quarta-feira, 29 de junho de 2011

Saudades de escrever

Com o percipitar das semanas, da vida e do tempo fico com vontade de escrever. E saudade. Porque o tempo é parco. Passa a correr. Mudam-se as pessoas, os protagonistas e apetece-me navegar nas vidas dos outros com opiniões e garfadas mais ou menos profundas, "comendo-os" aos bocados...ou "vivos".
Mas como (não de comer) isso é algo arriscado, para não dizer muito, não o vou fazer e limito-me de uma forma evidente e voluntarista a escrever de banalidades da minha humilde e banal vidinha... mais ou menis divertido e prudente. Vou ver se me inspiro...  

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Nice to be back

Por várias razões, apetece-me escrever NICE TO BE BACK!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Percentil "cresce cá fora"

Não fazia ideia do que era esta coisa do percentil. Sabia que era uma média, mas não tinha bem noção do que é que queria de facto dizer. Percentil 25 ou percentil 45 eram exactamente a mesma coisa, até chegar a minha vez de ver que a criatura desceu. Isso pode querer dizer que não a estou a alimentar suficientemente (como se estou uma bolinha?????)  Será que vai ser baixa? O que é que se está  a passar? Pânico de curta duração, porque a ignorância, felizmente, não têm raízes fundas. Afinal, crianças lindas, que mais tarde crescem, ficam fortes, saudáveis e desenvolvidas, quiçá até grandes, muitas vezes nascem pequenas em percentis que nem números têm. Respiro fundo.
Acalmo o pai. mas mantenho-me cismada, é certo.... porque no fundo eu cá sei que ela não está no percentil 50, como andou até agora...
Volto a ver blogs, sites, a falar com algumas pessoas - não ligadas à medicina e por isso ficam na dúvida como eu, mas não há meio de confirmarem as minhas piores desconfianças de um comportamento desadequado da mãe da criança em gestação, vulgo eu!  Em desespero de causa, volto-me para os médicos. acalmam as minhas ainda desconfianças e dizem que não, não tem mal, é mesmo assim. e no fim da minha, depois da insistência desafiam-me "olhe lá, mas o "pai da menina" é nórdico, altíssimo  e robusto"... ao que respondo... "bem, lá robusto"... e calo.me com o rabo entre as pernas e imaginar-nos um casal de pigmeus, percentil 5/15 a agradecer a Deus que a menina esteja acima.
Decidi: Cresce cá fora!

Coisas estranhas da gravidez

A maioria das pessoas não sabe, mesmo que oiça muitas histórias... eu não sabia e até presto alguma atenção. Mas a atenção que se presta a uma grávida é sobretudo crítica. Ver se está mais gorda e pensar: "coitada, ela ficou deformada", ou "os pés escorregam-se-lhe das sandálias, tal é o inchaço",  ou "está cheia de manchas na cara", ou "precisava de pintar o cabelo" ou outras coisas que não sendo cruéis também não são extarordinárias como "finalmente ficou com mamas" ou mesmo "está com umas mamas óptimas, gigantes".

Isto é o que se vê. Depois há todo o resto que não se vê - e que eu desconhecia - e que se no início estranha-se, depois entranha-se e passa a ser habito.

1. O cocó preto, fruto do folicil e do folifer  - suplementos de ácido fólico e ferro. A primeira vez pensamos que se deve aos legumesque andamos a comer para ter aquela alimentação equilibrada. Passado pouco tempo percebemos que é uma constante.

2. Dores nas maminhas - é uma coisa absolutamente normal para a maioria das mulheres, porque acontece-nos todos os meses, só que estas são dores muito mais violentas, que impedem de nos deitarmos de barriga para baixo, mesmo nos primeiros mees quando ainda podemos. Essas dores vão passando ao longo dos meses até desaparecer definitivamente (estou nessa fase, 30 semanas, ou para mau entendedor sete meses).

3. Distrações - há quem diga que é a criança que rouba neurónios à mãe. Acho que não se trata de diminuir a nossa inteligência, mas o grau de concentração. A nossa atenção passa a estar focada em temas muito mais importantes do que onde colocamos as chaves de casa, a carteira que fica na estação de serviço, o telemóvel que fica na casa de uns amigos... enfim, coisas de somenos importância.

4. Inchaços dos pés (e outras partes do corpo) - é muito comum ficarmos com os pés inchados a ponto de carregarmos com um dedo e a marca ficar cravada na pele durante alguns segundos até minutos. São verdadeiramente incómodos. Os homens não percebem bem este fenomeno, mas acontece sobretudo depois de algum tempo em pé. As pernas ficam a doer e nalguns casos torna-se difícil dobrá-las. Não há que ter vergonha de fazer uma viagem num banco de trás com as prenas ao alto, ou com o banco esticado e as pernas no tablier.

5. Corpo esponjoso - há partes do corpo que se tornam mais redondinhas, mais "esponjosas"... são partes que deixamos de ver a partir do 4º mês, mais ou menos... nessa altura só pelo toque nos aprecebemos de como estão... estão iguais, mas mais redondinhas...

6. Calor - há muitas pessoas que tem muito calor muito cedo. Isso não me aconteceu, mas sei que acontece. agora estou a começar a ter mais calor, deve ter a ver com o estado avançado...

7- Sonhos - sonhos estranhos, às vezes sexuais, às vezes mórbidos. Já sonhei com uma mão dentro da minha barriga a agarrar-me um dedo. Já sonhei com coisas estranhissimas, pessoas que já não vejo há muito tempo, situações embaraçosas etc... sonho muito, e adormeço muito rapidamente. Acho que isso é o normal!

Faltam outras que depois junto...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Até já eu...: Está de quantas semaninhas?

Amanhã faço 30 semanas. Nunca para mim, estas expressões - fazer x semanas - teve qualquer significado. pelo contrário, conseguiam-me por num profundo e alterado estado de nervos.  O que é que isso quer dizer? Recusei-me, no início deste caminho de maternidade, a saber o que cada semana representa, e a tentar focar-me só os meses. Mas o problema é que  tudo muda de semana para semana. Todas as semanas querem dizer qualquer coisa. Uma transformação física, um risco na barriga, uma sensação de borbulhas que afinal é o bebé a mexer-se... ou outras coisas que  aparecem escarrapachadas à nossa frente, as quais não podemos deixar de ver, por exemplo, naquela semana é importante uma alimentação rica em ferro porque é a altura em que se desenvolve o cérebro, ou outra parte qualquer do corpo.
Por essa razão, passa a ser importante saber em que semana se está. para não falar das semanas críticas de coisas tão stressantes e determinantes como "o rastreio bioquímico" ou a "eco morfológica", ou mesmo a 26ª que é quando o bebé já pode nascer...

Continua a irritar-me, mas mais uma vez tive de engolir os meus nervos, e agora até já pergunto"está de quantas semaninhas" e faço cálculos de cabeça sobre o ponto em concreto...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Baby on board!

Ando há muito tempo a escapar-me de cá vir porque queria muito escrever um bocado sobre a minha menina. É verdade... já foi, na minha cabeça um menino, por auto convencimento. Mas há poucas semanas, três, para ser mais precisa, descobrimos que era mesmo uma rapariga.

Tenho imensa coisa para escrever sobre este tema, mas preciso de encontrar algum tempo para me concentrar. Depois da prova de hoje - a morfológica das 22 - à frente explicarei melhor, já não preciso de coragem! iuuupppiiii.

quinta-feira, 4 de março de 2010

É preciso chamar um homem!!!!

Adoro esta expressão, é preciso chamar um homem! É preciso chamar um homem  é delicioso, sobretudo quando um homem a usa. A mnha máquina de lavar a loiça avariou e ate decidir comprar uma nova preferi lavar á mão copos, partos, talheres e o mínimo depanelas possível que optei por usar. Aconteceu poucas vezes, porque optei pela forma mais simples de não lavar a loiça - não cozinhar. Jantar fora ou trazer coisas pé feitas que entram no microondas e saem iguais a um gourmet ou a confecção de casa de avós! Neste momento tenho saudades desses dias, enquanto não tinha qualquer tipo de problemas. Depois de decidida a compra, veio a data da entrega que não pode acontecer. Talão da entrega perdido nuns bolsos que seguiram viagem transatlãntica para os EUA, e chega o dia, o Grande dia em que  vem o homem. Não preciso de chamar o homem que atendeu ao meu telefonema. Organizo a minha agenda com entusiasmo que tento partilhar e contagiar sem sucessso - claro, afinal é só a minha máquina.
Os senhores tocam antes de er a chega triunfal pronta. tirei quse tudo da velha. O resto tiro à pressa, enquanto o homem crrega nas escadas um caixote de peso inferior aquilo que me faz acreditar, apelando antecipadamente à minha generosidade. Tento desculpar o que não tenho culpa - pois as escadas, pois, é psesada, pois, terá de levar a outra... enfim... pois. Ele, contrariado, tira uma, pousa a outra, puxa, olha, queixa-se e eu observo. Penso "reclama o que quiseres, mas só sais daqui com tudo montado"... dali a minutos obriga-me a assinar um papel que diz que não teve condições para retirar a antiga e montar a nova, Ficou com o mastodonte a "meia haste". Uma máquina velha, malcheirosa meia encastrada e outra num ciaxote, no meioa da cozinha.A torneira da água fica atrás do armário e não se consegue colocar. Tenho vontade de chorar de nervos. A medo tento ligar a velha a uma outra ficha e para meu espanto funciona! estou a escrever este texto equanto espero que acabe. não sei se fique contente, se triste. Se consigo montar a outra sozinha... no fundo, estou contente e enervada, vulgo... "indisposta"... tenho de chamar um homem!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Todos os dias

Ando a acordar com vontade de ter vontade de rir. Adorava acordar com um sorriso, não foram os pensamentos que me invadem ao despertar das mil e uma coisas que tenho que fazer, e do curto que o dia se torna para concluir tudo, do arrumador que me espera ansiosamente e troca um lugar resrevado em loal de estacionamento proibido onde a polícia não multa por um financiamento - sempre  insuficiente - para consumos ilícitos, que da últma vez me explicou de "remédio para os dentes, dos 30 emails que não me interessam e dos 50 que me interessam pouco e dos 100 que interessando-me ou não, tenho de dar respostas". A verdade é tem os dentes a precisar de remédio - o arrumador - mas como se costuma dizer "o que não tem remédio, remediado está" e eu não tenho qualquer outro remédio senão levantar-me a custo no limite do tempo suficiente para parecer benzinho, mas nunca tão bem quanto gostaria para poder, a apresentar-me para eventualmente impressionar.
Adorava acordar com um sorriso de quem vai aproveitar o dia melhor o melhor possível e é esse pensamento que me deixa insegura das minhas opções.  

segunda-feira, 1 de março de 2010

Vestida de sonho!

Aos 31 lembro-me de ouvir sweet little sixteen dos GNR e vibrar, dar saltos e ficar quase afónica por me rever na letra da música e na minha instrodução ao rock português.
Na altura, chorava por paixões secretas, sonhava ser qualquer coisa e ia cumprindo sonhos pequeninos que cada vez se foram materializando e ficando maiores.
Lembro-me, como quem se lembra do escudo, do sonho de ter uma mota. Ainda mais nova, e perdoem-me a catárse, ridícula e maçadora - como eu não quero ser - sonhava vestir-me de ganga dos pés à cabeça, ter um longo cabelo ondulado ao estilo Samantha Fox e montar uma mota, fosse de que marca fosse e, se possível, conduzida por um Tom Cruise, também ele de ganga ou couro e óculos Ray Ban em "Top Gun". No meu íntimo, eu ia à pedura, ele de polpa elevada ao volante. pararíamos numa falésia a beber um nescafé, ao som de I can see clearly now the rain is gone....
Esse sonho concretizei, aos 16 anos quando ganhei a minha mota, e os meus pais trouxeram dos EUA gangas para cobrir-me de um aponta à outra qual tuareg de apenas olhos de fora. A etiqueta Levis via-se no colete, no blusão, na camisa e nas calças e pude exibila com vaidade no meu rabo abundante, em cada vez que me sentei e transbordou do banco do dito motociclo. Irritante?  Não! hoje diria que matei mais um "to do" da minha lista interminável de coisas que quero fazer, mas em bereve vou revelar outros sonhos que com alguma vergonha consgui cumprir!
Até já

Fechar a boca

Ando obcecada com esta expressão: fecha a boca. Lembro-me dela para tudo! Seja para não engordar (fecha a boca) para não dizer estupidezes que mais tarde tenha de vir a contradizer, ou mesmo seja para simplesmente estar caladinha.


A verdade é que estou descalça, em casa, de perna esticada no sofá e pc nas pernas. Descalça, sim! Descalça contra o meu próprio preconceito: na minha casa afinal descalçamo-nos no sofá e vemos televisão descalços. Eu, pelo menos e mesmo que alguém (que é sempre o mesmo) olhe incomodado para as meinhas coloridas de padrões estridentes, camufladas na maioria das vezes dentro de botas, disfarço entre uma manta própria para sofá, mas não calço. E fecho a boca…

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nova fase

Uma nova fase significa começar algo. De facto tenho estado ausente da comunidade virtual e ando com saudades de escrever e... essencialmente publicar. Neste momento faço um update: em seis meses de casada auinda não tratei de um papel, uma certidão, um registo, o que quer que seja... e isso está a começar a perturbar-me... como quando perdia o cartão da escola e tinha medo que o porteiro não me deixasse entrar... faço o pds (ponto de situação) daqui a nada... ok?
até já!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

de volta

Cá estou eu novamente para mais uns posts. Tenho andado distraída/ocupada e/ou desaparecida. A verdade é qu me faz falta cá voltar, como quem volta a casa/lar e/ou ninho. Adoro/aprecio/gosto muito de escrever/teclar/digitar com sinónimos. No fundo/basicamente/na realidade faço/empreendo/levo a cabo um esforço, embora ténue/pouco significativo/leve. É algo que me sai quase naturalmente.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Há lá pior gelo?

Do que estar numa mesa com pessoas que, enfim senão tentamos imperssionar, tentamos, pelo menos manter uma imagem de respeito, intelectual que não colida com decotes ou olhos pintados, ou pelo menos seja complementar e alguém soltar uma brejeirada que sem graça tira todo o nível a piadinhas potencialmente sexualizadas?

Bom, isto é so um pensamento. Eu diria, um desbafo. E com este vem outro. A primavera hesita. Eu também. Hoje estou bem disposta porque o sol apareceu e não fui ao cabeleireiro. Anteontem estava mal disposta porque chovia a cântaros (embora hoje em dia já haja poucos porque tal como o tigre da malcata, os cântaros também estão em extinção) e fui confesso, ao cabeleireiro. Amanhã não devo ir, e vai etsra bom tempo outra vez... será que existe uma relação directa entre as minhas idas e o tempo? Será que ELE faz isto só para me indispôr? Eu sei que não é ELE, é São Pedro, por isso dou o desconto, mas não sei o que tem contra mim... Ai senhores tende piedade por esta que só quer ter o cabelo bonito, se possível sem humidade e com muita humildade...

quase uma semana depois

Cá venho eu carregadinha de novidades... pois bem, adorava poder contar em primeira mão a cor dos olhos dos gémeos da J.Lo, para quem sabe meu alter ego durante largos anos... Uma vez não dispondo de tão privilegiada informação vou contar algo que certamente deconhecem: Sagres é a maior produtora de Ostras da europa. Pois é. Aqueles crustáceos deliciosos que se assemelham a partes do corpo que não vou referir aqui porque este blog não é "o meu pipi", mas que dizem que até são afrodisiacos, são desenvolvidos em Sagres. Explico: as pequenas ovas, umas bolinhas do tamanho da cabeça de um alfinete, são trazidas para portugal, para os mares batidos do fim da costa vicentina. Ali, mesmo ao largo altântico crescem e desenvolvem-se até seguirem viagem para França. De lá são distribuídos para países como Portugal e poderão a módicas quantias ser servidos, finalmente em restaurantes como o Raposo, também ele em Sagres. Claro que pelo preço percebe-se SÃO OSTRAS VIAJADAS! Sim, nao são umas Ostras quaisquer, são Ostras de um gabarito superior. Claro que para amigos ou conhecedores, pode-se ter a sorte de um pescador nos ceder, do fundo de um saco do Alisuper, dois exemplares só para tira gosto. Não fossem as minhas mãos de princesa, teria ficado com elas, aquelas que originaram a minha curiosidade e o conhecimento desta realidade tão interessante... mas não. Não me mostrei tão interessada que o pescador que as transportava sentisse que eu seria verdadeiramente apreciadora daquela preciosidade. Assim fiquei sem ostras, sem restaurantes abertos numa sexta feira à noite (fria) e consolei-me com um hamburguer (com todos) e umas batatinhas fritas que há muito não comia - tipicamente de sagres!.... Ele há coisas.... vai lá vai... ena ena...upa upa...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Modalisboa

Fui a mais uma edição da Modalisboa. Desta vez no Casino do Estoril. Tenho um apego que dúvido conseguir explicar. Não se trata de gostar de de lá ir. De me apetecer ver tantos conhecidos por m2, de me sentar nas cadeiras da frente para estar mais perto dos flashes ou da passerela. Gosto de lá ir porque tenho uma afinidade emocional que admito que eles, alguns, dos antigos e dos novos que estão ligados à causa possam perceber. Gosto de lá ir para saber como as coisas estão. Sem pretenciosismos gosto de receber o meu convite para sentir não que sou importante, mas que eles me dão alguma importância, embora eu saiba que não tenho nenhuma. Gosto das gargalhadas que já dei e que continuo a dar, com o menino ribeiro e com todos os outros. Gosto de ver o Dino que cada vez está melhor, mais perfeito, mais completo, mais arrojado. Gosto de ver todos os outros, mesmo que não os veja sempre. Enfim, nostalgias à parte, achei que estavam muitos shinings, cheios de glamour, embora num espaço grande, mas a passerella (??) estava ao nível internacional e isso vê-se, ao menos, na fashion TV.

terça-feira, 4 de março de 2008

deixou-me a pensar

Este pais não é para velhos. Nem aquele nem o nosso e isso deixa-me triste. Vejo os meus avós e os dos outros cada vez mais velhinhos e cada vez mais carentes e menos autónomos e cada vez com menos atenção. Imaginar que não existe correspondência entre a força do nosso corpo e a nossa mente é doloroso.

segunda-feira, 3 de março de 2008

2780

Nota prévia
Este parece quase o blog dos taberneiros, pelo que este não me vou exceder. Sábado previa-se grande festa, mas o meu instinto demolidor quase conseguiu arrasar o meu mais querido dos 2780. Enfim, a experiência e o instinto (feminino) dita-nos uma série (não de ficção) de regras chatas.

Parte I
Um gelo. Saímos de casa e fomos começar a noite no Shangrila Nepaleza de Carcavelos. Quem conhece é fiel. Quem não conhece devia conhecer. E mais não digo. Regados a Esteva fomos já mais aquecidos para aquela que seria a estreia absoluta do novo spot da linha. A originalidade era mesmo estarmos sobre montanhas de cartas, entregas e notificações. Lá chegamos e a festa já estava a bom ritmo. Nós tentamos acompanhar e só foi preciso um copo de vodka limão, aconselhado por quem percebe do assunto, para dali a quase nada ter vontade de tirar o casaco.

Parte II
Foi o reencontro com os clássicos do liceu. Aqueles que gostávamos mais e menos. All night long, diria o Filipe acompanhado por vozinhas de fundo que se esganiçavam a tentar competir com as colunas (all night). Eu só sei que ainda hoje estou sem voz e já passaram 48 horas. O fim foi o que se viu. O safas-te ou é só beijinhos(?), bem ao estilo que todos conhecemos porque também já por lá passamos. Foi um revival em pleno e espero poder repetir. Os meninos taberneiros estão de parabéns. Só falta abrirem um bar.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Oh Maria Filipa Matos...

O meu cabeleireiro é maravilhoso. E lê este blog, por isso aqui vai, pela primeira vez a minha profunda homenagem a esse homem que por uma quantia não avultada - que não é - consegue domar estes fios implicativos e absolutamente indisciplinados de "mon cheveux". O meu cabeleireiro não finesse. Não é um vampiro das revistas de social. Não é cabeleireiro de vedetas muitissimo públicas. Também o é de algumas menos públicas e aparecem em escassas páginas de revista. Houve os meus disparates em manhãs de sono e fins de tarde de chuva, geralmente instigado a pressas e ri-se. Conta-me episódios da sua vida e eu da minha, e dou-lhe raspanetes ou dicas, fazendo jus à minha faceta de life coacher. E ele envia-me filmes para o HI5 das minhas musas, que também são as deles. O meu cabeleireiro tem ciumes das clientes que figem para mãos alheias. Não pelas clientes mas pela fidelidade que guarda com os cabelos. Com ele aprendi a perceber muitas coisas que nunca teria oportunidade de perceber porque fala comigo sem preconceito. E é um miúdo, que, nestas coisas parece uma adolescente. É o máximo o meu cabeleireiro! E diz, meio a rir, "Oh Maria Filipa Matos"...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

amigas, amigos e desconhecidos

Estava pensar em coisas boas, sítio giros, oportunidades etc etc. então lembrei-me de partilhar algumas. Cá vão os links para quem tiver paciência.
Kameraphoto
Spoil
Tiago
Myplace
Atmosphere
Lifecooler
Via Michelin
Fly London
Design Cork
Rumbo

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

estou irritantemente chata

Só escrevo posts de seca, estou chata e devia ir parar a um chanatário. É que eu própria não me aguento a mim mesma, sempre a mandar bitaites, que é como quem diz a arrotar postas de pescada (que expressão tão feia que me lembra outra ainda pior "a bater com os cornos na parede", antes os crómios). Estou sem graça, sem inspiração e rio-me disso, patética... devia ter vergonha de mim, mas para isso já existem os meus pais e as minhas irmãs... devia dar "o corpo ao manifesto". Devia dar com as "trombas no chão". Devia ir "catar macacos", ou "dar com a língua nos dentes" até fazer sangue, que é "para não ser parva". E devia "cagar de alto" (e de repuxo, acrescenta uma amiga minha e de outras tantas). Talvez pudesse fazer "ouvidos moucos" e "ter papas na língua", mas não tenho fome, nem sou apreciadora. Devia "estar no meu lugar", que é, por acaso onde estou porque até tenho a cadeira quentinha. E talvez então pudesse "aprender a ser feliz" - odeio a música, mas decorei este excerto... EU NÃO PRESTO, REALMENTE!!!

O que eles gostam de saber

A verdade é que o cavalheiro continua a ser o preferido entre nós. Podem dizer o que quiserem, que preferimos um homem rude de mãos ásperas qual esfoliadoras de costas, de um peito rijo e uma barriga aos quadradinhos. Um ramo de rosas, a porta do carro aberta e a conta do jantar conseguem certamente maiores prodígios do que tais atributos físicos.
É claro que só isso não chega. É preciso um bom íntimo. É precisa uma boa gargalhada e sobretudo que mostre interesse nas nossas coisas. É preciso uma prova física de masculinidade que pode ser um aperto contra ele numa parede, ou uma tentativa de ir mais longe mesmo quando ele pensa que “está na hora de ser respeitador”. Mas “senhor respeitador”, não exagere, senão vamos achar que é um fraco, e quiçá frouxo! Homem que é homem tenta. E mulher que se preze rejeita à primeira, nem que tenha de ser falsa (manda a regra que “assegura o direito à relação com futuro”). Sou absolutamente defensora da tentativa. Tentai rapazes deste portugalzinho, sem medo. O máximo que pode acontecer é elas cederem, o mínimo é uma ferida no orgulho que se cura com emplastros de cervejas com amigos e algum silêncio sobre o assunto, ou mesmo desdém. Agora quem não tenta, quem não arrisca, quem não escreve o numero de telefone num papel, quem não pisca o olho, quem não faz uma pergunta, quem não se atira, mesmo sabendo que pode bater no fundo da piscina, também não tem o prazer de tomar banho nela. Enfim, sempre a teorizar, eu devia ter nascido noutro século, com outra côr e com outro sexo… poderia ter sido discípula de Aristóteles… ou até de Sócrates… mas ai, teria um sotaque da beira… antes de Lisboa!

new job for the girls

"claro, claro...
carreira, carreira, carreira, ambição, ..oportunidade, mais valia, sim, quero ir, vou, sim, pois claro, conheço a realidade, estou preparada.............."
"gosto muito do que faço, mas agora está na altura de dar o salto, tá a ver... progredir... pois, claro... eu percebo..."
"e progredir e progredir e progredir..."
"atão não?!? Com certeza!... 1000 euros, ah... pois... bem estava... não sei! Claro! Negociamos e logo falamos"
"pois pois, uma oportunidade. Uma mais valia. Acrescer valor. Parceiros, claro, não são clientes... eiros, pois parceiros..."
"quando quiser, imediatamente se quiserem... gostava imenso... pois, é exactamente a minha área".
"Sempre sonhei com isso. Sempre quis ser essa bran consulting maneger" ah, pois, consultora ... é isso"
"tenho imenso jeito... sim, desde a faculdade que trabalho... pois, comecei... ja na altura... enfim... claro"
"formação, formação, deformação" (ups)
Claro, sem pressas, fico então à espera, obrigada....

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Peitorais maiores que as mães...

Até determinada idade as meninas olham para o rapaz com os olhos mais bonitos, ou os óculos mais estranhos ou qualquer outra coisa que as faça apaixonar. A partir dos 30, começamos a ser mais exigentes com o interior – não falo dos rins, nem dos pulmões, mas da alma – e menos com o exterior. “Um gajo que me faça rir e que não me chateie” é a condição mais frequente.
È também nesta idade que nos aparecem as mais diferentes surpresas. Refiro-me, por exemplo, à malta do ginásio, onde muitas solteiras se distraem fora das máquinas.
Confesso que nunca me entusiasmaram muito corpos untados, suados, e depilados. Acho até que os homens com maminhas maiores que as das suas mães podem ser traumatizantes. Encostarmo-nos as peitorais maiores do que os nossos, oferecidos por horas de ginásio e pesos superiores ao meu, pode até provocar lesões nas nossas maminhas femininas. Um peito depilado pode complexar-nos, tão só pelo facto de sermos mamíferas, e o nosso corpo estar, naturalmente, coberto de uma pelugem ainda que suave…
E este natal que ofereci anti-rugas e hidratantes faciais ao pai, ao tio e ao avô? Acho que já não sei nada…

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Taberna 2780

Sou fã da taberna e já chorei a rir naqueles bancos corridos pesticando aqui e ali iguarias por mim nunca antes experimentadas.
Há dias escrevi sobre mudar de vida e cometi uma gafe que algumas pessoas têm vindo a assinalar (não vou dar nomes só posso dizer que os manos morenos de Santo Amaro, que começam por Plan e acabam em er deixaram-me quase de rastos com tanta correcção). Assim, faço aqui o mea culpa e explico:
Na Taberna 2780 o cozinheiro Barros não largou a engenheria agronómica para se dedicar à delicada engenharia dos sabores e dos tachos. Minto, portanto. Barros, esse ilustre taberneiro, largou sim Engenharia do Território. Barros não tem qualquer ligação ao alimento antes de se inciar no mundo da culinária. Barros não andou no ISA ou em Évora a estudar legumes ou animaizinhos e a testar sabores e texturas. Não se pense que ela já tinha um plano delineado. Barros, hoje chef, estudou o território. Foi ele quem estudou o território e deu uma reviravolta radical deixando essa arte de "pensar cidades", "pensar vilas", "pensar aldeias", e passou a pensar na nossa fominha... ou gula, ou vontade.... Barros está, portanto, de parabéns pelo papel desempenhado e que ainda falta desempenhar em função da pequisa gastronómica e na denúncia pública de novas combinações de sabores.

E eu também estarei de parabéns no dia 21 de agosto!

Poema de Álvaro (não de Matos, mas de Campos), o que embora possa parecer familiar não é (cf. rodapé do post)

Frescura
Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros,
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que'eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
E tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.
Nota1:
mato s. m., terreno inculto, coberto de plantas agrestes; brenha; charneca; conjunto de pequenas plantas agrestes;
campo s. m., extensão de terreno mais ou menos plano, ordinariamente cultivável e pouco arborizado; planície; terreno dentro de povoado; região mais ou menos afastada dos grandes centros onde os habitantes se dedicam à agricultura e à criação de gado; lugar de combate ou destinado a jogos; estádio; área, espaço mais ou menos plano;

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Delidelux

E por falar em Luxos, esta é uma sugestão imperdível. Num domingo chuvoso, em que nos arrastamos da cama com muita dificuldade e hesitamos em ver “Betty a Feia” na SIC, só pelo prazer de não sair de casa, vale a pena calçar umas galochas e arriscar trocar a humidade do ar por volume no cabelo. Mesmo ali ao lado do Lux existe um brunch, muito trendy ( e aqui ambas as palavras fazem sentido juntas). Um brunch, é uma mistura de pequeno almoço e almoço. Junta a leveza dos cereais, do youghurt, do leite com café, e das torradas, com o colesterol de ovos mexidos e cogumelos, chá, sumos de frutas, frutas, tartes e tortas, bolos e até saladas. Tradicionalmente o brunch acontecia ao domingo e era servido à mesa com a família (americana) reunida.
Cá temos disponível em vários locais, escondidos na maioria, mas cada vez mais procurados. O Deli delux tem a originalidade de podermos juntar aos menus pré-concebidos tudo aquilo que nos apetecer e que está disponível na loja. Bolachas gourmet, um fresco vinho francês (a que se acrescenta a taxa de rolha de 5 euros ao preço da garrafa), azeitonas, carnes frias, queijos e tostas.
Mais do que satisfazer, entretém, é bonito e sabe muitíssimo bem, para além de que ali pode-se ainda consultar inúmeras revistas internacionais. Uma Deli Cia…

Luxos

O significado da palavra Luxo no dicionário da Língua Portuguesa aparece como ostentação ou magnificência, ornamento, decoração faustosa, viço, vigor, esplendor, capricho e extravagância. Dependendo do sujeito o luxo toma a sua forma. Luxo pode ser um vinho branco fresco e um morango banhado a chocolate. Luxo pode ser um plasma Samsung de cantos recortados, numa parede com pé direito de 3,40m. Luxo pode ser um charuto num restaurante non smoker, luxo pode também ser um pôr-do-sol na Quinta das Lágrimas. Pode tomar a forma de jóia, e até de bijuteria. Pode ser fome ou pode ser gula. Pode ser festa e pode ser natureza. Luxo é tudo isto. E tudo isto é um luxo.

Coisas curiosas. Ontem à noite estive a ver o filme “Antes que Anoiteça” com Javier Bardem a interpretar com um fulgor quase inigualável o papel de Reinaldo Arenas. Não conhecia este escritor cubano. Hoje acordo com a notícia que Castro renuncia o poder em Cuba.
Estive me Cuba como tantos finalistas de curso, em 2001. Na altura pensávamos que podíamos saber mais do que os outros, não fossemos alunos de Comunicação Social. Que entravamos nas casas deles (cubanos) para fazer tranças, para jantar e iríamos arrancar lágrimas e lamentos provocados por anos a fio, no silêncio de um regime obsoleto. Quem sabe confissões surdinas. Fiquei com a nítida sensação que esperavam alguma coisa.
Pacientemente esperavam uma revolução silenciosa que os tirasse de uma miséria imposta pelo bloqueio, uma desigualdade intelectual, eventualmente por eles mantida. Fui perguntando a quem foi depois de mim como estava Havana.
Li, este verão um artigo sobre como Varadero se transformou numa colónia balnear para senhoras de meia-idade, que vão lá buscar o sol, a música, na maioria indiferentes à razão de ser das coisas. Acho que isto é inevitavelmente o começo de qualquer coisa.
O filme, por outro lado para além de me deixar a pensar, clarificou-me ideias confusas sobre o regime. A opressão, a perseguição. Que nostalgia.

E nós, em regimes tudo-incluído, a beber Mojitos e esticados em espreguiçadeiras a ver tudo à nossa frente...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

coisas que me excitam...


o homem do banif. O Homem do banif, não é um homem é quse um homem objecto ou abjecto. Aquela transformação de tosca chega a ser divertida. Ele abana a cabecinha com um cabelo "brusheurizado" e provavelmente "enlacado" para não se desfazer, e aquele corpo másculo ganha um rabo (de cavalo) e patas, quatro patas. Passa de homem a homem cavalo, com dois bracinhos muito tesos, qual halterofilista "a dar a dar"... Acho que de mau é maravilhoso... e por isso tentei encontrar a inspiração... fui bebê-la aquele simbolo que todos nõs conhecemos, mas com um ligeiro corte...digam se não é de sonho!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

mudar de vida

Entre Licenciaturas de 5 anos, Pós Graduações, Cursos de Especialização, Seminários, Conferências, mais um Mestrado, mais outra Pós Graduação, o Page, Cursos de Verão , passamos anos e anos agarrados aos livros à espera de qualquer coisa. Sorte não ter procurado um PhD, senão ainda mais uns quantos anos a decifrar Times New Roman 8.
O esforço tem como fim último um empregão, um mega Job para fazer inveja ao António Mexia ou ao Paulo Azevedo. A verdade é que depois de tanto esforço, nem sempre ligam alguma coisa a estas quatro ou cinco linhas do Curriculum. Mais, nem sempre nos interessa o tal mega Job. A Taberna 2780, em Santo Amaro de Oeiras é exemplo vivo disso. O meu amigo Tiago é outro. A minha colega Helga Sanches igual. E tantos outros. Na taberna há um ex-engenheiro Agrónomo a cozinhar, um ex-economista a divulgar e a servir, juntou-se à equipa um ex-gestor, também agarrado aos tachos. O Tiago, amigo deles (terá sido coincidência ou pega-se) trocou o balcão de um banco pela objectiva de uma máquina fotográfica. A Helga largou os jornais e foi para uma cozinha londrina. Li, há tempos, que a Sara Moniz, que chegou a morangar na TVI estava grávida do seu professor de um curso de cabeleireiro, um japonês radicado em Londres. Professor de cabeleireiro… professor de cabeleireiro… isto realmente ficou na minha cabeça. Curso de cabeleireiro em Londres.
Não há mestrado em marketing que pague semelhante coisa. Que dê semelhante alegria. Produzir um serviço e ver imediatamente o retorno do nosso empenho. Matrializa-lo em resultados financeiros, em relações de fidelidade… há lá coisa melhor do que pregar um botão, fazer uma bainha, fazer um souflê, pôr rolos e desfazer os caracóis, maquilhar, massajar, até limpar.
Em Cuba guiam os táxis filólogos, linguistas, antropólogos e engenheiros. Frustrados nas funções, cozinheiras são economistas e costureiras biólogas. Aqui é ao contrário. A democracia e uma consciência intelectualizada das nossas capacidades e da necessidade de auto satisfação (fullfilment) deram-nos (lhes) a liberdade para serem cultos cozinheiros de culto, eruditos fotógrafos, intelectuais cabeleireiros e costureiras “academizadas”. e quanto ao rendimento vou dar-lhes dois ou três anos para me dizerem o que já estou à espera... relação qualidade de vida / preço a pagar, melhor a segunda opção!!!

Acho que isto só pode ser sinal de evolução...liberdade e ... dos tempos!

(Des) akordo ortográfico

Pois bem, estava aqui a pensar no senhor Baptista, um optimista! No Victor, um homem de acção que funciona através da coacção. Ando obcecada. E desactualizada. O Baptista passa a Batista (não se enerve senhor Bastos, é por uma causa maior, já lá vamos), um otimista, tal como o Vítor, um homem de ação que funciona através da coação. Eu, afinal, ando ocecada (ou ossecada) e francamente desatualizada.

Isto ainda dá erros no meu corretor ortográfico, mas seguramente por pouco tempo. É que esta medida é mesmo para perpetuar a língua portuguesa. Os 183 milhões que a perpetuam e fazem-na a quinta mais falada no mundo são brasileiros e falam português, não falam brasileiro. Portanto penso que teríamos duas hipóteses, ou divorciavamo-nos e iamso perder o ultimo resquício da nossa importância no mundo, ou então deixávamos “a coisa” evoluir”. Parece-me óvio que a segundo ipótese é a melhor, não deixando de ser estranha, é claro. De qualquer forma antes isso a assumirmos as alterações que “nós, por cá” teimamos em impor, sobretudo as novas gerações. Kd é k krems kantar? Ktos são? Komeça a irritar e a tornar-se norma em folhas de teste, muitas vezes konsideradas.
Há muitos anos atrás eu seria Philipa, oje sou Filipa. O Hugo amanhã pode vir a ser ugo, mas kto a mi é preferível à katrina, ou ao kosta.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

São Valentinho...

Há um ano falava, neste dia, das Valentina e Valentões. Vá que é dia de São Valentim, ou melhor, dos namorados e vá que queira combinar alguma coisa com o meu Mais-que-tudo (minto, quase-mais-que-tudo, porque mais que tudo é ELE e a saudinha) no dia de hoje e o que me vem à cabeça?
Uma ida ao cinema ou um jantar fora. Lanço-me avidamente na procura de alguma originalidade e começo por perguntar, a medo, aos meus colegas o que vão fazer/oferecer no dia de hoje. Jantar fora e um recuerdo, responde a maioria pouco entusiasmada.
Pois bem, o que eu quero é dar-lhe (ao meu quase-mais-que-tudo), a sensação que eu gosto mais dele do que qualquer outra pessoa ou objecto. E que isso desperte nele idêntica sensação. E que no fim, não se coiba de materializar esse sentimento num generoso objecto, que pode ter a forma de relógio, casaco, perfume, maquilhagem, electrónica, robótica, domótica, viagem, voucher, top, jóias, bijuterias enfim, algo que ele sinta que eu preciso sem precisar que eu lhe lembre. Depois de semanas a fio a deixar pistas subtis, cansei-me de dizer: ai, preciso mesmo de um pó da Lâncome para a cara… este está mesmo no fim e faz-me alergia. Ai este casaco está um nojo e é quente demais para este tempo, não achas? Achas ou não achas? Vi umas calças na Pepe, nº 28, que são mesmo giras!!!
Cansei-me porque no fundo, no fundo quero uma surpresa e não assumo, e quero que ele perceba aquilo que eu verdadeiramente gostava de receber sem eu ter de dizer directamente. É uma injustiça e o coitado, por muito que se esforce nunca verá esse esforço reconhecido porque nós somos assim - NUNCA CHEGA! Um balão cheio de amor, cheio de paixão daria para me por um sorriso nos lábios mas faltaria sempre ... a electrónica, a domótica, a robótica, o ramo de flores, a bijuteria, as jóias, os trapos etc etc... Por isso, e porque depois me culpo por este capricho egoísta típico de fêmea, aconselho à "metade da cara" ou "cara metade", mais que tudo e tudo o mais, que não se preocupe, porque na verdade o que nós queremos são mimos, um edredón e um valentão!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

as razões




Naviglio Grande


Fui ver o The Darjeeling Limited ao pró social El Corte Inglês - que me enerva até pelo próprio nome, mas para não incomodar nem me manifestei. Para mim ir ao cinema é um ritual. Posso ceder a variãncias, mas o meu ritual não pode desaparecer na forma. Tem de se manter. Gosto de ir a um cinema antigo, se possível com intervalo, se possivel a cheirar a mofo e com cadeiras rijas. Gosto da proibição de pipocas e poucas pessoas na sala. Este filme teria sido perfeito nas Palmeiras com as minhas irmãs numa segunda feira de sala vazia.

Ao contrário da maioria dos homens, eu gostei do Brokeback Mountain. Provavelmente por não ser homem. Provavelmente por achar que ambos os actores eram o máximo. Provavelmente porque não me incomoda nada a homossexualidade masculina ou feminina (esta última talvez um pouco...). Bom, lamentei, por isso, a morte do Heather Ledger.

Fungagá da Bicharada

A forma como o meu nariz pinga, a voz fanhosa e nasalada que persiste só me faz lembrar o Fungagá da bicharada do Barata Moura. É o fungagá, fungagá da bicharada… na verdade macacos (me mordam) e tentam saltar cá para fora, culpa do frio de Lisboa. Vim eu de longe (de muito longe e o que passei para cá voltar) a pensar que o frio já tinha passado e qual não é o meu espanto quando me apercebo desta triste realidade do frio constra/confrangedor que me arrefece a alma e o corpinho, pondo-me mamocas em riste que só uma camadona de camisolas de grossa lã consegue disfarçar.
Por muitos Invernos que passe, ainda não me habituei à goteira do nariz e aos olhos humedecidos e não de tristeza – só pela que sinto de não estar no Brasil, à beira mar de Pina Colada à mão. Vou-me deixar desta prosa que está a ficar cansativa e voltar à questão que aqui me trouxe, uma dúvida existencial: um curso de desenho e pintura ou escrita criativa?

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Estação do Calor

A não perder (ou: anão, perder) este site com fotografias geniais do meu amigo Guillaume Pazat numa cruzada pró-ecológica: http://www.estacaodocalor.org...

estou com medo de mim

.... sou uma serial eater...

compras...

e por falar em pratos, cheguei de Itália com uma mala para 4 dias que pesava 34 kg bem pesados. Valeu-me ter ido com amigas que partilharam o peso comigo. A média foi permitida. Até aqui nada de especial. Uma mala pesada é caracteristica de qualquer mulher que se preze e que leve mais de um par de botas para a uma capital como Milão. Agora a que se deveu o peso excessivo? Perguntarão mentes curiosas que perdem temp a ler estas tretas pseudo-lights com pseuda graça de "quase gorda" mas ainda na fase fortezinha? Bom, a um conjunto de compras originais, compras de dispensa para a minha casa nova. É assim, em vez de presentes, resolvi trazer sabores de itália, os mais baratos, é certo, mas que dão requinte à minha dispensa e um ar superinternacional à mesa. Quatro garrafas de vinho, queijo raspadura, queijo mozarela, risotto, e uns coisinhos de pão (que existem nos restaurantes italianos em qualquer parte do mundo). Orgulhosa, cheguei a casa e preparei-me para o brilharete. Para confeccionar uma refeição tipicamente italiana fui ao Pingo Doce comprar um presunto "el bosco" em promoção. Quando chego à caixa, qual não é a minha desilusão ao ver que este é o mês de itália. Os filhos da pi.... oferecem até livros de receitas. Têm tudo, a metade do preço do que me custou. Há lá direito de tal coisa?... o burro sou eu...se soubesse onde é a culatra diria que de lá me saiu o tiro, mas como não sei fico calada... sem palavras...

esqueci-me...

de falar do Nuno Eiró. Li o livro que ele publicou... está... um prato!

Os gordos

Estava aqui a pensar nos gordos e na graça que eles têm. Os gordos estão em vantagem no humor exactamente pela dimensão corporal. São engraçados mesmo sem terem graça nenhuma. O Fernando Mendes, quando deixou o grande humorista Nicolau Breyner em séries supercómicas decidiu sacrificar o colesterol garantindo a manutenção da sua graça. Tem sido vê-lo ao longo dos anos em piadolas de ir às lagrimas, todos os dias na RTP1. Contorço-me com tanto humor, com as coisas giras que ele diz. O Fernando é realmente demais. O Vasco Santana também era assim, o rei do Humor, ou a Eloísa Miranda, são super engraçados, divertidos e fazem-nos rir. A gordura está para o humor como o cabelo comprido de Sansão (e Dalila) para a força. Outro que também é digno de destaque é o Gordinho-dos-Pastéis-de-Nata. É um castiço, que tem um humor muito engraçado e muito divertido. Tavez por isso os GatoFedorento andem sem graça nenhuma. O zé Diogo, que assegurava aquela veia cómica está a emagrecer... e isso pode ser a causa principal deles já não terem assim aquela piada. O Herman é outro que era tão piadético e agora que emagreceu ja não tem graça nenhuma. Com esta incursão pelo humor nacional o máximo que posso dizer é que o melhor era pedirem conselhos ao Fernando... que não falha... Eu, com este tamanho de rabo, começo a pensar em propor-me a fazer stand up, e por tudo a rir com piadola e coisa gira e quem sabe uns tracks. Gordinhos com traques então, são de rir e chorar por mais...

Preta de carapinha loura...enfim...

A alegria de receber um comentário neste blog moribundo impele-me a escrever mais uns posts. Hoje estou particularmente inspirada e devo-o não "à caspa", mas aos brincos minhotos que constratam com a minha tudo menos tez nívea. Uma semi-preta de filigramas pendentes em forma de coração dão, de facto, nas vistas e não infectam orelhas.
Pois bem, depois de uma fugaz visita a Milão, que me encheu a alma e despojou-me de qualquer pretensão de ter um guarda roupa distinto, envergonhando-me entre trapos H&M e Zara, volto à triste realidade lisboeta que só em alegra pelos 18º graus de temperatura ambiente. Há quem diga que se trata da cambada do ozono... essa quenos anda a trocar as voltas e faz calor no inverno, frio no verão e chuva no alentejo... essa cambada, que cada vez que a invoco fico com um semi sorriso levou-nos, a mim e às minhas partenairs de visita a comprar indiscriminadamente sobretudos de fraca fazenda, mas com um ar muito novo, muito limpo e com tendência para o borboto. Deram para disfarçar e entrar aqui e ali - onde nos aproveu. Fomos a todo o lado possível nem que fosse pelo toca e foge num retrato pouco original que o meu Nokia guardou, a verdade é que na cidade da moda, com armanis e armandis, acabamos por nos render novamente à H&M que conseguiu ultrapassar os saldis saldis do Grandela (grandela é bom e sabe bem!!!).
Portanto acabo aqui este post que já é longo e não diz nada, nem de jeito nem com jeito nas esperança do próximo ser melhor.
Baci

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O Bolo de Chocolate melhor do mundo...

Acabei de ler um headline do público que reza o seguinte : Victoria Beckham – Posh Spice é a mais mal vestida do mundo.
Não vou ler a notícia mas tenho a dizer que não concordo nada com a afirmação. A Spice Girl veste-se muito melhor que a maioria das portuguesas, sobretudo se tivermos coragem de ir ao profundo de Portugal… Talvez o jornalista quisesse dizer que ela é a Spice Girl mais mal vestida do mundo, mas também não era preciso ir ao mundo, bastava dizer das cinco a Posh é a mais mal vestida. SÓ EXISTEM 5 SPICE GIRL E ESTÃO TODAS EM INGLATERRA.
No fundo, pôr o mundo ao barulho é querer dar uma dimensão à coisa que não se justifica. Para além de “pobre” Posh não se vestir mal. Ela veste-se é muito bem e tem todas as toilettes que quer… já nós, e o/a jornalista também, temos aquelas que podemos… Faz-me lembrar o Bolo de Chocolate Melhor do Mundo, logo ali, numa esquina de campo de Ourique... que rivaliza com O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo, no Sobral e o Melhor Bolo de Chocolate do Universo em Vila Nova de Cerveira.... esta coisa das patentes é quem chega lá primeiro.

Antes e Depois

Ontem tive mais um jantar. Adorei. Hoje estou aqui enfartadinha, com a cabeça a latejar - não sei se pela qualidade se pela quantidade de vinho, mas o certo é que entre conversa, disparate e riso, nenhuma destas duas características- do vinho- para melhor ou para pior, se notou.
A casa está um arraso. Os mealheiros/santuário à entrada só me provam que o desperdício é estúpido. Está tudo, quase tudo prontinho, agora só falta o resto... que não é quase nada... Queríamos nós ser a Teresa Guilherme... antes o Ricardo Araújo Pereira... ou o Zé Diogo Quintela, mais magro, é certo, que apesar de não aparecerem na Floribela, ou em duas novelas seguidas que parecem sequelas daquelas que se dispensam e que provavelmente são um suícidio voluntário, têm muito mais graça, daquela que nõs gostamos... if you know...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O que muitas vezes pode levar muito tempo a construir pode ser destruido também em muito pouco. Parece uma verdade la palisse, mas não é. às vezes não medimos a força ou a dimensão das nossas atitudes e as naturais consequências destas. De uma ilusão passamos a uma enorme desilusão. Do prazer ao desconforto. Da alegria à tristeza.
Confesso que desta vez não estou a sentir tristeza, nem decepção. Simplesmente um pequeno vazio. Aquele vazio de confiar em alguém que nos trai a confiança por quem poríamos a mão no fogo e, de repente, vemos que sairia queimada. Uma sensação sobredimensionada pela brigbrathoriosidade que decorre de uma situação insolita há tanto arrastada...Vence o silêncio de quem prefere alhear-se de tudo para não ter ónus de nada...e porque as intenções nem sempre contam, ou contam... mas não contam...
Mais um passo para ser livre...para, sem pudor, poder dar o meu salto...no fundo, o que faltava...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A pressa

A pressa não é amiga da perfeição, por isso, quando escrevemos um texto aqui no editor, com pressa e sem tempo para grandes revisões, o mais provavel é que saia com uma série de erros que o tornem quase imperceptível.
A pressa de reunir sem saber para quê, ou sem saber o que dizer também não é lá muito inteligente por quem o quer fazer. A pressa de pedir sem dar nada em troca é deprimente, triste e provavelmente infrutífera. O problema é que sem pressa, geralmente não se faz nada...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

versao inglesa

para enjoar...

E porque estou em época de piroseira, este serve so para a Joana conhecer a versão espanhola... de tua ermana...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

o risco...





a tal panca...


Acho que temporariamente me passou a panca May Winehouse. Deveu-se muito a uma amiga do meu "man" receém chegada a lisboa, girissima que insite no risco em cima e em baixo. Eu acho que ela tem muito de risco, mas não tem só de risco.


Explico: o risco dá imensa graça, mas ela tem uma graça propria, daquelas que nos apetece ter: magrinha, uns dentes proeminentes, mas certinhos, um ar tímido sexy. De qualquer forma, deixo aqui o registo desta fase, aqul picasso, no seu momento azul, eu no meu melhor de amy, quase futura ex-tóxicoindependente...