EL Colesterol
Estive este fim de semana em Sagres e falaram-me do El Colesterol. Sobre esse assunto cabe-me dizer duas ou três coisinhas.
Descobrir aos 27 que tenho um Colesterol altíssimo é algo que nunca pensei que me fosse perturbar tanto. Nunca pensei sequer que podia “padecer de Colesterol” – e digo padecer porque de Colesterol padece-se, como se padece do ácido úrico, ou de artroses, ou reumatites. Eu padeço, confesso. Podia sofrer de asma, de uma luxação interna da perna esquerda, de uma deslocação do antebraço inferior, mas não. Padeço de Colestrol em níveis absolutamente irreais porque ultrapassam o possível pondo-me naquela situação que dificilmente se percebe como é que estou viva, respiro e finto eminentes AVC – acidentes vasculares cerebrais. Descobrir que tenho este Colestrol – 340 – quando o aconselhável é 190 e o limite máximo é 200 e nas tabelas este valor é tão exagerado que NÃO CONSTA.
Bom, alterei profundamente e radicalmente os meus padrões de comportamento. Continuo a fumar os meus 20 cigarros/dia, é certo, porque gosto muito deles e eles de mim, mas deixei de comer o que quer que seja com manteiga, óleo ou qualquer outra gordura – mau colesterol. Fritos, já eram. Carne, só de aves, pouca e cozida tipo a vapor. Legumes cozidos e esonsos ocuparam o lugar de estaladiças batatas fritas salgadinhas. Não como ovos, nem cozidos, nem estrelados, nem nada. Não há queijo, nem leite gordo. Iogurtes só magros, tal como o queijo fresco. Bolachas light – sem açúcar, sem sal e sem colesterol – que as há, e arroz basmati cozido sem tempero. Alhinho, com fartura, cebola, tomate e grandes saladas variadas e muitas sopas sem batata – que não faz mal ao colesterol mas ao rabo. E and nisto. Pior é que impinjo a dieta aos meus companheiros de estrada. O pai, que é magro, caminha para a anorexia aos 62 porque se sente bem ser o único prevaricador. A mana, aproveita a onda para delinear o michelinho que circunda a barriga, a mãe não se importa de tornear as curvas para o casamento que se avizinha. Bebo chás e vou ao celeiro. Peno muito em comida na onda – não posso comer. Sonho com alternativas que finjo simpáticas para me convencer. Já equacionei o hamburger de soja e a espetada de tofu.
Paro e penso: SE NAS PROXIMAS ANÁLISES ESTA PORRA NÃO TIVER BAIXADO JURO: ENFARDO-ME DE BATATAS FRITAS, CROQUETES E RISSÓIS. DE UMA LASANHA GORDUROSA E UM FONDUE DE QUEIJO. UM NACO NA PEDRA SALGADINHO E MEIO CRU, ESTUFADOS COM FARTURA, MARISCO – RIQUISSIMO EM COLESTROL – ATÉ MAIS NÃO E TRANCO-ME NO ARMÁRIO À ESPERA QUE ALGO ACONTEÇA.
Até aos 30 – e faço 28 dentro de um mês, tenho de resolver a minha vida.
Bom, alterei profundamente e radicalmente os meus padrões de comportamento. Continuo a fumar os meus 20 cigarros/dia, é certo, porque gosto muito deles e eles de mim, mas deixei de comer o que quer que seja com manteiga, óleo ou qualquer outra gordura – mau colesterol. Fritos, já eram. Carne, só de aves, pouca e cozida tipo a vapor. Legumes cozidos e esonsos ocuparam o lugar de estaladiças batatas fritas salgadinhas. Não como ovos, nem cozidos, nem estrelados, nem nada. Não há queijo, nem leite gordo. Iogurtes só magros, tal como o queijo fresco. Bolachas light – sem açúcar, sem sal e sem colesterol – que as há, e arroz basmati cozido sem tempero. Alhinho, com fartura, cebola, tomate e grandes saladas variadas e muitas sopas sem batata – que não faz mal ao colesterol mas ao rabo. E and nisto. Pior é que impinjo a dieta aos meus companheiros de estrada. O pai, que é magro, caminha para a anorexia aos 62 porque se sente bem ser o único prevaricador. A mana, aproveita a onda para delinear o michelinho que circunda a barriga, a mãe não se importa de tornear as curvas para o casamento que se avizinha. Bebo chás e vou ao celeiro. Peno muito em comida na onda – não posso comer. Sonho com alternativas que finjo simpáticas para me convencer. Já equacionei o hamburger de soja e a espetada de tofu.
Paro e penso: SE NAS PROXIMAS ANÁLISES ESTA PORRA NÃO TIVER BAIXADO JURO: ENFARDO-ME DE BATATAS FRITAS, CROQUETES E RISSÓIS. DE UMA LASANHA GORDUROSA E UM FONDUE DE QUEIJO. UM NACO NA PEDRA SALGADINHO E MEIO CRU, ESTUFADOS COM FARTURA, MARISCO – RIQUISSIMO EM COLESTROL – ATÉ MAIS NÃO E TRANCO-ME NO ARMÁRIO À ESPERA QUE ALGO ACONTEÇA.
Até aos 30 – e faço 28 dentro de um mês, tenho de resolver a minha vida.
4 comentários:
O marisco faz mal? Diz que é mentira pleeeeeeaaaaaaseeeeee! Diz que é mentira! Que fim de dia tão triste!
aposto q este comentario foi da feijoca : P o meu colesterol tb é hiper alto... n es caso unico...
Sim, o comentário foi meu. Sim sou dependente. Era capaz de viver sem aquelas coisas todas que estavam enumeradas no post. Mas sem mariscosssss, assim no plural, nunca.
À dona Valente, digo-lhe: o marisco é o meu escape. Seja lá o que isso for! Ehehehe
Enviar um comentário