sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

A despedida MB

Amigos, amigas, estimados clientes, utentes, companheiros , and so ión, ando so ión...
Este poderia ser um manifesto político-partidário, ou um escrito de casa de banho, ou uma nota num papel de mesa - que a minha irmã tanto aprecia - ou uma página de um diário, ou outra coisa qualquer. Não é. Preparem-se. Sentem-se e prestem atenção, estimados visitantes - se é que alguém consegue aguentar este tipo de conversa - Vai dar molho! (tenho esperança que com esta tenham ficado). Estamos a falar do finzinho de 2005 ( gostaram fofinhos?) e perguntam-se, finzinho porquê? Porque estamos no último dia do mês, dahhh!?! E eu não iria para Sagres - e tanto há para dizer de Sagres - sem deixar aqui o meu tributo, imagine-se - a mim mesma. Sim, a mim mesma que na verdade sou quem escreve, quem lê, quem corrige, ou não e quem disfruta deste lindo poder que é partilhar.
Bom, vou para sagres dentro de algumas horas e levo no bolso um livro que a minha irmã tem no quarto sobre as resoluções para o ano 2000. Acho que são intemporais e estarmos a passar para 2005 dá no mesmo. Saúde, sorte, alegria, trabalho, dinheiro, amigos e blá blá blá... Não vou falar disso agora para não deprimir antes de tempo, guardo isso para a viagem onde vou ter quatro companheiras de estrada e três desta vida para embirrar, mas tenho algumas coisas para dizer... senão... rebento.
Se este ano foi mau, prevejo o pior para o próximo. Se este ano foi de ilusões, o próximo só pode ser a brincar, pura ficção, se este ano foi de desatres, o próximo só pode ser de falências, se este ano foi de desilusões, o próximo só pode ser de fugas. Valha-nos o Bolinhas, que vem a caminho. a próxima Niki, que chega no sábado.
Mas este ano não foi mau. Por acaso até nem foi. À execpção dos muitos cabelos brancos que se espetaram no "cucuruto" da minha carapinha, até foi muito bom. As coisas que eu fiz, que vivi, as coisas que eu e o meu Joanete - e só sabe quem conhece - conseguimos, a casinha de Vila do Bispo, as nossas poupanças, o meu emprego, o Contacto dela sei laá, margarida Rebelo Pinto! tantas coisas boas. Nasceu a Madalena, o bolinhas também já vem a caminho e a mana Rita tá para ficar. Livrei-me de uma relação doentia, que afinal era a brincar, não lutei por quem achava que valia a pena lutar mas que nunca tive coragem para o fazer, e tudo isso é obra do destino. Acho mesmo que é Deus a escrever por linhas tortas ou eu a escrever torto nas linhas. Este ano usei três aparelhos em simultâneo, já me livrei de dois e os meus dentes andaram 2 milímetros. Foi mau, queres ver? Comprei um Clio - que até acho bimbito - essencial para o andamento da minha vida. Mudei de inquilinos ilegais, quer dizer: e são legais; Mudei de emprego e tenho, de mim para mim, a ideia que tão alto não vou conseguir tão cedo - só na Deloitte, nas Torres de Lisboa. Terminei a inscrição no Holmes - finalmente- e inscrevi-me numa Pós Graduação que não consigo ir às aulas e estou contente com esta vidinha. O ano não foi mau! Ou, pelo menos, não foi péssimo. E se, como a Joana diz, o melhor de 2004 for o pior de 2005, então que venha lá esse ano novo. Uma coisa é certa, tudo vai mudar, ou não me chamo eu Maria Barreiro. E chamo mesmo. Ou Maria Alves, and so ión, and so ión...
Portanto, volto em breve para contar o que mudou. Mi aguardem!
MB (muita boa!)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

anti-Diário

Não aguento. Se não disser rebento. Amordaçem-me ou conto tudo. Se eu dissesse tudo o que me passa pela cabeça...
Falemos de cinema. Acabei de ver um filme chamado «O Diário da nossa Paixão» e tenho alguma curiosidade em saber se é baseado numa história real, ou não. Não foi a minha primeira escolha. Ia ver o o «Diário de che»?!? Creio que não é esse o nome mas com tanto diário, da Bridget, da Anne Frank, de Adrien Moll, da nossa paixão, que neste momento todos me aprecem diários em vez de filme.
Deixou-me bastante deprimida o final. Priemiro, porque é explícito logo a meio, antes mesmo do meio do filme, o que de alguma forma tira logo o suspense. Pior que tudo isso, é que a lição que nos dá, a nós, ferozes crentes no amor, é que Ele vence sempre. E se vence sempre já agora que acabe em harmonia. Não. Tinham de estragar tudo com a infelicidade de não haver um milagre, típico de uma ficção light - bem ao estilo telefilme de Domingo - que até dava gosto ao espectador. Em vez disso estragaram a história pela originalidade que quiseram por muito ao tipo "let's keep it this way " aproximado da vida real. Para dar realidade tinham posto aquele homem bonito a dar um pum, ou ela a desviar a cara quando ele lhe deu um beijo pela manhã, porque o mau hálito ao acordar é, meus amigos lamento dizer-vos UNIVERSAL e INTEMPORAL! Ou quem sabe outro traço da "real life" que não nos obrigasse a ficar com pena de tudo acabar "quase bem" e não totalmente bem.
Se virem o filme, digam-me só se não concordam. Já que há casos que nos fazem acreditar que o amor vence tudo, já agora que tenham finais felizes e perfeitos.

Mary, christmas!

Mary,
Escrevi porque estou com saudades tuas, das nossas graçolas, das nossas piadolas, das nossas larachas e coisa e tal! A gente já não se vê há um tempo, nem sei bem há quanto, mas há um porradão dele. Perguntas-me o que tenho andado a fazer? Pois é, acertaste como sempre, é isso mesmo, mais coisa menos coisa, tenho mantido na forma do costume. Se a malta cá veio. Bom, vai vindo não é! É conforme. Às vezes sim, às vezes não, volta não volta aparece, mais uns que outros... mas não me queixo. Se me queixasse também quem não aparecia era eu, com este problemas todos, e as coisas a acontecer e a gente a olhar e é vê-los passar. E por falar em passar isto passa é tudo a correr, vê tu lá que inda ontem era tudo novo e como a gente se pôs! Passa depressa sem a gente dar por ela, é como o outro, mas a mim dá-me igual. Bom não te maço com mais novidades, desculpa qualquer coisinha e um abraço para todos.
Ps: Desculpa aí se me esqueci de alguém, mas é a tal coisa... enfim, felicidades.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

Jokinhas, Jinhos e Jokas

Há expressões que escritas têm um impacto totalmente diferente de dita. Por exemplo: “Jokas lindona”!
Hoje não me sai da cabeça a expressão “Jokas Lindona” e tenho feito de tudo para criar oportunidades para a utilizar.
Pior! Suspeito que da maioria das vezes que a emprego, os interlocutores têm mesmo acreditado que a utilizo normalmente.
Não utilizo. Arrepiam-me os “Jinhos”, as “Jokas”, as “Jokinhas”. Como também me arrepiam os diminutivozinhos - exemplo: “Fofinha! Coisinha, dá ai um jeitinho!” ou “Já preparei o jantarinho e agora falta temperar a saladinha”. Ou “Que camisinha tão queridinha”.
Irritam-me porque me irritam, sem razão específica, apenas porque sim. Mas há outra razão para evitar usá-los. Por exemplo se estivermos a falar com alguém cujo nome acabe como diminutivo – e volto eu ao meu querido Agostinho – essa mania do "inho" cairia no ridículo. Para parecer mais queridinha, como as lindonas desta vida, teria de trata-lo por Agostinhozinho. E já agora, num cenário de intimidade imagine-se dizer, “Chega para lá essa pilinhazinha, seu malandrinho.” Deprimente. E deprimente, sobretudo, para ele, porque o desgraçado sentiria que o tamanho não seria o seu forte e que ela estaria com a cabeça num “arroz malandrinho”, quiçá a acompanhar “jaquinzinhos” ou melhor “jaquinzinhinhos”.
Mas voltando ao meu dia, se me irrita ouvir da boca dos outros, estou fascinada com a utilização abusiva das expressões. Mensagens, telefonemas, conversas, em todas as situações possíveis tenho aproveitado para dizer: Jinhos Lindinho, Jokas lindão ou Jokinhas lindona! E confesso: SABE-ME BEM! É como um acto de rebeldia. Imagino que o efeito para mim seja o mesmo que para uma freira a dizer asneiras, ou uma virgem dizer orgasmo, ou a minha mãe dizer merda!
Não sei o que é que me vai acontecer. É possível que isto seja o início de um processo que desemboque em loucura, mas para já vou aproveitando ara me satisfazer, gulosa!
Jinhos, Jinhos e jokas lindões! E já agora fique a saber que ele é um porreirinho, muito fixe, tá? jnhs

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

Jantares de Natal

Ai jasussss! Diria o meu rico avozinho, homem do Norte, um tipo com sorte! Não consorte – esse é o Zé e é de Castelo Branco. O meu Agostinho ficava nervoso se soubesse que numa semana ia sentar o seu rabito, branco e molinho, da idade, em quatro cadeiras de restaurantes diferentes.
Eu, pelo contrário, fico histérica a pensar nos pelo menos quatro presentes de 5 euritos que me vão calhar nas várias trocas de presentes.
Fico satisfeita por reencontrar as mesmas pessoas com as quais passo a maior parte dos meus dias. Estes jantares são invariavelmente organizados pela malta do 12º ano, pela malta da faculdade, pela malta da rua, pelas amigas do ballet, pelos amigos do fim de ano, pelo pessoal da pós graduação, pelos colegas de trabalho, pelos colegas do antigo trabalho e pelos amigos do workshop de fotografia. Depois há os almoços, que geralmente são com as melhores amigas do trabalho, com as melhores amigas da ginástica, com os melhores amigos do liceu, com os melhores amigos da pós graduação e com os ainda amigos de infância.
Restam ainda os cafés, quando não podemos ir aos restantes jantares - porque calham sempre em cima dos jantares marcados mais cedo: com os melhores amigos do namorado, com os melhores amigos da irmã, com a família do namorado, com o lato grupo de amigos dos pais, com os tios que não vão estar connosco no Natal, com uma amiga que aproveita a ocasião para inaugurar a nova casa, ou outra que já revelou as fotografias do casamento ou outro qualquer que agora não me lembro.
Em todos eles convém levar «qualquer coisita». Não precisa ser nada de especial, mas uma lembrança unisexo, entre os 3,5 € e 10€ é essencial. Não vá o diabo tece-las e ficarmos com «o-rabo-entre-as pernas» quando alguém sacar do saco mágico e disser: Tenho uma coisita para ti! Não é nada de especial, é só uma lembrançazita!
Também em todos esses momentos convém levar o estômago mais ou menos vazio, porque, de uma forma geral que m os preparar, ou escolhe locais onde se serve bem, ou faz em casa onde se come ainda melhor!
Finalmente considero aconselhável guardar algumas remessas de euros para estas últimas semanas, imediatamente anteriores à quadra – não sei porque se chama quadra e se alguém souber agradecia que me informasse - porque elas razões acima indicadas, mesmo quando não se consegue ir ao jantar, a conta pode calhar-nos…parcialmente!
Já no ano novo, podemos esfregar as mãos de contentes com o telemóvel a gritar de minuto em minuto, estranhos hieróglifos a desejar Feliz Ano Novo e a tentar montar uma imagem de uma árvore de natal ou fogo de artifício… isso mesmo, artificio. Valha-nos o fogo quentinho da lareira, os pais, as manas, a Laura e o meu Agostinho!

Net net santa...net!

É a melhor forma de fazer de conta que escrevo para uma audiência certa, que, presumivelmente até me lê, mas não ainda não cheguei ao estatuto Pacheco Pereira... "Mi aguardém". "Cheguei, pra conquistar o mundoooo! a vida é assim, e nunca é djimais e o qui você falô, não vali mais nádá! Pega, brinca leva qui é dji gráça...". Não está mal escrito, mas a ideia é que se eia em brasileiro.Heloooou! É uma músicaa!!!
Voltando ao início, ao propósito que me trás aqui, ultimamente recorrentemente - e peço desculpa pelos advérbios - queria só dizer 3 coisas: (Tipo Paulo Portas)
1. Ninguém vê a minha cara, sabe quem sou e, se souber, tant mieux. Faço-o de espontânea vontade e não sob qualquer tipo de pressão - salvo a dos leitores, público maravilhoso!!!
2. Não tenho qualquer tipo de imposição editorial. Eu própria crio a minha linha, meço os meus passos e demoro o tempo que quero a tomar as minhas decisões. Não faço promessas... da tanga ou mesmo sem ela, e imagino-me a passar férias pagas numa ilha paradisiaca por um patrocínio qualquer quando decidir aceder aos milhares de convites que chovem, implorando-me para publicar um livro light dos meus pensamentos... ou exepriências... ou outras coisas que vocês sabem que eu sei e que não vou dizer... pela simples razão... lá está, que nao me apetece!
3. Se ganhar, é porque votaram em mim. Ou porque tive sorte e porque eles, esses malvadões, só fizeram asneira... os de sempre. Agora, para já ando sozinha, o que não invalida que no futuro.... enfim, o futuro a deus pertence. Mas vou-me mantendo e assim não ando a chatear as minhas amigas nos cafés sobre tretas que só a mim me interessam, ou pelo menos que só escrevendo - assim, mal e porcamente - saem da forma que eu gosto - mal e porcamente!

Como diz um amigo meu, amigo de todos nós:
«Adiante iremos, na estrada nos encontraremos!»

HÁDES CÁ VIR -diria o outro e assim, com a benção casará, ou não seria democrata cristão!
Té mailoguinho!!!!
Para isto é boa a Net, é boa não é????

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

É hoje, É hoje!

Logo às 20h30 num hotel em Lisboa. Parece um convite algo suspeito, mas não é! Francamente vem-me à memória uma frase que o povo - como eu - diz: Tanta merda para um cagalhão. Que, também é como quem diz: A montanha pariu um rato! Não sou fã de provérbios mas é o que me invade a imaginação quando passo tantas horas a ouvir falar do mesmo. Ou vão juntos ou não vão. E então? Isso muda muito? Não muda nada! Quem os queria juntos, vai continuar a querer, quem os queria separados vai continuar a querer. Quem nem sequer os queria, também não tem nada com essa decisão. Mas as rádios e as televisões insistem em perder tempo de antena a abordar a questão, recorrente e maçadora cada vez que surge, sob forma de suspeita ou mera especulação, de meia em meia hora. Tempo esse, que seria tão útil a explicar as pedras basilares da diferença de esquerda e direita ao seu público. Parece-me muito normal que em duas semanas, depois de anunciada a dissolução – que nos apanhou a todos e insisto, a TODOS DESPREVENIDOS – que os partidos, sejam eles de que ala forem, precisem de tempo para pensar se seguem juntos ou coligados. Quem tem uma consciência cívica definida vai votar em quem ia antes. Ou não. Mas é um acto solitário, em consciência. Eu sei, perfeitamente em quem vou votar, mas... sou suspeita!
A verdade é que isso também não interessa à maioria das pessoas. Pode irrita-las a falta de respostas, porque a Comunicação Social obriga-as a exigirem essas respostas, mas o que lhes interessa mesmo é saber é o resultado das eleições. Quem é que vai ser o «espelho» delas, porque é isso que é o Primeiro-Ministro, o espelho do centro, da maioria, dos portugueses – em sentido lato! Bom, mas voltando à montanha, ao rato e ao cagalhão, porque o tema anterior não interessa nada a quem perde tempo a ler estas páginas e a mim própria na próxima semana, que já vou ter outro assunto para me entreter. Podia acabar assim, o Rato subiu à montanha, com a barriga inchada, convencido que era gravidez. Ia parir pela primeira vez. Toda a comunidade "ratistica" festejava o ansiado nascimento do pequeno rebento, pequenino, indefeso, no cume. O Rato, que neste caso era uma Rata – óbvio, é por ai que saem os bebés... dahhhh – fez força. Insistiu. Ficou com a cara encarnada, mas a barriga não descia. Estava dura.... De repente sai um bocadinho de sangue. Pensou que era a nova cria a querer sair para o mundo. A Rata estava eufórica. Aquelas gotinhas no chão. Insistiu mais um pouco, e as veias do pescoço acusavam esforço, inchadas, a saltar. No limite das suas forças conseguiu. Mas algo de estranho. Uma amálgama castanha tomava forma no chão. Era um Cagalhão. Do cume da montanha, a última coisa que se ouviu foi «Merda!»

segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

OH DIABO!

OH DIABO!
Oh diabo, a coisa tá mal, tá! E saber que eu até... Ta..da.. gaxa! Cum camandro, cum caneco... Atão não e que foi mesmo? e eu a pensar que... cus diabos... oh larecas!!!!
Chiça... penico! tábem tá... pirate! ai não!!!!! e assim vão as coisas. Ele há com cada uma que até parecem duas... ou três... ou mais até. Vai lá vai...

Ass: Narana

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

A pedido dos leitores!

SUAVEMENTE, tentou afastar as mãos que separavam os corpos. Uma mania dela, em recolher os braços para não se sentir pressionada contra ele. Mas a respiração misturava-se e o pulsar dos corações ganhou compasso. Os narizes começaram a tocar-se e a pele áspera dele roçava na suave, dela. Num rasgo conseguiu afastar de vez aqueles dois braços e apertou-a com força contra o seu peito robusto. De repente ela perdeu toda a fora e deixou-se ir, embalada, pequenina. Sentia-se sempre assim cada vez que a abraçavam com força, protegida. Por isso, invariavelmente envolvia-se com homens robustos, musculados de corpos delineados e feições duras. Esta era mais uma vez, e sempre que era mais uma vez não era apenas mais uma mas A VEZ, porque também se apaixonava a partir do momento em que se envolvia com nova presa, ou ela mesmo era presa. Trocaram beijos, que foram ganhando intensidade a cada instante. Sem se aperceber passou a ser ela a envolvê-lo com avidez.
A partir daquele momento passou de menina a mulher e ele de protector a protegido - como um bebé no colo da mãe. Os seus braços passaram a dominar o corpo dele num crescendo.
Passou as mãos pelo peito peludo, másculo, dentro da camisa. Instantes mais tarde, fê-las deslizar no pescoço chegando ao cabelo que agarrou com força e puxou para trás, segurando a cabeleira farta com os dentes.
Espanto. Admiração. Nojo!

Ficou com o capachinho agarrado à dentadura! Beijos!

PS: Agradecemos o apoio às Edições Harlequim. Obrigada. FM

Ele há coisas!!! Não lembra ao Careca!!!

O desgraçado do Careca tem o dever de se lembrar de tudo.
Ele há coisas... que não lembra ao Careca!
É do Careca que elas gostam mais. O Careca não tem culpa é a sua profissão. Bom, o coitado do Careca - se é que é mesmo Careca - aparece em tudo o que é conversa.
E daqui saltaria para o Beltrano, mas essa conversa tem sabor a deja vue!
Assim, não resisto a mostrar a minha alegria quando uma «daquelas» amigas que são amigas, mas não vemos há mais de muito tempo apesar dos cafés e promessas de jantares e encontros que nunca acontecem, me ter respondido a um dos textos deste modesto blog.
E quem diria que o TIM, dos XUTOS E PONTAPÉS se chama António Manuel Lopes dos Santos nasceu no Alentejo e cresceu em Almada???
ELE HÁ COISAS....Não lembra nem ao CARECA!!!!
Graci Ritinha!!!!

E junto a resposta com mais informação:

Olá miga amiga!
Estive a ler o teu blog! Não te surpreendas porque às vezes vou lá dar uma espreitadela... é como se estivesse numa conversa contigo... ou para te rever... coisa que fisicamente parece impossível ;))))
Não me querendo alongar muito, fica só aqui a dica sobre o apelido do Tim! Cá para mim a tua dúvida acerca do nome dele era um estilo de escrita, era uma metáfora, whatever... mas para veres como te quero bem e informada... here it is.
António Manuel Lopes dos Santos nasceu no Alentejo e cresceu em Almada. Aos 19 anos fez 3 escolhas: o curso de Agronomia, o Conservatório para aprender contrabaixo e juntou-se aos Xutos & Pontapés. Passados 25 anos, Tim é o emblemático vocalista desta banda.
Um beijinho,
Feijokinha

terça-feira, 7 de dezembro de 2004

Bom dia?

Terça-Feira, 7 de Dezembro de 2004 Querido Diário hoje não é nenhum dia especial, ou melhor, ainda não é um dia especial (são 11 horas da manhã) e resolvi escrever-te cedo porque estou fresquinha, com Lisboa. Lisboa tirita 11º e o meu nariz moreno está encarnado. Cheguei ao meu trabalho há pouco e ainda só li os jornais. Banalidades destrutivas que já me deixam indiferente. A classe que também é ou já foi um pouco minha tem a capacidade de suscitar reacções. A mim não suscita, sou demasiadamente compreensiva. O sol espreita na Estrela, atrás da basílica e quase chega cá abaixo. Não entra pela minha sala, mas vejo-o a bater na ainda residência. O inquilino deve vê-lo. Preparam-se dias longos. Preparam-se densos combates. Preparam-se pessoas, palavras, estudos, canções e promessas. Que chatice. Voltar a prometer. Despertar sonhos em pessoas que têm a certeza que nada se concretizará, pelo menos em tempo útil que as suas vidas, na generalidade já curtas possam desfrutar. Sobre isto não me apetece dizer mais nada. Aliás vou fechar esta página a começar de novo. Não tem sido assim a minha vida toda?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

Estou fazendo amor...

Adoro esta canção dos Só Prá Contrariar - e estou apaixonada pelo vocalista. Aliás tenho uma tradição por me apaixonar por todos os vocalistas ou intérpretes, como a minhã irmã lembrou e bem que o Marco Paulo assume ser («apenas intérprete»), das músicas que mais me tocam.
O problema é que quase todas as músicas me tocam. E na assciação de músicas a acontecimentos, lá vou eu embeiçando-me por um Sérgio, um Jorge (palmas!!!!), um Fonseca, um Paulo, um Pais, um Pontápes (ninguém sabe o apelido do TIM) e por aí fora.
A minha mais recente paixão é um Pires, Alexandre Pires e temo que não vá durar muito, porque não tarda chega um Man (de Pac..) ou quiçá um novo ex-talento Faria etc...
Mas voltando à canção «Estou fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração, vai ser pra sempre seu, o que o porco, perdão, corpo faz, a alma perdoa...» acho que tem uma moral muito importante.
E mais não digo porque não me apetece e acho que, apesar de ser complicada e ter muitas mensagens subliminares, o principal é facilmente discernível, compreensível, pelo menos percebe-se bem!
Bom, se pudesse pôr música deixava-vos embalados, mas como ainda não sei, deixo-vos com um grande abraço.
A sério, grande, apertado e um bocadinho imoral....

Rãs e Sapos e bacalhau com natas

Adoro rãs! E bacalhau com natas! E se pudesse "punha" a paz no mundo e dava comida aos pretinhos! e aos pobrezinhos também. E dava motas aos adolescentes e notas altas no secundário. E outra coisa. E o Fernando escrevia coisas tão giras, ora vê lá. Faz lembrar mochilas de ganga com sapos e rãs verdes cozidos nas costas. O máximo! E outra coisa, um penico que eu tinha quando era pequenina. Adoro rãs!

Todas as cousas que há neste mundo
Têm uma história,
Excepto estas rãs que coaxam no fundo
Da minha memória.

Qualquer lugar neste mundo tem
Um onde estar,
Salvo este charco de onde me vem
Esse coaxar.

Ergue-se em mim uma lua falsa
Sobre juncais,
E o charco emerge, que o luar realça
Menos e mais.

Onde, em que vida, de que maneira
Fui o que lembro
Por este coaxar das rãs na esteira
Do que deslembro?

Nada. Um silêncio entre jucos dorme.
Coaxam ao fim
De uma alma antiga que tenho enorme
As rãs sem mim.

Fernando Pessoa, 13-8-1933.

Amigo... pirosito, mas...

Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso

De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí, Escrupulosos detritos?)

«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,

É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,

Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca

O poleiro

A Dona Amélia não aguenta mais ver estas aberturas de telejornais. No outro dia, quando eu saia de casa, já atrasada agarrou-me por um braço e disse «O menina tem de falar com os seus amigos da televisão. É que agora demora muito tempo para passar a novela. Passam o tempo a falar daqueles homens. Els querem é poleiro».
Esta expressão ficou gravada na minha cabeça e não consegui tira-la nem por nada... poleiro, poleiro, poleiro... E percebi tudo. Não tem a ver com os desempregados, porque o carro que o próximo comprar, que certamente com aquele ar picuinhas, não vai querer sentar o rabo onde o senhor de gel andou a roçar, não vai alimentar a boca de ninguém. A velhota vai votar, sem saber que o carro dava para viver o resto dos seus dias com dinheiro suficiente para os medicamentos... seus e do seu mardo e da viinhança toda daquela aldeia...
Coitadinha.... pode sempre pedir-lhe uma boleia. Imagino a velhota, com braço no ar e o polegar a apontar para o céu a dizer aquele senhor grisalho, que é uma simpatia e que decora tão bem os papéis a pedir boleia... para ir ao hospital. Ou então a uma jornalista da TVI.
«Agora Escolha» - RTP.

Coragem

Coragem faz-me lembrar uma peça de teatro cuja personagem principal era Eunice Muñoz. Foi a minha mãe que nos levou, a mim, às minhas irmãs e ao meu pai, como mãe de todos que é. Lembro-me que adorei, e associei sempre aquela imagem à da minha mãe, mãe coragem, que nunca chora, qu está sempre lá, com bom senso, com lucidez, com as palavras certas, com os conselhos mais certos.
A nossa mãe é igual a quase todas, com uma diferença, a melhor e a única que tenho.

DE VOLTA

Olá amigos, cheguei! Venho de novo cheia de saudades, entretida com o meu futuro ex-emprego. É uma expressão que me agrada, futuro ex-qualquer coisa! Agrada-me porque cada vez mais me apercebo que tudo na vida é temporário e pelo menos não tenho devaneios quanto a esse facto, para mim assumidíssimo.
O emprego é bom. O ordenado vai ser melhor, quando o receber… É a prazo e agora tenho a certeza disso, mas não tenho pena. Não de mim, tenho apenas pena, porque sei que essa temporaneidade nada tem a ver comigo embora ponha em causa uma série de coisas, pessoas, factos, acontecimentos, futuros acontecimentos, rumos, orientações e pessoas. Perguntar-se-iam se estou doida, ou se sou importante. Nada disso. Aliás, minto. Sou muito importante lá em casa. Adoram-me, os meus amigos. Ninguém dará pela minha falta. Mas se e sair é porque muitos saem. E saem porque os tiraram. E tiraram porque não aguentaram que alguém mexesse. Essa é a grande questão e não demagogia.
A demagogia não levanta questões, faz perguntas retóricas. As questões exigem respostas e as respostas precisam de ser estudadas... ou não. É mais fácil fechar os olhos e deixarmo-nos levar... como a anedota das "violadas". Se não consegues vence-los, encosta para trás e disfruta... Talvez...mas parece-me de extremo MAU GOSTO!