quarta-feira, 30 de agosto de 2006

mais um

já deve estar ai a sair se não é que já saiu, mas queria partilhar: que tal uma revista mensal onde se fosse buscar o melhor dos blogs? Com imagens e textos, divididos em secções: tipo divertidos, femininos, sugestões, política etc... rankings etc? Se eu pudesse acho que seria um bom negócio... Enquanto penso neste e nos outros todos, vou andando entretida...

terça-feira, 29 de agosto de 2006

UMAS CHATAS

Esta fina exigência de querer sempre mais porque somos mulheres é coisa de civilização - pouco civilizada - machista.
Zangamo-nos porque não nos pegam nos sacos. Irritamo-nos se não nos presenteiam depois de uma ida ao estrangeiro. Dizemos que não a um vendedor de flores, que interrompe o nosso jantar a dois, com um fundo de vontade que ele saque da carteira e resolva oferecer-nos uma rosa. Dizemos "não faz mal" se ele não nos comprou o presente no dia de anos porque está cheio de trabalho, com a mágoa de ter tido tempo antes para o fazer. Procuramos a chave na carteira, entre escovas do cabelo, batons e sombras partidas que se cravam nas unhas, com uma pequena expectativa que ele abra a porta esperando que nós entremos primeiro. Insistimos para pagar a conta, mas no fundo queremos a prova da generosidade que pode estar num visa ou numa antecipação sorrateira.
Na verdade, concluo que somos umas dissimuladas, egocêntricas e gastadoras. Somos mimadas e parciais. Se nestes casos falham atiramos-lhes à cara, mas não nos coibimos de cobrar quando eles exigem a diferença por serem homens. Queremos beber cerveja e irritamo-nos por não terem paciência para ver 10 lojas em Centros Comerciais. Por não quererem beber café com uma amiga chata com problmas existênciais. Por gostarem de futebol mais do que de saldos. Por chatearem porque o nosso carro devia ir à revisão, ser limpo e andar sempre "no casco". Concluo, finalmente que nós somos mesmo aquilo que tantas vezes nos chamam: UMAS CHATAS!

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

depois da depressão...


um fim de tarde não em Itapoã, mas no caso, na Arrifana...

Reflexões

Há muitos anos que imagino alguns episódios da minha vida como episódios de séries femininas, de Beverly Hills, capítulos de Uma Aventura, dos Cinco, dos Sete, da Anita, ou mesmo da Flora (bonita... flooora).
Qualquer coisa que me aconteça, podia, num guião bem escrito, ser um epísodio de uma qualquer série. Pena tenho eu de não saber escrever guiões. Soubera eu e estava feliz, a provocar uma aventura aqui e a li para depois tranformar numa série onde me identificasse com uma qualquer actriz com mais 20 centrímetros do que eu, um palmo de mamas e cabelos bem tratados e minuciosamente esticados. Entretanto, vou contando pequenas aventuras neste meu blog e discorrendo sobre ideias de negócios para me divertir e ter a certza - comprovada - que me lembrei deles antes de existirem... pelo menos para mim.
O último episódio aconteceu na última sexta-feira, dia 25. Antes de seguir rumo ao Algarve encontro-me com um recente, mas importante amigo, que durante vários dias vai estar nas Américas. Partia no dia seguinte e por isso, fui com a minha irmã dar-lhe aquele abraço de despedida, boa sorte, boa viagem, não te constipes, agasalha-te, porta-te bem, etc etc etc. Entre uma coisa e outra chegou um vizinho, que pelos vistos é quiromântico- não se escreve assim, mas a coisa fica mais romântizada.
No finzinho desta incursão o meu amigo resolve pedir-lhe para confirmar aquilo que o destino teria traçado na minha mão. Estiquei a dita, a medo, e fiquei a ouvir a história mais infeliz de uma vida curta que se pode ter. Passo a sintetizar:
- Lixaste a tua vida aos 27. Nunca mais te endireitas. Interiorizaste muitas coisas e andaste próximo de grandes depressões. (fiz 28 há uma semana);
- Profissionlamente nunca te vais safar. Só puxada por alguém... és muito despistada.
"E filhos, e marido... dinheiro..???" perguntava eu na ânsia de encontrar algum resquício positivo nesta vidinha...
- Vejo que vais sofrer muito de ossos, problemas no corpo.
- Tiveste um grande amor que foi para o estrangeiro .
" E filhos?" Voltava eu...
- Para isso mandas uma f... sem preservativo.
" e algum dinheiro?"
- Só se fores para o estrangeiro. Agora, lixaste a tua vida aos 27 anos. Tens aqui um corte que lixa tudo.
Saí dali deprimidissima a pensar que me tramei, que a minha vida acabou porque no anos que passou fiz qualquer coisa que vai condicionar o meu futuro totalmente deixando-me na sepa torta. Fui até ao Algarve com a lagrimita no olho, obcecada com a ideia que nunca vou ser nada nem ninguém a não ser puxada por uma alma caridosa que me dê orientação. Tramei a minha vida - com responsabilidade de o er feito - sem ter dado por nada. Estive à beira de depressões sem o saber e esse foi o meu último ano de sorte.
As palavras daquela criatura deixaram-me em pânico e confesso que não me sairam da cabeça. Nunca acreditei nestas coisas e prefiro assim, mas se alguma coisa ele me fez pensar foi que tenho de mudar este destino sob pena de estar predestinada a coisa nenhuma...e onde ão enconntrarei possibilidade de superar a medicoridade do meu passado. Estou f.. tramada! Pulsos, ou Ponte??? Responde rápido!

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

7

Fiz 28 anos na segunda-feira, dia 21. Ando a pensar numa série de factores que me fazem começar a acreditar nas teorias alfa-numéricas de sorte e de azar: cada ciclo da nossa vida tem 7 anos. 7+7+7+7= 28. Deram-me, pela leitura das linhas da minha mão uma prazo de vida que ronda os 42: 7 x 6. Aos 21 tive o meu primeiro desgosto de amor. Aos 7 fui internada em Santa Maria. Aos 14 voltei lá por causa do meu rim. Regressei ao trabalho no dia 7 e comecei as férias no dia 28. Neste momento são 14h e 21 minutos. Se Plutão não for planeta e Vénus também não, passam a haver 7 planetas. Eu tenho 7 palmos de testa. Uma semana tem 7 dias. o ordenado cai no dia 28 e no dia 7 cai-me a conta do cartão de crédito. Aos 14 anos a minha vida teve mudanças substanciais. O meu pai participou num programa de TV chamado 70x7. Da minha casa à estação de Oeiras ida e volta são 7 km. A casa de Vila do Bispo tem o úumero 7 na porta. As eleições para Lisboa foram ganhas no dia 16 de Dezembro de 2004. Ora 16 = 1+6 = 7. Não serão coincidências a mais? Não é um bocado estranho? Esta frase tem 21 caracteres: não e um bocado estranho? Eu nasci no dia 21 do mês 08, do ano 78. Portanto: 21 é igual a 3 X7. Mês 8 - 7 dá 1. 78 + 1 = 79 = noves fora = 7.

ex.carros

Os carros e eu. Adoro dizer, com o meu acento sopa de massa que me acompanha desde a infância: “eu e os carros” muito rapidamente e dito tudo junto. Soa-me a “eu e o’scarros” e dá-me vontade de rir. Este é o típico trocadilho que me conhecem quem me conhece e que às vezes é divertido e outras vezes cansativo, mas não consigo despegar-me da piadita fácil em jogos de palavras.

Eu e os carros temos um problema. Em concreto, temos vários problemas. Vou relatar aqui, da forma mais sucinta que conseguir, o que me aconteceu num curto espaço de tempo - embora não saiba se se pode dizer espaço de tempo porque o tempo não ocupa espaço… nem o conhecimento...

Eixo Norte-Sul, sentido A8, Centro Midas:
Peço para me dizerem porque é que o meu carro não pega à primeira. Avisam-me que se deve tratar de falta de revisão. Com a conta a descoberto saco do Visa e pago a “promoção” mudança de óleo, filtro de ar, etc etc etc. Lavo o carro no sistema tipo “Elefantinho” e quando vou a pegar o meu Clio continua a tossir. Volto e combino fazer uma viagem ao sistema eléctrico. Dois dias depois regresso para essa profunda análise e dizem-me: tem erros, mas já os limpámos. O carro está óptimo.
Mas continua a tossir: 120 euros.

Vila do Bispo, dia 2 de Agosto:
Acende-se uma luz no tablier. À uma da manha vou com copos de água, pedidos em plena “Água Salgada”, onde o que mais circulam são vodkas e imperiais, encher o depósito de água do meu carro. Um Sr., chamado Pilas, amigo do meu amigo Fanan - a quem desde já faço uma homenagem à sua solicitude – avisa-me: “cheira-me que a junta da cabeça já era.”
No dia seguinte vou à Garagem de Vila do Bispo e fico a saber: sim, já era. 620 euros de arranjo.
PS: Já agora, trate-me lá dos riscos laterais….

Lisboa, 8 de Agosto:
Pego no carro da minha irmã, a porta do lado do condutor não abre. A chave roda sobre si mesma sem destrancar a viatura. A minha mãe revela: o carro da rua irmã fazia barulhos estranhos, tivemos de o levar aos mosqueteiros. Não tinha gota de óleo. A porta ficou assim… O arranjo custou: 150 euros.

Lisboa 10 de Agosto:
A Joana chega do Algarve com o meu Clio. Está novo. Sujo, mas novo. À tarde vai comparar o segundo vestido de noiva da nossa irmã que casa no dia 15. À saída do El Corte Inglês, levam uma batidela na traseira do Twingo, também azul. Chamam-me de emergência, depois de assumido o culpado para ir busca-las. Com o rabo desfigurado, o Twingo foi hoje conhecer o resultado da peritagem na Renault. Pelo menos ali, o arranjo é superior ao valor comercial… aproximadamente 3000 euros

Lisboa 18 de Agosto:
Indo eu na segunda circular a caminho do trabalho, o meu Clio deslaça, i.é, deixa de trabalhar. Encaminho-o para a berma e chamo a assistência. Foi a correia da distribuição que partiu. “Com um arranjo de 600 euros deviam ter-lhe trocado a correia. Não se percebe. Se fosse a si mandava-o para a mesma garagem para ser, por lá arranjado. Aqui, no mínimo vai aos 1000 e muitos euros….” conversa do Sr. da Assistência em viagens. Resultado, tarde toda a procurar reboques, a queixar-me à Garagem de Vila do Bispo, a perceber que um reboque leva 50 ctms ao Km, mais despesas de saída, mais portagens e o regresso a Lisboa. Total previsto: 400 euros. Negoceio com a assistência em viagens aproveitar o fluxo contrário de carros que regressam do Algarve com juntas queimadas e correias partidas e levar o meu para baixo. De tanto insistir lá consigo que me levem o meu por 150 euros - pagos, confirmados e faxeados.

Lisboa, 21 de Agosto: o eu dia de anos
Os recém casados seguiram na véspera para Lua de mel. Ficamos com o encargo de por na peritagem o pequeno Twingo, mandar o meu para o Algarve e, com tempo, arranjar a porta que nos obriga a uma entrada à três duques. Como faço anos resolvo almoçar na avó. Vou na carrinha Astra do casalinho que ma deixa em troca da promessa de arranjar o restante. Chego ao Alto de Santo Amaro, onde me aguardava delicioso almoço e bolo de anos, e acende-se uma luz no tablier: bateria. A direcção prende. À saída, dirijo-me a uma garagem foleira para uma recarga de bateria… qual quê! É o alternador. Não há óleo de direcção e o alternador está queimado. Vá até casa e ponha-o a arranjar, avisam-me. Consigo que o electricista da minha rua o arranje. 400 euros por um alternador novo, facturado e duas horas de mão de obra, mal cobradas.

Lisboa, 22 de Agosto: pós dia de anos

Fico com o carro da Joana, o da-entrada-à-três-duques. Resolvo sanar a tristeza com um jantar fora. No regresso a casa o carro pára. Deixo-o descair, na Rua das Trinas, para a porta da Embaixada Francesa. Uma luz acende e vejo no rosto do Bernardo uma certa preocupação: pode ser que seja só gasolina, diz-me, temendo o pior. Vamos à bomba da BP em Belém , a única aberta. Sou Fábrica obrigada a comprar um depósito de 5 litros, que me custa 10 euros, mais cinco para o próprio do combustível.

Face a isto, pergunto: será meu o problema? terá a ver com a fracofonia? Reanult, francesa, cunhado, francês, embaixada, de frança, Tablier, palavra fancesa....

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

rectificação

Talvez seja por se tratar de uma casa no Lumiar, que abastece o tão afamado Parque Europa ou por ter se tratado de uma opção experimental, ou simplesmente porque o departamento de marketing assim o quis, a verdade é que descobri que noutros Pingo Doce, nomeadamente no do Centro Comercial Palmeiras, os sacos ainda são gratuitos e oferecidos à quantidade tradicional: muito cheios, mal cheios ou peça única... enfim, peço decsulpas por ter lançado um falso alarme.
obrigada

casamentos


Casar uma irmã não é facto que aconteça várias vezes na vida, sobretudo de filhos únicos. No meu caso espero que me aconteça duas vezes apenas, e que essas se distribuam por duas irmãs distintas. A somar ao meu eventual casamento, a coisa parece multiplicar-se e ganhar uma cadência maior.
Adoro casamentos, não fora eu vaidosa suficiente para, mesmo sem cheta, tentar a tão almejada transformação de gata borralheira em princesa. É obvio que o principal reside no cabeleireiro e na maquilhagem, mas o trapo também é crucial.
Este ano fui a tantos casamentos quantos os dedos da palma de uma mão – um belíssimo record que revela que a minha geração está mortinha por dar o nó – na esperança de não se desatar.
O casamento da minha irmã mais velha – 3 anos mais velha que eu foi muito emocionante , cansativo e atrever-me-ia a dizer divertido. Adorei ver o pai Álvaro a iniciar a valsa, a mãe Céu a agradecer em francês a presença dos gauleses, o Simão no colo do Bernardo, a Joana a perder-se em vinho tinto, a Suzete a afinar-se para as fotos, a MJ a cintilar em brilhantes aqui e ali espalhados, a Nunes cheia de classe, a Carlete a assumir o baby-sitting assessorada pelo seu Gonçalo, o avô Agostinho a comunicar com os franceses, com uma velha história de ter conseguido em Paris comprar comida num talho sem saber dizer mais do que Bonjour, a avó Laura a resistir à dança, a tia graça numa elegância Tintoretto, a Graça prima a animar a festa, a vergonhinha da Madalena, o Tristan sem Isolda, o Charles a picar fotos, o gang “catálogo Máximo Dutti” vulgo – João, Pedro, Miguel, Tiago, João Pedro, Pedro Rodrigues, Ricardo – a tentar embebedar os franceses mais pecanitos, o Alan de sorriso de orelha a orelha, a Anne Marie que pela sua simpatia seduz toda a sala, os tios e tias franceses, os outros tios portugueses, a cerimónia civil e as testemunhas, que podiam ser jeovás e ninguém iria saber, o Tio Carlos entoando os putos, a Adélia contacteante, o Nísio, o Artur, a Fernanda, a Felipa, o Zé, o Lourenço e o Marc (que memórias cheias de saudades), o Tio Nel a fotografar as sobrinhas que tem e que gostava de ter, a Inez que me faz ter vaidade de sair aos Matos, enfim, tanta gente que não vou dizer todos um a um. O que verdadeiramente mais gostei de ver foi a minha mana Rita que, como alguém lhe disse, parecia uma virgem, e o meu novo irmão, que já era, e agora ainda é mais, Samuel. Estou contente e mais ainda porque recebi o IRS…
Abraços

eu e o baby...

branco mais branco...


dificilmente...

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Pingo Doce... esta semana

este post vem com atraso porque estou a terminar a jornada e ceia de trabalho, mas não poderia deixar de partilhar algo que me indignou profundamente: o Pingo Doce está a cobrar 2 cêntimos por saco de plático. Chama-se agora : SACO ECOLÓGICO - REUTILIZÁVEL - mas a mim não me enganam. Como é que um saco de pla´stico é ecológico. se eu comprar 10 e utilizar para os habituais fins - forrar o caixote do lixo- a única diferença do que acontecia no passado é que dou mais 20 cêntimos ao Pingo Doce "sempre a baixar preços" e não compactuo com essa bandeira onde cabem todas as trafulhices do Reciclável, Reutilizável e Renovavel.
Acredito nalguma scoisas, agora em sacos de plástico?? Give me a break

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Topas?


Imagine-se. Pediam-me uma tosta, e eu morta de fome....com fim certo à vista

andrajosas


Reza a tradição que em ambiente descontraído se evitem as maquilhagens, a produção. Eu diria que isso não é um facto, mas provavelmente uma precepção masculina à qual passa despercebido o negligé, mais ou menos estudado.

Assumo, ponho blush por cima de um bronzeado, porque senão fico monhé - nada contra a raça, mas prefiro fazer sobressair, mais que não seja, as bochechas, vulgo maçãs do rosto.

Uso esponginhas e penso se a cor da roupa me fica bem, e eventualmente faz sobressair os olhos. Ponho gloss, ainda que de chinelo no pé e uso o lenço mais apropriado. Não sou obcecada pela estética, prefiro a ética, mas dando a mão à palmatória - como quem dá a uma Palmira, Zulmira, ou Sandrinha - assumo que aprecio a condição feminina e, nessa mesma condição com a vaidade que a mais pelintra hippie dissimule, digo que seja qual for a situação, com mais ou menos material, eu produzo-me e gosto mais de me ver produzida do que por produzir. Devia ter sido produtora....

best of

we are family...
obession - de lâncome???

cagadelas

Voltando ainda às férias. Há um sentimento inequívoco de pertença a quem tem casa num spot, seja ele mais ou menos lighted! Assim se perdoa o tupperware com salada de atum e os garfos de plástico, a lancheira que aguenta qualquer calor com pêssegos melados, as garrafas de água da torneira com rótulo a cair.
Se há uns anos tinha, hoje não tenho qualquer pudor em montar o chapéu e por baixo dele sentar-me a devorar saladas salgadas pela água dos meus cabelos depois de um banho cansativo, ou de um passeio “mata celulite”. Assumo que não gosto, francamente, do passeio, mas obrigo-me ao sacrifício na esperança de me devolver os 16 anos e o rabo rijo que em tempos perdi. Não o encontro de maneira nenhuma…
Esta fotografia não parece espontânea, nem é. Falta uma da meninas, ou “mulherzinhas”, que estaria debaixo do dito chapéu a lamentar-se os contrangimentos intestinais provocados pelo afastamento de casa. Acontece a quase todas, menos a mim que “cago para isso”. Esta foi outra das matérias diariamente abordadas: quem caga, quando caga, como caga. A forma, a cor, a quantidade. O número de vezes, a textura, o tempo que demora… enfim, tanto a dizer sobre este assunto.

mais babes


Mais uma para a memória. Esta fez parte do "durante a semana" e no mesmo dia meteu Topas até bem tarde. Dia em que torci um pé que me obrigou a desinflama-lo com pomadinhas. Dia em que queimei a junta da cebça porque água não tinha ali. Dia em que os Bernardos foram a Loures, e a Di me disse. Dia de uma cordoama cheia de raquetas. enfim, dias... não sao dias....

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

tão lindas....


...as praias da costa vicentina, onde se econtram novos movimentos urbanos.
Um êxodo temporário, maioritariamente nómada, de grupetas inflamadas de brilhantes e côres, mistas, heterogéneas - ou não - onde as faces queimadas faze sobressair dentes possivelmente até amarelos.
O Fim de tarde na Cordoama, na Arrifana, no Zavial, no Amado, em Aljezur, no Túnel, na Mareta, no Beliche, no Castelejo, na Amurração... enfim em qualquer praia desta costa, é absolutamente extraordinário.... diria "falo por mim", mas seria acusada de redundâcia porque ao falar de uma forma opiniosa sem atribuir a ninguém falaria exactamente por mim, e a suzete não perdoa estas coisas. Assim, por respeito a ela e à lingua portuguesa, falo por todas, pelas que estão na fotografia e pals que não coiberam. Pelas que entretanto chegaram e pelos seus mais que tudo que ficaram de fora, mas estao sempre lá, pelo menos nos corações. Falo pelo Joquaim da Barbearia, pela Paula do café, pela Graça e pelo António da Oficina, pelo Rui da Conservatória, pelo Nelson do Dromedário, pela mal disposta de cabelo laranja do Careca, pelo coxo marceneiro, pela vizinha Henriqueta que grita numa só voz: mataram-a! em sotaque algarvio genuíno, daqueles que só a idade mantém.
Cá vai um bocadinho, quase espntâneo, de pôr-do-sol....



E as baleias....

tudo para dizer que longe da minha irmã meu coração fica partido...

e em sua honra e numa ligeira, mas sincera, homenagem às gargalhadas destas férias, muito potenciadas pela presença de dois forasteiros que aparentam quebrar, encher, preencher ou vir a fazer exactamente isso a senhoras das minhas lides, cá vai uma música que ainda ontem, estranha carneirada, entoou com a ajuda do Anacleto na Doca de Lagos, que é como quem diz "Legos".
Foi o Nuno, que não é apenas filho, mas também neto e como diria a minha avó: "Filho és, pai serás..." e eu cá arescentaria: "Log'quela queira!!!!!!"

Cá vai: Um clássico do REI, caros leitores:

Não é possivel que voce suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento

Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e a fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão

Como é possível que voce tenha coragem
De não deixar nascer a vida que se faz
Em outra vida que sem ter lugar seguro
Te pede a chance de existência no futuro
Mudar seu rumo e procurar seus sentimentos
Vai te fazer um verdadeiro vencedor
Ainda é tempo de ouvir a voz dos ventos

Isto é lindo! ÃOooooo

de volta a casa?!!!???

Quem nunca teve um poster, postal, cartão, boneco dos Forever Friends? Eu tinha um poster gigante sobre a minha cama que rezava o seguinte: "Home is where the heart is". Estas "paneleirices" na altura eram designadas de "coisinhas queridas".
Faziam parte do leque côr de pastel de objectos, cheiros e formas "fôfos". Coisinhas queridas eram folhas de carta com cheiro, borrachas em forma de piano, urso ou casinha.
Apára-lápis que não cabiam nos estojos de lata, porque se enterravam nas saias de uma bailarina.
Eram PIN&PONS, Barriguitas, cavalinhos com grinaldas, canetas com formato de chupa-chupa que pedurávamos despudoradamente ao peito, ainda de menina. Esta frase, que tantas vezes deitada na cama li, "Home is where the heart is" ficou gravada na minha memória e quando oiço a palavra Home, lembro-me logo do resto.
Voltar a casa depois de umas férias que pouco souberam a férias, mas muito bem souberam é no mínimo estranho, sobretudo quando no nosso coração casa são pessoas e espaços distintos. um pouco do meu coração ficou lá, na outra casa que também é minha. Muito do meu coração está nesta casa, ou em várias das de cá. Não se leia aqui qualquer lado materialista. As casas são pessoas e casas e casas há muitas... seu palerma.