sexta-feira, 25 de agosto de 2006

ex.carros

Os carros e eu. Adoro dizer, com o meu acento sopa de massa que me acompanha desde a infância: “eu e os carros” muito rapidamente e dito tudo junto. Soa-me a “eu e o’scarros” e dá-me vontade de rir. Este é o típico trocadilho que me conhecem quem me conhece e que às vezes é divertido e outras vezes cansativo, mas não consigo despegar-me da piadita fácil em jogos de palavras.

Eu e os carros temos um problema. Em concreto, temos vários problemas. Vou relatar aqui, da forma mais sucinta que conseguir, o que me aconteceu num curto espaço de tempo - embora não saiba se se pode dizer espaço de tempo porque o tempo não ocupa espaço… nem o conhecimento...

Eixo Norte-Sul, sentido A8, Centro Midas:
Peço para me dizerem porque é que o meu carro não pega à primeira. Avisam-me que se deve tratar de falta de revisão. Com a conta a descoberto saco do Visa e pago a “promoção” mudança de óleo, filtro de ar, etc etc etc. Lavo o carro no sistema tipo “Elefantinho” e quando vou a pegar o meu Clio continua a tossir. Volto e combino fazer uma viagem ao sistema eléctrico. Dois dias depois regresso para essa profunda análise e dizem-me: tem erros, mas já os limpámos. O carro está óptimo.
Mas continua a tossir: 120 euros.

Vila do Bispo, dia 2 de Agosto:
Acende-se uma luz no tablier. À uma da manha vou com copos de água, pedidos em plena “Água Salgada”, onde o que mais circulam são vodkas e imperiais, encher o depósito de água do meu carro. Um Sr., chamado Pilas, amigo do meu amigo Fanan - a quem desde já faço uma homenagem à sua solicitude – avisa-me: “cheira-me que a junta da cabeça já era.”
No dia seguinte vou à Garagem de Vila do Bispo e fico a saber: sim, já era. 620 euros de arranjo.
PS: Já agora, trate-me lá dos riscos laterais….

Lisboa, 8 de Agosto:
Pego no carro da minha irmã, a porta do lado do condutor não abre. A chave roda sobre si mesma sem destrancar a viatura. A minha mãe revela: o carro da rua irmã fazia barulhos estranhos, tivemos de o levar aos mosqueteiros. Não tinha gota de óleo. A porta ficou assim… O arranjo custou: 150 euros.

Lisboa 10 de Agosto:
A Joana chega do Algarve com o meu Clio. Está novo. Sujo, mas novo. À tarde vai comparar o segundo vestido de noiva da nossa irmã que casa no dia 15. À saída do El Corte Inglês, levam uma batidela na traseira do Twingo, também azul. Chamam-me de emergência, depois de assumido o culpado para ir busca-las. Com o rabo desfigurado, o Twingo foi hoje conhecer o resultado da peritagem na Renault. Pelo menos ali, o arranjo é superior ao valor comercial… aproximadamente 3000 euros

Lisboa 18 de Agosto:
Indo eu na segunda circular a caminho do trabalho, o meu Clio deslaça, i.é, deixa de trabalhar. Encaminho-o para a berma e chamo a assistência. Foi a correia da distribuição que partiu. “Com um arranjo de 600 euros deviam ter-lhe trocado a correia. Não se percebe. Se fosse a si mandava-o para a mesma garagem para ser, por lá arranjado. Aqui, no mínimo vai aos 1000 e muitos euros….” conversa do Sr. da Assistência em viagens. Resultado, tarde toda a procurar reboques, a queixar-me à Garagem de Vila do Bispo, a perceber que um reboque leva 50 ctms ao Km, mais despesas de saída, mais portagens e o regresso a Lisboa. Total previsto: 400 euros. Negoceio com a assistência em viagens aproveitar o fluxo contrário de carros que regressam do Algarve com juntas queimadas e correias partidas e levar o meu para baixo. De tanto insistir lá consigo que me levem o meu por 150 euros - pagos, confirmados e faxeados.

Lisboa, 21 de Agosto: o eu dia de anos
Os recém casados seguiram na véspera para Lua de mel. Ficamos com o encargo de por na peritagem o pequeno Twingo, mandar o meu para o Algarve e, com tempo, arranjar a porta que nos obriga a uma entrada à três duques. Como faço anos resolvo almoçar na avó. Vou na carrinha Astra do casalinho que ma deixa em troca da promessa de arranjar o restante. Chego ao Alto de Santo Amaro, onde me aguardava delicioso almoço e bolo de anos, e acende-se uma luz no tablier: bateria. A direcção prende. À saída, dirijo-me a uma garagem foleira para uma recarga de bateria… qual quê! É o alternador. Não há óleo de direcção e o alternador está queimado. Vá até casa e ponha-o a arranjar, avisam-me. Consigo que o electricista da minha rua o arranje. 400 euros por um alternador novo, facturado e duas horas de mão de obra, mal cobradas.

Lisboa, 22 de Agosto: pós dia de anos

Fico com o carro da Joana, o da-entrada-à-três-duques. Resolvo sanar a tristeza com um jantar fora. No regresso a casa o carro pára. Deixo-o descair, na Rua das Trinas, para a porta da Embaixada Francesa. Uma luz acende e vejo no rosto do Bernardo uma certa preocupação: pode ser que seja só gasolina, diz-me, temendo o pior. Vamos à bomba da BP em Belém , a única aberta. Sou Fábrica obrigada a comprar um depósito de 5 litros, que me custa 10 euros, mais cinco para o próprio do combustível.

Face a isto, pergunto: será meu o problema? terá a ver com a fracofonia? Reanult, francesa, cunhado, francês, embaixada, de frança, Tablier, palavra fancesa....

2 comentários:

Sisters Trend disse...

Beeeem!!
Assim que puderes compra é um novo!!
Bjokas

Rita disse...

Meu Deus, que maré de azar....