quarta-feira, 16 de junho de 2004

POOOOORTUGALLLLLLL....

A praia estava óptima, mas nem o sol que, com o sal me arrepiava a pele das maçãs do rosto, consegui resistir a larga a areia escaldante ás 16 horas. Portugal estava á minha espera e eu sabia que era importante o meu contributo verde e vermelho. (encarnado, se preferirem!) Sem bilhetes para um espectáculo que também é de rua, não precisei de ir longe para participar. A festa foi em cada canto, mas as ruas estavam desertas. À hora, em ponto, não haviam carros a andar, nem pessoas nas ruas, nem gente na praia, nem passeios com ciclistas. Tudo em frente a um écran, porque o jogo acontecia no Norte.
Bandeiras esvoaçavam nas janelas. Eu vesti-me a preceito, como se de um baile de máscaras se tratasse.
Em frente ao «écran gigante» cujo reflexo do sol fazia desvanecer a imagem, sentamo-nos em filinha indiana. Faltava o copo cheio, cigarros e no intervalo uma bifana no pão. Faltavam golos, e «urras», «boa», «vai lá». estremecemos várias vezes e soltamos uma gargalhada com um sonoro «Figo de uma puta, marca o goooolo». Não marcou, mas s honra ficou quase limpa com o pequeno Ronaldo a fazer das suas.
Saímos, de cabeça erguida, não fossem os últimos minutos sequências de desafortunados remates. Os quatro copos de cerveja e os cigarros cravados à polícia de choque, mais atenta ao écran do que à assistência foram suficientes para «instalarem» um sorriso maquinal na minha cara, queimada pelo sol que continuou a insistir, entretanto, nas costas.
Nem tudo está perdido, haja esperança....

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