Tentativa de Conversa
Narrador
Ela – irrita-me as conversas dos homens que acham que somos todas burras. Que servimos para - encolhe os ombros – para o que servimos. Eu por exemplo sou gira, sou alta e sou uma excelente profissional.
Ele - Sim, mas dás nas vistas porque és gira. Aliás, até acho que dás mais nas vistas porque és loura.
Ela – Loura não, isto são madeixas. – ar indignado.
Ele – E vêm com estas explicações pseudo-científicas que tentam provar que não são burras. Que não são burras? Bem, nem todas são burras. Eu, por exemplo já conheci várias que não são burras, mas na maioria dos casos são feias, morenas ou velhas.
Ela – Que parvoíce. Essa não é uma teoria, é uma anti-teoria. Não há ponta por onde se lhe pegue. No meu caso, por exemplo, o que é que dirias? Que sou feia? Que sou gira? Que sou burra? Que sou loura?
Ele – No teu caso não digo nada, porque gosto de ti como és.
Ela – Isso não é resposta. Diz lá (a começar a enfurecer)
Ele – Digo que te amo… chega amorzinho… (tentar ser carinhoso)
Ela – Não, não chega.
Ele - Digo que és uma morena loura, esperta e gira.
Ela – Oh, és sempre a mesma coisa, quando vês que as tuas teses não têm justificação desistes…. Mas também já me está a chatear esta conversa. Não quero falar mais nisto. Agora explica lá aquela conversa das várias mulheres inteligentes que conheceste. Quem eram?
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