terça-feira, 30 de maio de 2006

histórias

Adoramos contar uma boa história que empolgue e ficar coladas, umas às outras a tentar perceber se é para rir, para chorar. Competimos pela história mais extraordinária, mas que sempre pareça credível, para que a nossa plateia fique boquiaberta com as coisas que sabemos. Vibramos com um “a sério???” “ela fez mesmo isso???”, “Foi apanhado com as calças nos joelhos”, “era maneta, coxo, tinha um olho de vidro, surdo-mudo e sem paladar, mas lindo de morrer???”, “perdeu a voz antes do concerto???”, “tem uma amante de 85 anos???”. É natural nas mulheres, e admito que nos homens também - mas pela natureza talvez não sejam tão entusiastas – este gosto pela excepção e por impressionar. Impressionar o próximo com uma boa historieta ainda que mal fundamentada, aumentada, prolongada, esticada ao limite do cúmulo. Chama-se a isto o ponto, de quem escreve e conta um conto. Eu adoro fazer isso, por uns pozinhos a mais porque sei que os vão descontar, mas entretanto, a história, que não passa disso, ganha mais sal. Dizia um amigo, é isso o “Sal da vida”.

1 comentário:

Anónimo disse...

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