quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Poema de Álvaro (não de Matos, mas de Campos), o que embora possa parecer familiar não é (cf. rodapé do post)

Frescura
Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros,
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que'eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
E tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.
Nota1:
mato s. m., terreno inculto, coberto de plantas agrestes; brenha; charneca; conjunto de pequenas plantas agrestes;
campo s. m., extensão de terreno mais ou menos plano, ordinariamente cultivável e pouco arborizado; planície; terreno dentro de povoado; região mais ou menos afastada dos grandes centros onde os habitantes se dedicam à agricultura e à criação de gado; lugar de combate ou destinado a jogos; estádio; área, espaço mais ou menos plano;

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