sexta-feira, 2 de março de 2007

Filmes...


Entre bons filmes e maus filmes vou deambulando na minha fase mais cinéfila possível. Estou doente por filmes e entre estes, entregas de Óscares, block bostas, multas de atrasos e críticas e procuras na net por mais informações... Não me sinto mais culta mas mais informada com algum medo, confesso, de deixar cair o meu consciente na ficção. Acontece-me de vez em quando e tema que seja sinónimo de deslize para a loucura. Por exemplo, ao ver um Dr. House imagino o meu corpo por dentro...que temo que esteja infectado, que esteja carcomido... enfim, mas vou-me divertindo e obcecando...
No filme principal que diariamente assisto a uma sequela sou apenas figurante. Assisto quase passivamente a um filme que diria um misto de hitchcok com Alejandro González Iñárritu. O primeiro cria suspense até ao último minuto, misturando, por vezes malícia e perversidade. O segundo tem várias histórias em simultâneo que juntas dão-nos uma visão holística da realidade. Não posso adivinhar o fim desta história que esta a ficar cada vez mais macabra. Não é uma novela da globo onde possa ler num site brasileiro os próximos capítulos, mas a minha intuição, que geralmente me oferece um pouco mais do que o óbvio, não me dá pistas concretas. Sei que na trama, quem se trama são os figurantes. Os danos são colaterais - como no Match Point tão bem disse Chris Wilton (Jonathan Rhys Meyers) e por vezes justificam-se em função de um objectivo superior. Tal como na guerra, na tela - nesta tela especificamente - não tenho grandes dúvidas que os personagens principais vão acabar bem. Já quanto a nós, que somos tantos, que participamos menos, seremos certamente aqueles que apanharão as balas e darão o corpo para salvar os outros, porque alguém tem de sair bem...
Só o realizador pode mandar o argumentista mudar o caminho e... há sempre excepções...

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