sexta-feira, 11 de novembro de 2005

livros

Escolher livros sempre foi para mim um problema. Entro numa livraria e perco-me com os títulos que me apetece ter e aqueles que me apetece ler. Geralmente os que me apetece ter são mais romanceados, são clássicos onde me retive horas enquanto estudante. Os que me apetece ler são livros técnicos de sociologia política, autobiografias, história de Portugal, história contemporânea, ensaios e discursos para o país e para o mundo. É estranho este apetite que acaba por me confundir. Geralmente compro uns que quero ler e outros que quero ter e acabo por acumula-los na mesa de cabeceira à espera do dia em que tenha tempo para abrir um deles. Como homem com amante, acabo por ceder à sedução do New Courrier, ou de uma revista de um semanário qualquer e fico-me por ali. Não tenho tempo para leituras que antes sorvia no comboio, nem guardo tempo para leituras que troco para filmes. È mais fácil, e permite-me estar mais confortável.
Ás vezes, às duas da manhã, dá-me uma vontade súbita de ler. Fiz isso há dias, e agarrei num dos que são para ler – ensaios de Vaclav Havel. Três parágrafos depois estava a dormir profundamente. Tenho de escrever um...

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