Bom dia?
Terça-Feira, 7 de Dezembro de 2004 Querido Diário hoje não é nenhum dia especial, ou melhor, ainda não é um dia especial (são 11 horas da manhã) e resolvi escrever-te cedo porque estou fresquinha, com Lisboa. Lisboa tirita 11º e o meu nariz moreno está encarnado. Cheguei ao meu trabalho há pouco e ainda só li os jornais. Banalidades destrutivas que já me deixam indiferente. A classe que também é ou já foi um pouco minha tem a capacidade de suscitar reacções. A mim não suscita, sou demasiadamente compreensiva. O sol espreita na Estrela, atrás da basílica e quase chega cá abaixo. Não entra pela minha sala, mas vejo-o a bater na ainda residência. O inquilino deve vê-lo. Preparam-se dias longos. Preparam-se densos combates. Preparam-se pessoas, palavras, estudos, canções e promessas. Que chatice. Voltar a prometer. Despertar sonhos em pessoas que têm a certeza que nada se concretizará, pelo menos em tempo útil que as suas vidas, na generalidade já curtas possam desfrutar. Sobre isto não me apetece dizer mais nada. Aliás vou fechar esta página a começar de novo. Não tem sido assim a minha vida toda?
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