa. Uma luz acende e vejo no rosto do Bernardo uma certa preocupação: pode ser que seja só gasolina, diz-me, temendo o pior. Vamos à bomba da BP em Belém , a única aberta. Sou Fábrica obrigada a comprar um depósito de 5 litros, que me custa 10 euros, mais cinco para o próprio do combustível.

Face a isto, pergunto: será meu o problema? terá a ver com a fracofonia? Reanult, francesa, cunhado, francês, embaixada, de frança, Tablier, palavra fancesa....

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

rectificação

Talvez seja por se tratar de uma casa no Lumiar, que abastece o tão afamado Parque Europa ou por ter se tratado de uma opção experimental, ou simplesmente porque o departamento de marketing assim o quis, a verdade é que descobri que noutros Pingo Doce, nomeadamente no do Centro Comercial Palmeiras, os sacos ainda são gratuitos e oferecidos à quantidade tradicional: muito cheios, mal cheios ou peça única... enfim, peço decsulpas por ter lançado um falso alarme.
obrigada

casamentos


Casar uma irmã não é facto que aconteça várias vezes na vida, sobretudo de filhos únicos. No meu caso espero que me aconteça duas vezes apenas, e que essas se distribuam por duas irmãs distintas. A somar ao meu eventual casamento, a coisa parece multiplicar-se e ganhar uma cadência maior.
Adoro casamentos, não fora eu vaidosa suficiente para, mesmo sem cheta, tentar a tão almejada transformação de gata borralheira em princesa. É obvio que o principal reside no cabeleireiro e na maquilhagem, mas o trapo também é crucial.
Este ano fui a tantos casamentos quantos os dedos da palma de uma mão – um belíssimo record que revela que a minha geração está mortinha por dar o nó – na esperança de não se desatar.
O casamento da minha irmã mais velha – 3 anos mais velha que eu foi muito emocionante , cansativo e atrever-me-ia a dizer divertido. Adorei ver o pai Álvaro a iniciar a valsa, a mãe Céu a agradecer em francês a presença dos gauleses, o Simão no colo do Bernardo, a Joana a perder-se em vinho tinto, a Suzete a afinar-se para as fotos, a MJ a cintilar em brilhantes aqui e ali espalhados, a Nunes cheia de classe, a Carlete a assumir o baby-sitting assessorada pelo seu Gonçalo, o avô Agostinho a comunicar com os franceses, com uma velha história de ter conseguido em Paris comprar comida num talho sem saber dizer mais do que Bonjour, a avó Laura a resistir à dança, a tia graça numa elegância Tintoretto, a Graça prima a animar a festa, a vergonhinha da Madalena, o Tristan sem Isolda, o Charles a picar fotos, o gang “catálogo Máximo Dutti” vulgo – João, Pedro, Miguel, Tiago, João Pedro, Pedro Rodrigues, Ricardo – a tentar embebedar os franceses mais pecanitos, o Alan de sorriso de orelha a orelha, a Anne Marie que pela sua simpatia seduz toda a sala, os tios e tias franceses, os outros tios portugueses, a cerimónia civil e as testemunhas, que podiam ser jeovás e ninguém iria saber, o Tio Carlos entoando os putos, a Adélia contacteante, o Nísio, o Artur, a Fernanda, a Felipa, o Zé, o Lourenço e o Marc (que memórias cheias de saudades), o Tio Nel a fotografar as sobrinhas que tem e que gostava de ter, a Inez que me faz ter vaidade de sair aos Matos, enfim, tanta gente que não vou dizer todos um a um. O que verdadeiramente mais gostei de ver foi a minha mana Rita que, como alguém lhe disse, parecia uma virgem, e o meu novo irmão, que já era, e agora ainda é mais, Samuel. Estou contente e mais ainda porque recebi o IRS…
Abraços

eu e o baby...

branco mais branco...


dificilmente...

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Pingo Doce... esta semana

este post vem com atraso porque estou a terminar a jornada e ceia de trabalho, mas não poderia deixar de partilhar algo que me indignou profundamente: o Pingo Doce está a cobrar 2 cêntimos por saco de plático. Chama-se agora : SACO ECOLÓGICO - REUTILIZÁVEL - mas a mim não me enganam. Como é que um saco de pla´stico é ecológico. se eu comprar 10 e utilizar para os habituais fins - forrar o caixote do lixo- a única diferença do que acontecia no passado é que dou mais 20 cêntimos ao Pingo Doce "sempre a baixar preços" e não compactuo com essa bandeira onde cabem todas as trafulhices do Reciclável, Reutilizável e Renovavel.
Acredito nalguma scoisas, agora em sacos de plástico?? Give me a break

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Topas?


Imagine-se. Pediam-me uma tosta, e eu morta de fome....com fim certo à vista

andrajosas


Reza a tradição que em ambiente descontraído se evitem as maquilhagens, a produção. Eu diria que isso não é um facto, mas provavelmente uma precepção masculina à qual passa despercebido o negligé, mais ou menos estudado.

Assumo, ponho blush por cima de um bronzeado, porque senão fico monhé - nada contra a raça, mas prefiro fazer sobressair, mais que não seja, as bochechas, vulgo maçãs do rosto.

Uso esponginhas e penso se a cor da roupa me fica bem, e eventualmente faz sobressair os olhos. Ponho gloss, ainda que de chinelo no pé e uso o lenço mais apropriado. Não sou obcecada pela estética, prefiro a ética, mas dando a mão à palmatória - como quem dá a uma Palmira, Zulmira, ou Sandrinha - assumo que aprecio a condição feminina e, nessa mesma condição com a vaidade que a mais pelintra hippie dissimule, digo que seja qual for a situação, com mais ou menos material, eu produzo-me e gosto mais de me ver produzida do que por produzir. Devia ter sido produtora....

best of

we are family...
obession - de lâncome???

cagadelas

Voltando ainda às férias. Há um sentimento inequívoco de pertença a quem tem casa num spot, seja ele mais ou menos lighted! Assim se perdoa o tupperware com salada de atum e os garfos de plástico, a lancheira que aguenta qualquer calor com pêssegos melados, as garrafas de água da torneira com rótulo a cair.
Se há uns anos tinha, hoje não tenho qualquer pudor em montar o chapéu e por baixo dele sentar-me a devorar saladas salgadas pela água dos meus cabelos depois de um banho cansativo, ou de um passeio “mata celulite”. Assumo que não gosto, francamente, do passeio, mas obrigo-me ao sacrifício na esperança de me devolver os 16 anos e o rabo rijo que em tempos perdi. Não o encontro de maneira nenhuma…
Esta fotografia não parece espontânea, nem é. Falta uma da meninas, ou “mulherzinhas”, que estaria debaixo do dito chapéu a lamentar-se os contrangimentos intestinais provocados pelo afastamento de casa. Acontece a quase todas, menos a mim que “cago para isso”. Esta foi outra das matérias diariamente abordadas: quem caga, quando caga, como caga. A forma, a cor, a quantidade. O número de vezes, a textura, o tempo que demora… enfim, tanto a dizer sobre este assunto.

mais babes


Mais uma para a memória. Esta fez parte do "durante a semana" e no mesmo dia meteu Topas até bem tarde. Dia em que torci um pé que me obrigou a desinflama-lo com pomadinhas. Dia em que queimei a junta da cebça porque água não tinha ali. Dia em que os Bernardos foram a Loures, e a Di me disse. Dia de uma cordoama cheia de raquetas. enfim, dias... não sao dias....

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

tão lindas....


...as praias da costa vicentina, onde se econtram novos movimentos urbanos.
Um êxodo temporário, maioritariamente nómada, de grupetas inflamadas de brilhantes e côres, mistas, heterogéneas - ou não - onde as faces queimadas faze sobressair dentes possivelmente até amarelos.
O Fim de tarde na Cordoama, na Arrifana, no Zavial, no Amado, em Aljezur, no Túnel, na Mareta, no Beliche, no Castelejo, na Amurração... enfim em qualquer praia desta costa, é absolutamente extraordinário.... diria "falo por mim", mas seria acusada de redundâcia porque ao falar de uma forma opiniosa sem atribuir a ninguém falaria exactamente por mim, e a suzete não perdoa estas coisas. Assim, por respeito a ela e à lingua portuguesa, falo por todas, pelas que estão na fotografia e pals que não coiberam. Pelas que entretanto chegaram e pelos seus mais que tudo que ficaram de fora, mas estao sempre lá, pelo menos nos corações. Falo pelo Joquaim da Barbearia, pela Paula do café, pela Graça e pelo António da Oficina, pelo Rui da Conservatória, pelo Nelson do Dromedário, pela mal disposta de cabelo laranja do Careca, pelo coxo marceneiro, pela vizinha Henriqueta que grita numa só voz: mataram-a! em sotaque algarvio genuíno, daqueles que só a idade mantém.
Cá vai um bocadinho, quase espntâneo, de pôr-do-sol....



E as baleias....

tudo para dizer que longe da minha irmã meu coração fica partido...

e em sua honra e numa ligeira, mas sincera, homenagem às gargalhadas destas férias, muito potenciadas pela presença de dois forasteiros que aparentam quebrar, encher, preencher ou vir a fazer exactamente isso a senhoras das minhas lides, cá vai uma música que ainda ontem, estranha carneirada, entoou com a ajuda do Anacleto na Doca de Lagos, que é como quem diz "Legos".
Foi o Nuno, que não é apenas filho, mas também neto e como diria a minha avó: "Filho és, pai serás..." e eu cá arescentaria: "Log'quela queira!!!!!!"

Cá vai: Um clássico do REI, caros leitores:

Não é possivel que voce suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento

Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e a fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Como é possível que voce tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro
Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos

Isto é lindo! ÃOooooo

de volta a casa?!!!???

Quem nunca teve um poster, postal, cartão, boneco dos Forever Friends? Eu tinha um poster gigante sobre a minha cama que rezava o seguinte: "Home is where the heart is". Estas "paneleirices" na altura eram designadas de "coisinhas queridas".
Faziam parte do leque côr de pastel de objectos, cheiros e formas "fôfos". Coisinhas queridas eram folhas de carta com cheiro, borrachas em forma de piano, urso ou casinha.
Apára-lápis que não cabiam nos estojos de lata, porque se enterravam nas saias de uma bailarina.
Eram PIN&PONS, Barriguitas, cavalinhos com grinaldas, canetas com formato de chupa-chupa que pedurávamos despudoradamente ao peito, ainda de menina. Esta frase, que tantas vezes deitada na cama li, "Home is where the heart is" ficou gravada na minha memória e quando oiço a palavra Home, lembro-me logo do resto.
Voltar a casa depois de umas férias que pouco souberam a férias, mas muito bem souberam é no mínimo estranho, sobretudo quando no nosso coração casa são pessoas e espaços distintos. um pouco do meu coração ficou lá, na outra casa que também é minha. Muito do meu coração está nesta casa, ou em várias das de cá. Não se leia aqui qualquer lado materialista. As casas são pessoas e casas e casas há muitas... seu palerma.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

conversa para lado nenhum

- Então, vais lá?
- Não sei e tu?
- Sim... acho que sim, mas tu não vais?
- Não tenho bem a certeza, se calhar passo lá mais tarde...
- Mas sabes onde é, não é?
- Sim, no outro sítio...
- Pois... no outro já não dava...
- E vão eles todos?
- Não... só alguns... hoje acho que só vão alguns, o grupinho.
- Há, tá bem... e apareces lá à hora?
- Bom, à hora não tenho a certeza, estava a pensar ir lá depois, já no fim, depois daquilo...
- Depois daquilo não vale a pena...
- Achas? Pois... se eles já lá não estão não vale a pena, desde que fiquem os outros...
- Pois. É isso. Eu vou fazer isso. Mas tu não pareces muito satisfeito...
- Não... quer dizer, chateou-me um bocado a última vez... não estou habituado a coisas assim...
- Deixa lá... já sabes como é que estas coisas são... aparece lá, a sério!
- Ok, pronto, eu vou, mas então chego mais tarde.
- Mas vai mesmo...
- Ok, eu vou.
Um dos meus interlocutores favoritos é uma pessoa que nunca pensei vir a conhecer melhor, eu diria sequer conhecer... Sabia-o de vista como parte de um submundo semelhante ao meu, mas dípar na forma de trabalho e, sobretudo no método. Hoje em dia revejo algumas coincidências de pensamento, de gostos e até de contexto. Fomos vítimas (eu diria antes sobreviventes) de uma conjuntura semelhante e o precurso assim nos fez encontrar. Este é o relato de uma conversa tantas vezes ouvida que se pretende que crie, em quem rodeia os protagonistas, curiosidade e outras dúvidas. costumamos fazer isto.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

produção criativa

Quando vinha para o trabalho estava em plena ebulição criativa com um sem número de coisas para por no meu blog. Neste momento só me lembro do presunto que a Tia Fernada mandou pelo correio e que infelizmente não posso tocar. Presunto de Trás-os-montes, da terra de onde sai a carne barrosã, daqueles nacos na pedra que fazem crescer água na boca, salgadinhos, a saltitar sobre uma pedra fervente. Hoje acordei cedíssimo e naturalmente sem precisar que um despertador tocasse. Às 9h30, de pequeno almoço tomado, de hamburgers de salmão grelhados e tomate cortado, dirigia-me nas calmas entre as faixas desertas de A5 para e empresa. Lembro-me de alguns pensamentos: comprei o pavimento errado e a sala vai ficar pirossissima. Tenho de comprar uma tinta bonita para dar vida aquele espaço. Preciso de entregar os papeis do IMI. Tenho de confirmar a nova morada. Vou ligar para as reclamações o IVA e exigir os 2500 euros que por lá andam cativos. Tenho de ver quando cai o Visa. Tenho de marcar as férias de Setembro. Acho que preciso de fazer madeixas - conclui enquanto esperava que um semáforo, já no Lumiar - ficasse vermelho. São estas coisas que me consomem, acrescidas à crescente celulite que invade o meu rabo e começa a descer na parte de trás das pernas. Mais: entregar fotocópias do BI para a conservatória, escrever os ditos para ler no casamento, comprar um presente para a nossa empregada que está grávida, comprar um presente para o Sr. Joaquim... enfim, tratar da vida, antes que ela trate de mim.
Felizmente para a semana estou de férias, pode ser que não me lembre destas consumições... Abraços...

quarta-feira, 12 de julho de 2006


Esta é a minha casinha, com tecto...com tudo...
Esta é só nossa, não é do BPI, nem da CGD, nem do MG, nem do BES...Manas Matos... a todos!

eu e o meu frigorifico


Há coisas na vida que nos dão uma felicidade imensa. No fim de semana passado passei um sábado tórrido em viagens por Wortens algarvias que me obrigaram a atravessar toda a Via do Infante.
Num fim de semana, repito, fiz 950 km. No fim, a felicidade estampada num rosto que preferi esconder e mostrar as mão. Chama-se a isto a alegria de comprar um Frigorifico.

por falar em comida

Já diz a minha avó " A beleza não se põe à mesa" e falando em comida esta frase faz o maior sentido. Usa esta expressão quando falamos de namorados, ex-namorados, amigos ou quando temos expressões menos simpáticas, ou comentários depreciativos – nomeadamente do ponto de vista puramente estético - sobre este/aquele/ou aqueloutro.
Na verdade não se põe à mesa, mas sabe bem. Fica muito melhor uma mesa com beleza do que com “feiura” e aqui atrevo-me a dizer que os olhos também comem, seja lá o que for que houver para comer e sem distinguir COMIDA de COMER: carne fresca ou menos fresca, mais ou menos colesterolizada, seja marisco, gourmet, popular, mais ou menos gordurosa, regional, fusion, alternativa, vegetariana… seja o que for!
Não sou esquisita na comida desde que me saiba bem e acho que a maioria de nós é assim – também diz a minha avó que quem o feio ama… Passa-se exactamente o mesmo com a comida. Há países em que os tubaros – testículos de um qualquer mamífero são considerados especialidades gastronómicas…Não consigo imaginar a beleza de um prato assim, mas como dizia, desta vez uma amiga minha – “põe-se uma almofada à frente e o resto e perfeitinho…”. Não sei bem se é assim, porque para certos pratos não costumo sequer olhar… De qualquer fora e terminando esta enorme metáfora: Quando a fome é muita… A cavalo dado…
Meninas comam o que quiserem... pelo menos vão tirando o gosto ao dente!

terça-feira, 11 de julho de 2006

EL Colesterol

Estive este fim de semana em Sagres e falaram-me do El Colesterol. Sobre esse assunto cabe-me dizer duas ou três coisinhas.
Descobrir aos 27 que tenho um Colesterol altíssimo é algo que nunca pensei que me fosse perturbar tanto. Nunca pensei sequer que podia “padecer de Colesterol” – e digo padecer porque de Colesterol padece-se, como se padece do ácido úrico, ou de artroses, ou reumatites. Eu padeço, confesso. Podia sofrer de asma, de uma luxação interna da perna esquerda, de uma deslocação do antebraço inferior, mas não. Padeço de Colestrol em níveis absolutamente irreais porque ultrapassam o possível pondo-me naquela situação que dificilmente se percebe como é que estou viva, respiro e finto eminentes AVC – acidentes vasculares cerebrais. Descobrir que tenho este Colestrol – 340 – quando o aconselhável é 190 e o limite máximo é 200 e nas tabelas este valor é tão exagerado que NÃO CONSTA.
Bom, alterei profundamente e radicalmente os meus padrões de comportamento. Continuo a fumar os meus 20 cigarros/dia, é certo, porque gosto muito deles e eles de mim, mas deixei de comer o que quer que seja com manteiga, óleo ou qualquer outra gordura – mau colesterol. Fritos, já eram. Carne, só de aves, pouca e cozida tipo a vapor. Legumes cozidos e esonsos ocuparam o lugar de estaladiças batatas fritas salgadinhas. Não como ovos, nem cozidos, nem estrelados, nem nada. Não há queijo, nem leite gordo. Iogurtes só magros, tal como o queijo fresco. Bolachas light – sem açúcar, sem sal e sem colesterol – que as há, e arroz basmati cozido sem tempero. Alhinho, com fartura, cebola, tomate e grandes saladas variadas e muitas sopas sem batata – que não faz mal ao colesterol mas ao rabo. E and nisto. Pior é que impinjo a dieta aos meus companheiros de estrada. O pai, que é magro, caminha para a anorexia aos 62 porque se sente bem ser o único prevaricador. A mana, aproveita a onda para delinear o michelinho que circunda a barriga, a mãe não se importa de tornear as curvas para o casamento que se avizinha. Bebo chás e vou ao celeiro. Peno muito em comida na onda – não posso comer. Sonho com alternativas que finjo simpáticas para me convencer. Já equacionei o hamburger de soja e a espetada de tofu.
Paro e penso: SE NAS PROXIMAS ANÁLISES ESTA PORRA NÃO TIVER BAIXADO JURO: ENFARDO-ME DE BATATAS FRITAS, CROQUETES E RISSÓIS. DE UMA LASANHA GORDUROSA E UM FONDUE DE QUEIJO. UM NACO NA PEDRA SALGADINHO E MEIO CRU, ESTUFADOS COM FARTURA, MARISCO – RIQUISSIMO EM COLESTROL – ATÉ MAIS NÃO E TRANCO-ME NO ARMÁRIO À ESPERA QUE ALGO ACONTEÇA.
Até aos 30 – e faço 28 dentro de um mês, tenho de resolver a minha vida.

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Para grandes males, grandes remédios

e para pequenos também. Eu conheço particularmente grandes males que sempre preferi considerar pequenos. Bom, independentemente da dimensão, males não fazem bem a ninguém. Por isso, agradeço à medicina o que tem feito por mim e por quem dela depende. Tem sido generosa em, ainda assim, deixar-nos ter vidas normais, caras normais, vícios normais, atitudes normais etc etc... com mais ou menos sal, com mais ou menos colesterol e com necessariamente menos cigarros vou sendo igual aos outros... que tenho a certeza que tal como eu também acham que tirando isto ou aquilo também são iguais aos outros, porque no fundo, nós todos, os diferentes e os iguais somos os outros... Confuso? Acredito! Sentido? Também. Eis o meu tributo à medicina e às farmácias e aos ordenados que nos deixam gastar 60 euros em medicamentos numa manhã, que nos darão para... uma semana, salvando-nos para o resto da vida. Abraços

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Tributo a Jackson's alllllll


Por causa das coisas, este post é uma SINCERA homenagem a uma das minhas melhores amigas E DAS MAIS ANTIGAS. A caracoleta de olhos azuis achinesados foi amo à primeira vista e lembro-me que os tons claros dos nossos olhos se creuzaram aos 11 / 12 anitos nas escadarias deum liceu novo para cada uma de nós. Provavelmente uma camisola da Cenoura ou da Benetton, mais uma estética comum de menina para uma idade já de mulheres fez-nos acreditar que podíamos ser amigas. Hoje, aos 27 / 28 / 29 (estamos todas na fronteira) , lembramo-nos das cntas de casar aos 25, ter três filhos aos 30 e manter amizades para sempre. Só a última promessa se manteve, provavelmente porque foi a que nos parecia menos obvia na altura e mais interessante com o passar do tempo, os desgostos, as lágrimas, as anorexias, as alergias, as casas novas, as roupas velhas, os complexos, os 1ºs, 2ºs e 3ºs beijos, grandes ou pequenos amores, amores, maiores ou piores desilusões. Ela é brasil, eu sou lux, ela é risco nos olhos e fio dental, eu prefiro a cueca da avó e uma sombra subtil. Ela põe gel nas unhas (eu gostava mas não tenho paciência). Ela é azarujinha, poça e Gonzo. Eu sou avencas, guincho e costa. Ela é ginásio, eu sou mais praia. Ela é branca, eu sou escuríssima. Ela é muito mais família o que eu, que tb sou, mas não tanto. Trocamos de roupas, segredos e planos. Ainda acredito que vamos trocar alianças e testemunhar esses momentos, senão cá estaremos para sermos tias dos filhos das outras, que não nossos podem tb ser um pouco. Rimos e vamso continuar perdidas a rir, com sangrias, martinis biancos (mais ela) e gins e wiskys cola (mais eu). Os olhos não enganam, é mulher para o oriente - adora sushi - muito barato, se possível. É a nossa caracoleta de olhos achinesados, que tã bem lhe ficam. Mary jack, bate bolas, michael jakson, jackson's 5, e agora tenho uma nova para lhe propor de um filme que de certeza não viu - jackie "white". Big kiss baby doll das mãos pequeninas

segunda-feira, 19 de junho de 2006

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Depois de uma semana de quase férias, sinto que estou a precisar de férias. Estou naquela fase (quase permanente) de letargia intelectual e física. Não me apetece trabalhar, nem ter trabalho com nada... Porque é que não nasci rica? Nunca pensei nisto seriamente, mas hoje confesso que me dava um jeitão.
Mais um casamento, um baptizado e um brushing - que diga-se, trabalharam-me muito bem as pontas, tanto que parecia uma mise de rolos largos. Só me irritou terem pensado que era brasileira - diga-se que a Lúcia cabeleireriros opera na Foz - Oporto- e por isso deve confundir o sotaque do sul (Lisboa) com o de Vera Cruz - a pobre alma não deve saber onde fica e perguntar-se-à se a Vera é filha do Carlos (Cruz), recentemente emigrada para o Brasil e, ao que alegam as revistas, com uma filha com nome de flor. Há uns anos atrás acharia graça a essa confusão, hoje irrita-me porque criei um preconceito em relação ao manos da América do Sul. Tuguíssima entre os meus tons de Àfrica e as costelas minhotas e trasmontanas. Sou filha da mistura das raças e de uma linhagem recente. Os Matos, em inglês Bushes - eventualmente até primos dos actual Presidente dos EUA e em português das Matos-a-todos (de uma conclusão de desígnio a que chegámos na nossa geração). Bom, mudando de tema, grande casório, felizmente parca pressão social, ou melhor muita mas encapotada. Porquê, meu deus???????

quinta-feira, 15 de junho de 2006

não, não tenho paciência para cat stevens, nem para daNI MERCURY, NEM PARA carregar no caps lock, nem pra chuva em feriados...

terça-feira, 13 de junho de 2006

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sabedoria secular: o arroz engorda as pernas...

Silvinhas

(duas putas...)

P1: Oh sílvia vais presa???

P2: Não não! Vou dormir com o chefe!!!!!

terça-feira, 6 de junho de 2006

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Frase que me enviaram hoje, confesso que não gosto do termo com que termina, mas o sentido não está totalmente errado:

Se fores chata, as tuas amigas perdoam
Se fores agressiva, as tuas amigas perdoam
Se fores egoísta, as tuas amigas perdoam

Agora experimenta ser magra e linda...

....tas lixada!!!!

quinta-feira, 1 de junho de 2006

inhozinhos....tão fofinhos!!!!

inha, inhazinha, telenovelazinha, telenovelinha, amaciadinha, obrigadinha, obrigadinhazinha e muitas ais inhas e inhos pequenininhos... o B enerva-se com os inhos e mais ainda com os zinhos e pior que tudo com os inhozinhos... o que necessariamente me aguça aquela vontadezinha de ser mazinha e acabar tudinho com dimunutivozinhos, tão fofinhos.... ai ai.. hoje estou molinha (em sua homenagenzinhinha!)

a minha casinha


para quem se lembra de um post sobre uma casinha em Vila do Bispo, 20m2 sobre 20m2, aqui está apenas uma foto. debaixo da cortina é um quarto. lá em cima há uma mezzanine e do outro lado está a kitchenet.

mais fotos virão e os contactos para eventual aluguer... um abraço minha gente!

tudo bem...

Tudo bem... não deixam comentários, não é?
Tudo bem!!! Muito bem! Então também não conto o que sei sobre "certas e determinadas coisas". Pelos vistos não vos interessa. Eu até podia dizer que há dias quando a Angelina me ligou... ui... Cala-te boca. Não posso falar. Pediu-me para não dizer nada a ninguém... Portanto não conto. Pelos vistos também não estão muito interessados, não é? Oraites. Não conto, não faz mal... só posso dizer uma coisa, o Xanana... não é melhor não. é melhor não dizer nada...ainda iam dizer que eu tinha expost a vida da Li...Ups.. não... nada, nada esquece, pronto.

Estamos Ricas...

Outra ideia de negócio:
Arranjar duas ou três modistas, vulgo costureiras. Daquelas boas, antigas, Alziras, Idaletes, Amélias, precisas e concisas de agulha em riste e tesoura afiada. Escolher os cortes, os melhores, os mais giros, os mais fashion, e o mais tradicionais com o melhor gosto. Fazer um portfólio, um site. Ter as tiras de tecido, os materiais nobres e os menos nobres, os mais baratos e os mais caros, as côres mais simples ou mais elaboradas.
Encontrar os fornecedores certos e abrir provas. Pagar ao trabalho e não ao mês.
Vender vestidos de noivas e de madrinhas, irmãs das noivas e arranjar emprego para futuras costureiras, reinseridas socialmente. Pagar bem, receber bem, e casar muitas. Fazer press's e fazer sair notícias.
Mana.... Oh Mana.... estamos outra vez Ricas!!!!!

Alívio

O problema da "pinguinha", é dramático. Pior é o problema da sanita. Aflita para fazer um chichizinho, imaginar, na última manobra de estacionamento, todo o procedimento para chegar à meta.
Está tudo mecanizado, penso. É só percorrer o caminho mais curto em direcção ao WC, chegar, pendurar a mala no cabide que, se Deus quiser há-de haver atrás da porta, limpar a sanita com resmas de papel, de seguida forrá-la com três tiras em duplicado. Finalmente, desapertar o cinto, abrir o fecho, flectir as pernas e deixar-me levar por esse infinito e inigualável prazer.... Mas não. Acontece que os meus planos saem furados. Saio do carro e esqueço-me do telemóvel no banco do lado, volto para trás, o comando não funciona, tento ser o mais rápida possível, abro o carro, tiro telemóvel, atravesso a correr o parque de estacionamento, estou quase lá. Subo, com pressa, o tapete rolante sendo subitamente interrompida por um carrinho Continente com três crianças lá dentro, espero. É só mais um bocadinho. Cheguei. Vejo, na minha direcção uma ex-colega de trabalho de uma amiga, desvio o olhar, mas é inevitável, ela quer conversar: “Então tudo bem?” Tudo bem...(respondo para apressar o fim de conversa) e contigo?... “Comigo... bem, não sabes?” (como é que eu poderia saber? não sei nem quero, por agora saber, mas diz lá?) O quê, aconteceu alguma coisa? (Cai-me ali num pranto) “Sim...olha não queres beber um café, custa-me falar desta coisas assim, desculpa lá... se calhar estás com pressa...” (sim...) Não! Quer dizer, tenho de ir num instante à casa de banho (não queria dizer para ela não ficar à minha espera a controlar o tempo que eu vou demorar, mas tem de ser...). “Então vai que eu espero por ti. Estou arrasada.” (também eu!). Sigo, no limite das minhas forças, para a casa de banho. Está fechada para limpeza. Vou à dos deficientes. Também está fechada. Viro rápido para a outra ponta do shopping. Esta está de certeza aberta. Fico na fila. Espero, com a perninha a abanar, pela minha vez - está tudo mecanizado na minha cabeça, penso. Entro. Não há cabide e a porta não fecha. Encontro uma estratégia alternativa. Faço pressão com a cabeça e seguro a carteira contra a porta que assim já fecha (dois em um, penso). Tento agarrar no rolo, mas dentro daquele redondel metálico com uma lâmina afiada para rasgar o papel só está o cadáver de um rolo. Não faz mal... É só chichi (no fim sacudo a pinguinha). Ops, saiu um punzito… é só ar sonoro… Não. Afinal estou com outras vontades. Solto a carteira e tento que fique presa entre o cotovelo e os joelhos, entretanto flectidos. Uma das mãos segura a porta a outra vasculha a mal. A porta, entretanto fica entreaberta. Tenho as calças nos joelhos e espero que não toquem no chão para não ficarem molhadas na bainha, de um líquido que não quero imaginar o que é. Só encontro talões de gasolina amachucados, ao menos um lencinho. Que se lixe, tenho dois da Galp, são macios. Ao fundo do túnel encontro uma salvação, um lenço ranhoso. Não. Afinal há um intacto, com restos de beatas agarrado. Pronto, estou safa. Que alívio!!!!! Volto ao mesmo sítio onde deixei a amiga da amiga que queria conversar. Está à minha espera. Sentamo-nos calmamente num café e ela fica a falar de não sei bem o quê enquanto eu penso nas coisas boas da vida.

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Degustação

Negócio. Bomba na minha cabeça. Ir para Paris e abrir a minha tasquinha. Tem nome e tudo. Degustação. Vende vinho a copo, do Douro, do Porto, do Alentejo. Vende farinheira aos quadrados, chouriço assado e broa e presunto português. Está decorada com pipas de vinho e fotografias antigas, em sépia e preto e branco. Tem também umas medidas antigas, daquelas em lata e uma balança. Vende ainda pequenos frascos e latas de Azeite, rebuçados Dr. Bayer, e tem uma variedade de doces conventuais à semana. É caro e refinado. Em papel de parede e um lustre. Vende pasteis de bacalhau e rissóis. Tudo feito ali, ou para ali. Eu diria Charmant. Fica algures na Montorgueil ou por trás da Éttiene Marcel. Pode ficar no Marré. Na inauguração estiveram portugueses em França, estudantes, doutorandos e amigos deles franceses e saíram pequenas notícias nos jornais. Toda a ente conhece a donas, duas irmãs portuguesas, ligadas da área do marketing que renunciaram os seus trabalhos standart e resolveram investir na promoção de Portugal lá fora Um exemplo de sucesso que aparece no Expresso. O ICEP ajudou. Para trás ficaram as recordações da linha onde passaram a maior parte da vida, a praia e o mar (que é o que tê mais saudades), mas adaptaram-se bem ao clima parisiense. Hoje pensam abrir outro espaço, desta vez noutra capital, Bruxelas. Querem mudar a imagem de Portugal lá fora e vender o que o pais têm de melhor, a tradição e os sabores. Ao mesmo tempo que fazem isso, convidam os seus visitantes a conhecer o seu país, indicando praias secretas e locais únicos para quem quer passar desconhecido em terras lusas. Dizem que já foram visitadas por diversas personalidades. Pela Desgustação já passaram personalidades como Saramago, Maria de Medeiros, Durão Barroso, Brad Pitt e Angelina Jolie, Kofi anão e a Branca de Neve.

faltam 30 dias..

esta é uma mania muito irritante: faltam 15 dias, doze horas e 20 segundos para o Mundial, ou para o Rock in Rio, para o fim de ano no Terreiro do Paço.
Avisam-nos de tudo aquilo que não é vital. Avisam-nos da abertura do casino, da inauguração da Praça de Touros, de um novo reality show da TVI. Criam ansiedades à pessoa, que é pessoa - e não animal ou planta - sobre coisas que provavelmente nem tem recursos para usufruir.
Já, por outro lado, ninguém diz: faltam 20 dias para encerrar uma maternidade, 20 anos para entrar na menopausa, 20 segundos para perder o comboio, 20 horas, para entregar o IRS, 20 euros para pagar a conta do gás, 20 semanas para entrar no desemprego, 20 kilos para ficar com o peso certo, 20 centímetros para ser manequim, 20 empregos para se sentir realizada, 20 números para acertar no euromilhões, 20 noites para deixar de ter insónias, 20 segundos para acabar este post



um ano, dois dentes. O Simão quer um irmão, e se puder ter um telemóvel com imagens também vem a calhar. Ri-se desalmadamente com o dente de cima e o de baixo e eu para ele a fazer figurinhas ridículas que espero que a sua memória o faça esquecer.

Hoje percebo todas as tias, as minhas e as dos outros e aquelas que vibravam (e tanto me irritavam) a contar as gracinhas dos seus sobrinhos que para mim não tinham graça nenhuma. Não sei se é de ser tia... ou lá no fundo, no fundo querer vir a ser mãe. A verdade é que estou a chegar aos trinta???!!??!!!!



Eu sou uma delas. A mais escura. Esta foto deve ter sido tirada no dia 18 de agosto, dia de anos do Tio Ccarlos. parecidissimo comigo. Leão, adora ter gente à volta, esperto, olhos claros, bom fundo, má superfície, ansioso, impaciente, empenhado, angariador de afectos... Eu fiz provavelmente 5 anos 3 dias depois, como sempre.

Metade da cara

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nem tudo o que reluz é ouro...nem todo o ouro reluz

terça-feira, 30 de maio de 2006

casamento

Esta forma de vida (Amália)... há amália e a amália, há ir e voltália... por falar nisso, a rita (minha irmã mais velha vai casar dia 15 de Agosto... uma mulher que esteve emigrada na França 8 anos e casa em agosto, no 15. Vá lá, se queres ver! É o quarto casamento deste ano e o que mais me entusiasma. Claro.

Assunto de família, de amigas, de namorados, de café, assunto para todos. Casar uma irmã é quase como casar uma parte de nós, não fora ela nómada e independente e tenha já a família e o bébé. Mas a festa... a festa...
Há dias deliciei-me quando, Abraão, futuro sogro de Samuel, avô de Simão, dizia, à mesa, enquanto Maria dividia o pão pelas filhas, Isabel e Maria também: então eu é que vou com ela para o altar... e ria cm aquela vergonha de pai que so agora se apercebeu que quem tem filhas pode vir a casa-las. Uma vergonhinha escondida do AL, que sempre rodeado de fêmeas, ainda tem algum pudor em público com tantas. No fundo, referia um saque súbito... não pela festa, mas pelos nervos?! Também acho que não. Ciúme? Ainda lhe faltam duas e tem uma cadela que, por experiências anteriores não é dada a namoricos e prefere manter-se em casa dos "pais", que no fundo a adoptaram como a filha mais nova. "Temos sempre a kika", diz Abrãao para Maria, talvez até confiante que esta seja a primeira boda e outras duas que ...se acelerarão...
E... ESTAMOS TÃO BEM LÁ EM CASA....

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um fio na cabeça é pouco... na sopa, é muito!

Circo para o povo

Eu cá não me importo quero é festa! Isto está sempre mal. Aumentaram o IVA de 19 para 21 % (ou seja em tudo o que se compra houve um agravamento), que se lixe, eles estão a trabalhar. Agora em vez de empregos temos tecnologia. É um país tecnológico. Então se formos aos Arcos de Valdevez, às províncias aqui ao lado, no Ribatejo, no Alentejo, em Vila do Bispo, é ver tecnologia em cada canto. Não há casa onde não haja uma mini televisão da loja chinesa e uma calculadora da loja dos trezentos. É tecnologia a chegar. Portugal transpira tecnologia e – talvez devido a esta mudança de clima sue muito!!! Os restaurantes fecham às 10 da noite no Verão, época alta dos turistas que saem da praia às 9, ou seja no por do sol, tendo portanto de ir comer um sandwiche a um bar, ranhoso
, manhoso, aberto por lisboetas para a época balnear, portanto os dividendos desse turismo revertem para a urbe… é a tecnologia!
As auto-estardas têm cada vez mais vias verdes e cada vez mais portagens. É a tecnologia!!!! Os gabinetes multiplicam-se em avenças, que provavelmente trabalham… a partir de casa – regime de comodato… é a tecnologia! Portanto concluo que o Sr. Primeiro Ministro está a suceder-se muito bem. Choques tecnológicos a torto e a direito, nas estradas então…Enquanto isso acontece, temos ainda a sorte de um mundialzito a meio, com um trenador que quer é ir embora e jogadores que, juntos, num ano devem ganhar o mesmo que o estádio de Guimarães cheio de vimaranenses. Valha-nos que não somos nós que pagamos, aliás eles até devem dinheiro ao fisco.. que não pagam, é certo, mas devem...
Esta tecnologia deixa-me em estado de choque!

Novos mercados

Preciso urgentemente de capital para investir. É cíclico, isto que se passa comigo. De vez em quando preciso de capital para investir. Neste momento dava-me jeito uns dinheiritos. Está tudo barato.
A pensar nos investimentos, lembrei-me de uma conversa, há uns tempos atrás com um amigo politicamente, ainda bem posicionado. Dizia ele, o que está agora é comprar toneladas de poluição. Quem comprar vai vender muito mais caro daqui a uns tempos, porque a EU vai obrigar os Estados-Membros a pagar grandes multas por excesso de emissão de carbono e outros poluentes. Na altura não percebi bem a conversa, ou melhor, não liguei. Agora, vejo nas notícias que grandes empresas e grandes grupos já têm a sua quota e “reservaram” espaço / toneladas de poluição para vender mais caro a empresas cuja actividade exceda os limites autorizados. Como, segundo percebi, a maioria das indústrias mais pequenas, ou menos grandes, ultrapassam os limites permitidos por lei e pelas regras comunitárias, abra-se aqui um nicho de mercado, que se diga, muito interessante. Faz-me lembrar umas notícias sobre um tipo que comprou espaço lunar. Aquém? Será que é de quem chega primeiro? Não devia haver um concurso público? Poderemos lançar uma OPA?

Outra coisa, e desta vez meio lunática: adorava ter um carro movido a electricidade. Não percebo porque é que os meninos do Técnico (IST) que são tão inteligentes, prestigiados etc etc não inventam transportes individuais movidos a energias renováveis. Eu, por exemplo, já não consigo suportar as contas de gasolina e não me importava de investir num tipo-smart para ir de casa para o trabalho e do trabalho para casa e para os cafés e para a praia e para o shopping, e para a farmácia e para o supermercado e….

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ChiqueLAPA!


Estacionar na Lapa... boa vizinhaça! Chegar ao carro com pneu furado, porque estacionei em cima do passeio, respeitando a distância de carrinhos de bébé e velhinhos de bengala, porque é quinta e a noita vibra em santos, portanto residentes... vão de taxi para casa! Gastar um dinheirão para comprar um pneu novo, porque este "já não tem remédio" e ainda ter a velhota do último a observar-me e com um misto de troça e solidariedade dizer: "foi o daí de baixo... muito malcriado... mas a menina...tava no passeio, não é?". Eu e a fila toda e todas as filas da lapa que à noite dormem na lapa. Chique!

antes e depois



quatro anos para isto...

dentes


Queria partilhar uma coisa, ao fim de quatro anos de tratamento dentário, um lindo aparelho exterior, um interior, várias especialidades médicas, elásticos de todas as côres, um look infantil, um piparote de massa, quatro implantes, duas próteses fixas, quatro temporárias, Super Cola 3, branquedor, moldeiras de silicone, o hálito de 7 médicos diferentes, complexos estão-a-ver-o-meu-buço, destartarizações, deduções no IRS, idas infinitas à clínica das Areias, idas à Clínica das Amoreiras, idas ao Hospital Militar, dois sizos extraídos, dois caninos de leite extintos, radiografias, panorâmicas, desmarcações, marcações, dores, falta de pasteis e nata, fio dentário (dental é o das cuecas sexy), desinfectantes, esticadores, elásticos, aparelho de contenção, enfim, cheguei à recta final com destino a um sorriso maravilhoso. Está quase, mais um anito e fico maravilhosa.

idiota

Estava aqui a imaginar o significado que as palavras têm para cada um. Acontece-me sempre pensar nisso depois de uma boa discussão. Geralmente, nas discussões os homens têm a tendência para se agarrar ao significado das palavras que as mulheres usam em vez do significado das frases, o que torna uma discussão absolutamente irritante. Se dizemos “foste um idiota ao dizer isso ao pé da minha mãe”, vamos, certamente ouvir “idiota??? Tu não me chamas idiota”. O facto dele ter dito a maior barbaridade à frente da mãe da namorada perde qualquer importância, porque o que interessa agora é salvar a honra e rejeitar o epíteto de “idiota”. “Eu nunca te chamei idiota nem admito que tu o faças” dirá. Ela tentará voltar ao problema de fundo e dizer “tens razão, não te quis chamar idiota, mas foi uma estupidez teres dito o que disseste à frente da minha mãe”. Ele - fugindo ao assunto – investirá novamente “estupidez? Agora estás a chamar-me estúpido? Bom, queres entrar na agressão verbal… Olha eu não estou para este tipo de discussões. Adeus.” E pronto, sai de rompante, ou desliga bruscamente e nós ficamos com aquela dúvida: “Será que ele não percebeu nada do que eu estive a dizer? Será que fui bruta ao chamar-lhe idiota e estúpido? Não era nada disto que eu queria dizer…”. Desculpa…

histórias

Adoramos contar uma boa história que empolgue e ficar coladas, umas às outras a tentar perceber se é para rir, para chorar. Competimos pela história mais extraordinária, mas que sempre pareça credível, para que a nossa plateia fique boquiaberta com as coisas que sabemos. Vibramos com um “a sério???” “ela fez mesmo isso???”, “Foi apanhado com as calças nos joelhos”, “era maneta, coxo, tinha um olho de vidro, surdo-mudo e sem paladar, mas lindo de morrer???”, “perdeu a voz antes do concerto???”, “tem uma amante de 85 anos???”. É natural nas mulheres, e admito que nos homens também - mas pela natureza talvez não sejam tão entusiastas – este gosto pela excepção e por impressionar. Impressionar o próximo com uma boa historieta ainda que mal fundamentada, aumentada, prolongada, esticada ao limite do cúmulo. Chama-se a isto o ponto, de quem escreve e conta um conto. Eu adoro fazer isso, por uns pozinhos a mais porque sei que os vão descontar, mas entretanto, a história, que não passa disso, ganha mais sal. Dizia um amigo, é isso o “Sal da vida”.

quinta-feira, 23 de março de 2006

Di...


Esta era a minha chefe. Uma grande amiga -1,75 . Foi até à cerca de um mês, agora já não é. Já fizemos tanta coisa juntas. Alguém diria "Tanta merda juntas" (eu nunca fiz nada disso com ela mas já assisti a esse momento, muito embora ela demore tempo a mais para a minha média de aguentar o cheiro). Somos muito diferentes, ela tem quase mais 20 cm do que eu, faz covas a rir. Eu também tenho, mas noutras bochechas, as minhas - covas - são várias e acentuadas.
Bom, depois de 5 anos de vaivém separamo-nos à seria, não sei se vai ser definitivamente. Não acredito que esta separação seja para sempre. Há algo que nos une... como diria o outro... MUITA MERDA! Mas pelo sim pelo não, fica aqui a minha amiga. Mais uma das diiiiiiiiiiiiiisssssssssss

de volta

Cá estou eu, de volta, cheiiinha de novidades e saudades de deixar aqui a marca dos meus dias, para daqui a uns meses poder voltar a reler-me e rir das patetices que então eram tão importantes.
Por isso vou ser rápida, não me vou estender (ao comprido) com grandes divagações, opiniões, comichões, impressões, opressões, repressões e todas as outras acabadas em "ões" que inclui camiões, ou em brasileiro , caminhões, fogões, furacões, canções. O dia está feio e eu também. Estou cheia de sorte, pelo menos não me sinto sozinha. É sempre mais fácil sermos dois a viver a mesma sensação - e diga-se que ele está bem pior do que eu! Chove torrencialmente e ouve-se o vent a bater nos prédios enormes da quinta do lambert... lambert... lambert... não se lê o T e faz-me lembrar ... tanta coisa.
Volto daquinada... quisses e gudbais.